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Trump sinaliza apoio à ideia de tirar flúor da água, se eleito presidente dos EUA

Possibilidade está baseada em declarações de um ex-candidato independente, que também é contrário aos programas de vacinação. Eleição é nesta terça-feira

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O candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou apoio à proposta do ex-candidato independente Robert F. Kennedy Jr. de remover flúor da água.

O principal objetivo de acrescentar a substância à água é combater cáries. O uso é respaldado por autoridades de saúde e pesquisas científicas.

Em uma entrevista à rede NBC neste domingo (3), o republicano afirmou que não conversou ainda sobre o plano com Kennedy Jr., mas que a ideia "parece ok" para ele.
 

Trump ainda confirmou as declarações de Kennedy Jr., conhecido por suas posições antivacina, de que ele terá um papel importante na política de saúde em um eventual segundo mandato.

Questionado sobre a política para vacinas, Trump disse que vai conversar com RFK, como ele é conhecido, e com outras pessoas antes de tomar uma decisão. "Mas ele é um cara muito talentoso e tem opiniões fortes", completou o republicano.

Em seu primeiro mandato, Trump entrou em choque com recomendações de especialistas em saúde e pesquisas científicas após a eclosão da pandemia de Covid. Em certo momento, ele chegou a sugerir que se estudasse a ingestão de água sanitária no corpo humano como uma forma de combater a doença.

As declarações na reta final são um novo desvio do foco da campanha republicana, centrada nos temas de economia e imigração.

Na última semana, aliados do ex-presidente tentaram conter a repercussão negativa de uma piada racista feita por um comediante durante um comício de Trump. O comediante chamou Porto Rico de "ilha flutuante de lixo".

Também neste domingo, Trump afirmou em um comício que se arrepende de ter deixado a Casa Branca após a eleição de 2020, quando foi derrotado por Joe Biden --resultado que ele não reconhece até hoje- e disse que não se importaria se alguém disparasse um tiro contra a imprensa na tentativa de atingi-lo.

Ao mesmo tempo, o impacto pode ser minimizado tendo em vista a enorme quantidade de eleitores que já votaram na eleição -cerca de 77 milhões, segundo monitoramento feito pela Universidade da Flórida.

Embora a data oficial do pleito seja terça (5), a maioria dos estados americanos permite que seus cidadãos votem antecipadamente, tanto de forma presencial quanto por correio.

(Informações da Folhapress)
 

donos do mundo

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

Pesquisas dizem que Kamala já tem 226 delegados e Trump, com 219. O que está em jogo agora são 93 delegados, distribuídos entre sete estados. O ganhador precisa de 270

05/11/2024 07h04

Pesquisas mostram e Kamala e Trump estão empatados na eleição que será encerrada nesta terça-feira (5)

Pesquisas mostram e Kamala e Trump estão empatados na eleição que será encerrada nesta terça-feira (5)

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Esta terça-feira (5) é o último dia para os americanos escolherem entre Kamala Harris e Donald Trump, mas está longe de ser o fim da eleição. Os dois chegam tecnicamente empatados ao dia do pleito numa disputa que é vista como a potencialmente mais acirrada da história dos Estados Unidos.

Como aconteceu com Hillary Clinton em 2016, é possível que a democrata vença no voto popular, mas perca a eleição. Isso porque o sistema de votação dos EUA é indireto: cada estado tem direito a um número de delegados, que votam no Colégio Eleitoral. Ganha quem conseguir 270 votos ou mais.
 

Kamala chega ao dia da eleição com 226 delegados; Trump, com 219 -resultado da soma de estados onde a vitória de um ou de outro é praticamente certa. O que está em jogo agora são 93 delegados, distribuídos entre sete estados.

CAMINHO DE KAMALA

Para a vice-presidente, o caminho mais fácil é vencer em Michigan (15 delegados), Pensilvânia (19) e Wisconsin (10) -garantindo 1 delegado do Nebraska, um dos poucos estados que permite dividir seus votos no colégio eleitoral entre dois candidatos.

Conhecida como muralha azul, essa região tende a votar em democratas, e tende a votar em bloco -desde 1980, apenas em uma eleição eles divergiram em sua escolha.

Mas se Trump conseguir levar um deles -especialmente a Pensilvânia, por ter o maior número de delegados de todos os sete estados em disputa-, uma vitória de Kamala fica muito mais difícil.

Para compensar a derrota, ela precisaria de vitórias no Cinturão do Sol, formado por Geórgia (16 delegados), Carolina do Norte (16), Arizona (11) e Nevada (6), onde Trump tende a ir melhor, segundo as pesquisas.

No caso do republicano, a principal rota para a Casa Branca passa por Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte. Se não conseguir levar o primeiro, ele precisa necessariamente vencer em algum outro da muralha azul, mais todo o Cinturão do Sol, para somar pelo menos 270 delegados.
 

Kamala tem investido pesadamente em garantir que a muralha se mantenha azul. Na segunda (4), ela rodou por quatro cidades da Pensilvânia: Scranton, Allentown, Pittsburgh e Filadélfia -ponto final de sua campanha. Ela conta com o voto feminino, mobilizado em torno do direito ao aborto, e com o de brancos com ensino superior -segmentos que costumam ter alta participação eleitoral.

CAMINHO PARA TRUMP

Já Trump passou o último dia em um tour por três estados: Carolina do Norte, Pensilvânia e Michigan, onde vai encerrar sua campanha. O republicano tem uma estratégia mais arriscada, contando com o voto de segmentos que têm uma baixa participação eleitoral: homens, especialmente jovens, e brancos sem diploma.

O empresário também conta com ganhos que fez entre eleitores negros e latinos. O apoio a ele nesses grupos ainda é minoritário, mas maior do que o visto em 2016 e 2020, segundo pesquisas.

"No final das contas, não é necessário um grande 'realinhamento' de eleitores para impactar o resultado desta eleição. Pequenas mudanças de apoio a Trump entre grupos tradicionalmente democratas (latinos ou negros) ou a Harris entre eleitores tradicionalmente republicanos (brancos com educação universitária) podem ser a diferença entre vencer e perder", escreve a analista Amy Walter, do Cook Political Report.

Cerca de 78 milhões de pessoas já votaram, aproveitando a abertura antecipada de urnas na maior parte dos estados e a opção de enviar a cédula por correio. A contagem dos votos começa à noite, mas quando ela permitirá identificar um vencedor é tão incerto quanto qual nome será anunciado.

APURAÇÃO

Também nesta segunda, o secretário de Estado da Pensilvânia, o republicano Al Schmidt, disse à emissora americana CNN que a contagem de votos no estado pode demorar dias. "Nunca tivemos resultados oficiais no dia da eleição", afirmou Schmidt.

Nos EUA, é comum que veículos de imprensa divulguem projeções baseadas em modelos estatísticos muito antes da divulgação oficial das autoridades locais.

Em 2020, durante a pandemia de Covid, a opção massiva pelo voto à distância atrasou a tabulação dos votos. O resultado só foi cravado quatro dias após o pleito, com a projeção de vitória de Joe Biden na Pensilvânia.

Desta vez, a aposta é que o processo não demore tanto. O número de pessoas votando presencialmente deve ser maior, e alguns estados, como o Michigan, mudaram as regras para permitir uma contagem mais rápida.

Dos 7 estados decisivos na eleição deste ano, 5 permitem que os votos por correio comecem a ser processados antes do pleito, acelerando o processo. As exceções são Wisconsin e Pensilvânia -justamente aqueles que devem definir o vencedor.

Um complicador neste ano é se a margem de vitória for de fato tão apertada quanto as pesquisas apontam. Arizona e Pensilvânia preveem recontagem automática caso a diferença entre o primeiro e o segundo colocado seja inferior a 0,5%; no Michigan, se for menor ou igual a 2.000 votos.

Outros estados permitem que candidatos entrem com um pedido de recontagem. Em 2020, por exemplo, Geórgia e Wisconsin fizeram o procedimento a pedido de Trump.

Em meio a todas as incertezas em torno desta terça-feira, uma das poucas apostas que analistas se dão o luxo de fazer é que o republicano vai se declarar vencedor, independentemente da apuração.

Foi assim em 2020, quando Trump tentou impedir a continuidade da contagem quando o placar parcial o mostrava à frente. É possível que essa vantagem inicial se repita neste ano, porque a contagem começa pelas cédulas depositadas no dia da eleição (data que concentra a votação de republicanos).

Há um forte temor de distúrbios, como intimidação de eleitores e de funcionários trabalhando nos locais de votação. Caso Trump perca, é esperado que todo o período até 20 de janeiro, quando o novo presidente toma posse, seja conturbado.

Além do pleito, as próximas datas importantes são 11 de dezembro, prazo máximo para cada estado certificar seu placar; 17 de dezembro, quando os delegados se reúnem para votar no Colégio Eleitoral, e 6 de janeiro, quando o Congresso confirma o resultado do pleito.

Cada uma dessas etapas é vulnerável a contestações. No limite, a confusão pode ser usada pelo Legislativo para se negar a certificar o resultado, alegando dúvidas sobre a lisura do pleito, e invocar para si a eleição do próximo presidente.

Datas-chave

11 de dezembro, prazo máximo para cada estado certificar seu placar

17 de dezembro, delegados se reúnem para votar no Colégio Eleitoral

6 de janeiro, Congresso confirma o resultado do pleito

20 de janeiro, a posse do novo presidente

Como cada estado-pêndulo pode recontar votos

- Arizona

Recontagem é automática se a margem entre candidatos é menor ou igual a 0,5%

Candidatos e eleitores não podem pedir recontagem

Não há prazo para entrega de resultados da revisão

- Geórgia

Não há recontagem automática

Candidatos podem solicitar recontagem em até dois dias úteis, se a diferença for menor ou igual a 0,5%

Autoridade eleitoral pode solicitar recontagem se houver "suspeita de erro ou discrepância" nos resultados

Candidatos podem pedir ao secretário de Estado estadual se tiver suspeita de erro ou discrepância, e o secretário pode pedir a recontagem com base nessa petição.

Não há prazo para entrega de resultados da revisão

- Michigan

Recontagem automática (margem de 2.000 votos ou menos)

Candidatos podem solicitar recontagem se, "em boa-fé", têm razões para suspeitar de erros na apuração e possuem chance razoável de vitória

- Nevada

Não há recontagem automática

Candidatos ou eleitores podem solicitar recontagem em três dias úteis (sem margem mínima)

O prazo de conclusão é de 10 dias a partir da solicitação

Processo de revisão mistura recontagem manual e eletrônica

- Carolina do Norte

Se autoridade eleitoral detecta erro ou fraude, há recontagem automática

Candidatos podem pedir recontagem (margem menor ou igual a 0,5% ou menor ou igual a 10 mil votos)

Não há prazo para conclusão de recontagens

- Pensilvânia

Recontagem automática (margem menor ou igual a 0,5%)

Resultados de recontagem automática devem ser entregues até o dia 27 de novembro

Candidatos não podem solicitar recontagem, mas podem entrar com recurso contra a apuração em condados, o que pode resultar em autoridade competente exigindo uma recontagem

Grupo de ao menos três eleitores pode solicitar recontagem em distritos eleitorais ou na Justiça

- Wisconsin

Não há recontagem automática

Candidatos podem solicitar recontagem até o fim do primeiro dia útil após a divulgação dos resultados

Eleitores também podem solicitar revisão

Resultados de recontagens não podem demorar mais do que 13 dias

Se a margem for maior do que 0,25%, o custo da recontagem fica por conta de quem a solicitou

sonho americano

Lula aponta que vitória de Trump nos EUA seria 'nazismo com outra cara'

O presidente brasileiro já elogiou Kamala em outros momentos, mas a declaração de apoio ocorre agora às vésperas da eleição no país, marcada para a próxima terça-feira

02/11/2024 07h09

Lula entende que a vitória da atual vice-presidente seja mais segura para a democracia dos EUA e para a democracia mundial

Lula entende que a vitória da atual vice-presidente seja mais segura para a democracia dos EUA e para a democracia mundial

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (1º) torcer para que a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à Casa Branca, Kamala Harris, ganhe as eleições. Ele criticou ainda o adversário dela, Donald Trump, e falou em "fascismo e nazismo" voltando com "outra cara".

Lula disse que a vitória de Kamala é "mais segura" para a democracia e citou os ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando Trump incitou seus apoiadores a invadir o Congresso no dia que a Casa certificava a vitória de Joe Biden.

O presidente brasileiro já elogiou Kamala em outros momentos, mas a declaração de apoio ocorre agora às vésperas da eleição no país, marcada para a próxima terça-feira (5). A disputa entre a democrata e o republicano está num nível muito acirrado e com desfecho imprevisível.

"Acho que Kamala ganhando as eleições, é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia dos Estados Unidos. Muito mais seguro. Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do mandato, fazendo aquele ataque contra o Capitólio, uma coisa impensável de acontecer nos EUA, que se apresentava ao mundo como modelo de democracia. E esse modelo ruiu", disse, em entrevista à TV francesa, TF1.

"Agora temos o ódio destilado todo santo dia, as mentiras, não apenas nos EUA, na Europa, na América Latina, vários países do mundo. É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara. Como sou amante da democracia, acho coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para bem governar o nosso país, obviamente estou torcendo para Kamala ganhar as eleições", completou.

Quando Joe Biden desistiu de ser candidato, em julho, Lula disse que a decisão dele foi pessoal e que vencerá o melhor. O brasileiro afirmou ainda que o Brasil terá relação com quem for eleito.

Lula costuma dizer que evita comentários sobre eleições de outros países, porque não quer interferir. Trump, que é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já foi criticado em outros momentos pelo petista. Mas nos últimos meses, Lula vinha evitando falas mais contundentes sobre a eleição americana.

Pouco depois de anunciar a desistência, Biden indicou Kamala como sua sucessora na disputa. À época, aliados e conselheiros internacionais Lula esperavam que a saída de Biden mudasse a narrativa até aquele momento favorável a Trump -—que havia sido alvo de um ataque a tiros em um comício.

Pesquisa divulgada na quinta-feira (31) pela TIPP repete o cenário de empate entre os dois candidatos. Ambos estão com 48% das intenções de voto, de acordo com o levantamento.

A série de pesquisas demonstra empate técnico, dentro da margem de erro, há mais de duas semanas. Apesar do cenário acirrado no âmbito nacional, as campanhas se dedicam aos chamados estados-pêndulo, locais que não têm uma preferência tradicional a um ou outro candidato e são os locais de disputa de fato.

(INFORMAÇÕES DA FOLHAPRESS)

 

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