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Israel retoma ataques contra Irã e destrói refinarias de petróleo

Se esse tipo de ataques se acentuar, a tendência é de aumento no preço muncial do petróleo, o que afetaria inclusive consumidores brasileiros

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Em uma expansão de sua campanha militar contra o Irã, Israel atacou na tarde deste sábado, 14, a infraestrutura energética do Irã, incluindo refinarias de gás e petroquímicas. A informação foi divulgada pelo ministério do petróleo do Irã.

O comunicado disse que drones israelenses visaram uma parte do campo de gás South Pars na província de Bushehr. South Pars é um dos maiores campos de gás do mundo e uma parte crítica da produção energética do Irã. A Companhia de Refinamento de Gás Fajr Jam também foi alvo, disse o ministério

O Irã é um dos maiores produtores de energia do mundo, com a segunda maior reserva global de gás e a quarta maior reserva de petróleo bruto. Vídeos postados nas redes sociais mostraram um grande incêndio queimando na refinaria de gás South Pars na província de Bushehr no sul do Irã.

As explosões tiraram do ar as linhas de produção em ambas as instalações, disse o comunicado do ministério, mesmo enquanto bombeiros e equipes de emergência continham em grande parte os incêndios.

Em resposta, o Irã lançou uma nova rodada de ataques com mísseis contra Israel, confirmou a mídia estatal iraniana no final do sábado em uma publicação nas redes sociais.

Os israelenses estão correndo para abrigos antibombas e salas seguras depois que o Home Front Command - a unidade militar israelense responsável pela segurança dos civis - instruiu o público a permanecer perto de áreas protegidas.

Os sistemas de defesa aérea israelenses estão interceptando mísseis balísticos iranianos enquanto explosões iluminam os céus de Jerusalém. A chuva de mísseis iranianos que tem como alvo Israel foi visível até mesmo nesta noite sobre o vizinho Líbano.

Imagens da televisão israelense indicam que muitos dos mísseis disparados na última barragem do Irã foram apontados pela primeira vez para a cidade de Haifa, no norte do país, e seus arredores.

Após a última barragem de mísseis iranianos contra Israel, o Magen David Adom, o serviço nacional de emergência, disse que pelo menos 14 pessoas ficaram feridas em uma casa no norte de Israel. De acordo com o Magen David Adom, uma mulher morreu no norte do país. 

Expansão

Os ataques à infraestrutura energética do Irã no segundo dia do conflito Israel-Irã representaram uma expansão dos combates, que começaram na sexta-feira com Israel lançando ataques a sítios militares e nucleares do Irã e assassinando sua principal cadeia de comando militar.

O Irã retaliou disparando mísseis balísticos e drones em Tel-Aviv e Jerusalém. Ambos os lados disseram que os combates continuarão apesar dos apelos internacionais para uma redução do conflito.

“Entramos na segunda fase da guerra, que é extremamente perigosa e destrutiva”, disse Abdollah Babakhani, especialista no setor energético do Irã baseado na Alemanha. Atacar a infraestrutura energética do Irã, acrescentou ele, “será um desastre porque repará-la será caro e levará tempo”.

Um alto funcionário do ministério do petróleo disse que o ministério havia colocado seu pessoal em refinarias e campos de energia em alerta total e suas equipes de emergência e bombeiros em alerta máximo, antecipando que Israel poderia visar a infraestrutura energética.

O funcionário disse que os danos ainda estavam sendo avaliados e que os oficiais estavam realizando uma série de reuniões de emergência. 

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que, à luz dos ataques de Israel em todo o Irã, o país lançaria um contra-ataque mais feroz contra Israel, relataram os meios de comunicação iranianos.

O Irã vem enfrentando uma crise energética aguda há meses devido à escassez de gás. As usinas de energia do país e a produção de eletricidade dependem quase completamente de gás natural, e para gerenciar a escassez, o governo começou a programar cortes de energia generalizados para uso residencial, comercial e industrial.

O governo disse que a escassez de gás se deve ao fato de a demanda superar a produção e as sanções econômicas terem eliminado a capacidade do Irã de atualizar e investir em sua infraestrutura energética.

Os meios de comunicação iranianos relataram que as defesas aéreas foram ativadas em várias localidades, incluindo Bandar Abbas, Tabriz, Isfahan e Teerã, devido aos ataques israelenses no final de sábado.

Bandar Abbas é um importante porto de envio, e Isfahan e Tabriz têm refinarias de energia e bases militares. Moradores de Teerã disseram que podiam ouvir explosões altas e defesas aéreas atirando sem parar.

Ameaça global

Os ataques do Irã ameaçam afetar ainda mais o mercado de petróleo mundial. Na sexta, 13, as ações militares entre os dois países gera subiu mais de 7% por causa do temor por danos à estrutura de fornecimento

A escalada do conflito entre Israel e Irã havia feito os preços do barril saltarem mais de 10% durante a madrugada, isso sem os bombardeios terem atingido a infraestrutura petrolífera iraniana.

Agora, com os ataques diretos de Israel à infraestrutura de gás e petróleo do Irã, somada à presença militar iraniana perto do Estreito de Ormuz – ponto de passagem crucial para o transporte global de petróleo - os preços podem disparar.

“A situação entre Israel e Irã deve piorar nos próximos dias, antes de eventualmente se acalmar”, disse Peter Cardillo, da Spartan Capital, observando que a turbulência geopolítica já está levando os preços do petróleo a níveis especulativos.

Para o Rabobank, no entanto, os ataques de Israel ao Irã expõem riscos mais amplos ao fornecimento de petróleo bruto e gás natural da região, apesar da rápida reversão do avanço inicial dos preços nos mercados.

“Se o fornecimento de petróleo bruto, produtos refinados e/ou GNL de produtores-chave como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar for restringido por meio de ataques diretos à infraestrutura energética ou pelo fechamento do Estreito de Ormuz, os picos de preço poderão ser rompidos e se manterem acima da marca de US$ 120/barril para o petróleo bruto e 100 euros/Mwh para o gás natural (TTF)”, disseram os analistas do banco em relatório.

Em relatório também divulgado na sexta, o banco holandês ING afirmou que a nova escalada nas tensões entre Irã e Israel pode levar os preços do petróleo acima de US$ 80, o que implicaria uma alta adicional do dólar.
(Informações do Estadão)

NARCOTERRORISMO OU PETRÓLEO?

Trump diz que os EUA vão 'começar a agir em terra em breve' na Venezuela

Após apreensão do navio petroleiro, o Governo Maduro afirmou que "sempre se tratou do nosso petróleo, da nossa energia"

12/12/2025 07h37

Donald Trump não deu detalhes sobre uma possível operação terrestre no território venezuelano

Donald Trump não deu detalhes sobre uma possível operação terrestre no território venezuelano

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o governo americano intensificará os ataques contra narcotraficantes na Venezuela, revelando que ações terrestres no país ocorrerão "muito em breve", durante um evento no Salão Oval na noite desta quinta-feira, 11.

Ao ser questionado por repórteres na Casa Branca sobre a apreensão de um navio petroleiro perto da costa da Venezuela, Trump justificou a operação e acusou Caracas de ter enviado criminosos intencionalmente aos EUA como imigrantes.

"[A ação contra a Venezuela] é sobre muitas coisas, eles nos trataram de forma ruim, e agora nós não estamos tratando eles tão bem", disse Trump, que afirmou ter diminuído 92% a entrada de drogas pelo mar nos EUA desde que o país começou a abater embarcações no Caribe e no Pacífico. "E nós vamos começar [a agir] por terra também. Vai começar por terra muito em breve", acrescentou o presidente americano.

Na quarta-feira, 10, os Estados Unidos apreenderam um grande navio petroleiro na costa da Venezuela, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas. "Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um grande petroleiro, muito grande - o maior já apreendido, na verdade", disse Trump a jornalistas.

"E outras coisas estão acontecendo, vocês verão mais adiante", ele acrescentou, no início de uma mesa-redonda com empresários e altos funcionários. Trump não deu detalhes adicionais sobre a operação, mas dois oficiais americanos disseram, sob condição de anonimato, que a apreensão ocorreu após um "planejamento deliberado" e que não houve resistência da tripulação ou vítimas durante a operação.

O governo da Venezuela respondeu em um comunicado que a apreensão "constitui um roubo flagrante e um ato de pirataria internacional". "Nestas circunstâncias, as verdadeiras razões para a agressão prolongada contra a Venezuela foram finalmente reveladas. Sempre se tratou dos nossos recursos naturais, do nosso petróleo, da nossa energia, dos recursos que pertencem exclusivamente ao povo venezuelano", afirmou o comunicado.

Washington enviou em agosto uma flotilha de navios e aviões de combate ao Caribe com o argumento de lutar contra o narcotráfico em Caracas, no entanto, considera que essa mobilização busca, na realidade, derrubar o ditador Nicolás Maduro e se apropriar das reservas de petróleo do país. Trump conversou recentemente por telefone com Maduro, sobre um possível encontro.

O governo americano desenvolveu uma série de opções de ação militar no país, que vão desde atacar Maduro até assumir o controle dos campos de petróleo do país. Trump expressou repetidamente reservas sobre uma operação para derrubar Maduro, segundo assessores, em parte por medo de que ela possa fracassar

Contudo, desde setembro, os Estados Unidos têm atacado embarcações na região que, segundo o governo Trump, traficam drogas. As forças armadas lançaram 22 ataques conhecidos, matando mais de 80 pessoas.

Trump também ordenou um aumento das forças americanas na região, com mais de 15.000 soldados e uma dúzia de navios no Caribe. O presidente americano autorizou ações secretas contra a Venezuela e já havia alertado que os Estados Unidos poderiam "muito em breve" expandir seus ataques de barcos na costa venezuelana para alvos dentro do país. Mas até então, o destacamento militar americano não havia afetado a atividade de navios petroleiros.

O navio tomado na quarta-feira tinha sido utilizado durante anos pela Venezuela e pelo Irã para transportar petróleo apesar das sanções internacionais contra ambos, disse, após a apreensão, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi. Ela também publicou um vídeo nas redes sociais que mostra o momento em que integrantes da Guarda Costeira do país apreenderam o navio petroleiro na costa da Venezuela.

A operação de quarta-feira ocorreu no mesmo dia em que o Prêmio Nobel da Paz foi formalmente concedido à dissidente venezuelana María Corina Machado. Sua filha recebeu o prêmio em seu nome em Oslo. (Com informações da Associated Press)

narcotráfico ou petróleo?

Petros diz que corpos no mar podem ser de vítimas de bombardeio dos EUA

Dois corpos foram localizados no mar do lado colombiano e vários outros do lado da venezuela na semana passada

08/12/2025 07h10

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu neste domingo, 7, a abertura de uma investigação sobre o achado de dois corpos na beira do mar em um povoado na fronteira com a Venezuela e sugeriu que as mortes podem ter sido causadas por um bombardeio americano no Caribe.

Na quinta-feira, 4, a rede pública de televisão RTVC informou sobre a descoberta de dois corpos nesse povoado e de vários outros no lado venezuelano, sem precisar o número.

"Peço ao Instituto de Medicina Legal que estabeleça as identidades (...). Podem ser mortos por bombardeio no mar", escreveu Petro na rede social X. Um porta-voz da polícia confirmou à AFP que os corpos foram encontrados em uma praia de pescadores no departamento de La Guajira (norte).

Em outubro, Petro já havia acusado Washington de violar a soberania colombiana e de matar um pescador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe.

Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças dos Estados Unidos que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia.

À época, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Colômbia não receberá mais subsídios americanos. Em publicação na rede social Truth Social ele justificou a medida dizendo que o presidente colombiano, Gustavo Petro, é um líder do tráfico de entorpecentes, "que incentiva fortemente a produção maciça de drogas". O chefe da Casa Branca, porém, não apresentou provas sobre suas acusações.

Na ocasião, o presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.
 

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