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SURPRESA

Aproximação de Trump com a China derruba o dólar

Moeda opera em queda pelo terceiro dia seguido e nesta sexta-feira chegou a ser cotada a R$ 5,86

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O dólar apresentava queda consistente nesta sexta-feira (24) após o presidente dos EUA, Donald Trump, admitir que existe a possibilidade de um acordo comercial com a China e que preferia não criar tarifas de importação aos produtos chineses.

Às 11h45 (MS), a moeda norte-americana caía 0,71%, cotada a R$ 5,882. Na mínima registrada na sessão, encostou em R$ 5,867.

É terceiro dia consecutivo que dólar fica abaixo do patamar de R$ 6, após uma trajetória ascendente desde o fim do ano passado, quando renovou o recorde histórico para R$ 6,267.

Já a Bolsa subia 0,02%, aos 122.515 pontos, no mesmo horário, sustentada pelo avanço de mais de 1% da Vale. Agentes financeiros também repercutiam o IPCA-15, que desacelerou em janeiro, mas ficou acima das projeções sob pressão dos alimentos.

Com a agenda doméstica esvaziada em razão do recesso parlamentar do Congresso Nacional, o que tem movido os mercados neste período são as perspectivas econômicas para o segundo mandato do presidente de Trump na Casa Branca.

Trump havia anunciado a possibilidade de tarifar produtos importados da China, União Europeia, Canadá e México. Entretanto, ele não impôs imediatamente as tarifas quando tomou posse, como havia prometido durante sua campanha eleitoral.

Até agora, Trump apenas orientou que as agências federais investiguem os déficits comerciais dos EUA e práticas comerciais "injustas" de países parceiros.

A leitura dos investidores é que a política tarifária do republicano tem sido menos agressiva do que se esperava para os primeiros dias de governo, e os analistas ponderam se as ameaças são bravatas políticas ou de fato planos concretos do presidente.

Diante da possibilidade de uma abordagem mais moderada no comércio global, investidores têm reduzido o preço da divisa dos EUA.

Na quinta-feira (23), o dólar caiu 0,36% e encerrou o dia cotada a R$ 5,925, menor valor desde 27 de novembro do ano passado (R$ 5,913).

A tendência de queda permaneceu nesta sexta depois que Trump foi questionado, durante entrevista à emissora Fox News exibida na noite de quinta-feira, se pode fazer um acordo com a China para práticas mais justas. "Eu posso fazer isso", afirmou.

A porta-voz do ministério do exterior, Mao Ning, respondeu positivamente. "Apesar das diferenças, os dois países têm enormes interesses comuns e espaço para cooperação", disse ela.

Os mercados financeiros reagiram imediatamente nesta sexta-feira e o dólar caiu para o seu nível mais baixo em um mês na comparação com uma cesta de moedas de outros países.

Durante a entrevista, Trump relembrou ainda uma conversa que teve com Xi-Jinping em que debateram questões como TikTok, comércio e Taiwan. "Tudo correu bem. Foi uma conversa boa e amigável", disse o presidente dos EUA.

"Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem, e eu preferiria não ter que usá-las, mas é um poder tremendo sobre a China", disse Trump em entrevista à Fox News.

Mais cedo na quinta, em participação virtual no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Trump afirmou que exigirá uma redução imediata da taxa de juros e que outros países deveriam seguir o exemplo. Este foi seu primeiro ataque direto à política monetária do Fed (Federal Reserve) desde que reassumiu o cargo nesta semana.

"Com a queda dos preços do petróleo, exigirei que a taxa de juros caia imediatamente e, da mesma forma, elas deveriam cair no mundo todo", disse. Mais tarde, Trump afirmou que espera que a instituição o escute.

O Fed é o banco central dos EUA. Na próxima semana, seus dirigentes se reúnem para definir a política monetária. A expectativa do mercado é de que haja uma manutenção da taxa de referência, hoje entre 4,25% e 4,5% ao ano.

Apesar das ameaças de Trump, o Fed é uma instituição independente do governo da vez, assim como o Banco Central do Brasil o é desde 2021.

Tanto o aumento dos impostos para importações quanto a queda de juros no curto prazo nos EUA podem ser inflacionários, dizem economistas.

Isso ocorre porque, quando os EUA aumentam os impostos sobre produtos importados, esses itens ficam mais caros para os consumidores americanos. Como resultado, o custo de vida aumenta, já que muitos produtos importados fazem parte do consumo cotidiano.

Esse aumento nos preços pode gerar inflação, já que os consumidores precisarão gastar mais para adquirir os mesmos produtos.
Além disso, os produtores domésticos podem se sentir menos pressionados a competir com os preços internacionais mais baixos, o que também pode levar a aumentos nos preços dos produtos nacionais.

(Informações da Folhapress)

 

TRAGÉDIA

Após terremoto, Mianmar já contabiliza mais de mil mortos

Equipes de resgate da Rússia, Índia e Malásia, entre outros países, enviaram equipes para ajudar no socorro das vítimas

29/03/2025 07h19

Terremoto teve magnitude de 7,7 e ainda há dezenas de pessoas desaparecidas no país que enfrenta uma guerra civil

Terremoto teve magnitude de 7,7 e ainda há dezenas de pessoas desaparecidas no país que enfrenta uma guerra civil

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Autoridades de Mianmar atualizaram os números para 1.002 pessoas mortas, 2.376 feridas e 30 desaparecidas em decorrência do terremoto de magnitude 7,7 que atingiu o sudoeste da Ásia nesta sexta-feira, 28; o tremor também causou pontos de destruição na Tailândia, onde pelo menos seis morreram, 26 ficaram feridos e 47 desaparecidos após a queda de um arranha-céu na capital Bangcoc.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos já estimava que o número total podia ultrapassar mais de mil mortos.

O tremor foi seguido por um forte abalo secundário de magnitude 6,4 e seis regiões declararam emergência após o terremoto.

Na cidade de Mandalay, o sismo derrubou vários edifícios, incluindo um dos maiores mosteiros da cidade. Fotos da capital, Naipidau, mostraram equipes de resgate retirando vítimas dos escombros de vários prédios usados para abrigar funcionários públicos.

O governo de Mianmar disse que há grande demanda por sangue nas áreas mais afetadas. O Ministério de Emergências da Rússia enviou dois aviões transportando 120 socorristas e suprimentos, de acordo com a agência de notícias estatal russa Tass.

A Índia enviou uma equipe de busca e resgate e uma equipe médica, além de cobertores, lonas, kits de higiene, sacos de dormir, lâmpadas solares, pacotes de alimentos e utensílios de cozinha, publicou o ministro das Relações Exteriores do país no X.

O Ministério das Relações Exteriores da Malásia disse que o país enviará 50 pessoas no domingo, 30, para ajudar a identificar e fornecer ajuda às áreas mais atingidas. As Nações Unidas destinaram US$ 5 milhões para iniciar os esforços de socorro.

O presidente Donald Trump disse na sexta-feira que os EUA iriam ajudar na resposta, mas alguns especialistas estavam preocupados com esse esforço, dados os cortes profundos de assistência estrangeira feitos por seu governo.

Rússia envia equipes de resgate

O Ministério de Emergências da Rússia informou que 120 equipes de resgate foram enviadas para ajudar na busca de vítimas presas nos escombros e auxiliar na limpeza.

De acordo com um comunicado na noite de sexta-feira, duas aeronaves estavam a caminho de Moscou para o país atingido pelo terremoto, com anestesistas, psicólogos e unidades caninas também a bordo.

Hong Kong enviará uma equipe de resgate

O executivo-chefe da cidade, John Lee, também estendeu suas condolências às vítimas do terremoto em uma publicação no Facebook no sábado

Enquanto isso, a Agência Nacional de Incêndio de Taiwan disse que uma equipe de resgate de 120 pessoas estava de prontidão para possível mobilização. A equipe incluía pessoal de resgate, médicos, enfermeiros, um veterinário, seis cães de busca e resgate e 15 toneladas de equipamentos.

(Informações da Agência Estado)
 

INTERNACIONAL

Brasileiro é preso em Massachusetts acusado de levar imigrantes ilegais para os EUA

Flavio Alves financiava transporte dos imigrantes em solo norte-americano

28/03/2025 16h12

A operação ocorreu no dia 26 de março

A operação ocorreu no dia 26 de março FOTO: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Na última quarta-feira (26), um brasileiro identificado como Flávio Alves, foi preso em Massachusetts, nos Estados Unidos, acusado de levar imigrantes de forma ilegal para o país.

A prisão aconteceu durante uma operação que contou com atuação conjunta das autoridades policiais americanas e brasileiras.

Conforme o governo americano, o suspeito integra uma organização criminosa internacional suspeita de ser responsável pelo tráfico ilícito de "centenas de migrantes" do Brasil para os EUA.

Ainda conforme a embaixada, o acusado já havia sido deportado uma vez e entrou novamente de forma ilegal no país.

Em diligências da operação, além da prisão do brasileiro, a Polícia Federal do Brasil emitiu comunicado  informando que, também cumpriu mandados de busca e apreensão no Brasil.

De acordo com a embaixada americana, o suspeito foi preso em Worcester (Massachusetts) com base em uma denúncia criminal que o acusa de "conspiração" para levar imigrantes de forma ilegal aos EUA e transportá-los dentro do país com fins comerciais ou financeiros.

O QUE DIZ A EMBAIXADA?

Conforme a embaixada, documentos judiciais mostraram que o suspeito transportava imigrantes do Brasil para os Estados Unidos passando pelo México.

Ainda de acordo com a embaixada, nos EUA, o suspeito comprava passagens aéreas para que os imigrantes viajassem a outros destinos dentro do país.

Além disso, segundo as informações, ele também transferia dinheiro para estrangeiros e traficantes no México para pagar despesas relacionadas ao trânsito dessas pessoas até os Estados Unidos.

Conforme a nota, ele já havia sido condenado por tráfico de pessoas na Califórnia, em 2004, e deportado para o Brasil em fevereiro de 2005.

"Documentos judiciais indicam que ele está residindo nos EUA, sem status migratório, após reentrar ilegalmente no país", acrescentou a embaixada.

 

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