Secretaria Estadual de Saúde (SES) aguarda autorização do Ministério da Saúde para dar início às aplicações da 3º dose na população acima de 18 anos.
Na terça-feira (16), a pasta deve fazer um pronunciamento para lançar uma campanha de incentivo à vacinação. A expectativa é que o ministro Marcelo Queiroga atenda aos pedidos feito pela SES e demais estados.
"Se autorizar na terça, temos condições de iniciar a vacinação na terça-feira mesmo. Temos doses suficientes nos municípios", disse o responsável pela SES, Geraldo Resende.
Como noticiado pelo Correio do Estado, o pedido de ampliação foi feito ao Ministério no início da última semana, quando o Estado possuía cerca de 340 mil doses de vacinas disponíveis.
Agora, Resende defende que o reforço é essencial principalmente para quem se imunizou há mais de 6 meses.
"As vacinas foram desenvolvidas com muita velocidade, há estudos que mostram que a partir do 6º mês decai a resposta imune. A dose de reforço vem para garantir a capacidade de reação e ter possibilidade de que se as pessoas se contaminem, tenham um quadro mais leve", disse.
Outra demanda solicitada também deve ser atendida após o feriado: 3º doses para toda a população indígena de Mato Grosso do Sul.
Recentemente o Estado enfrentou um surto nas aldeias indígenas, das 60 pessoas internadas por Covid-19 no último boletim epidemiológico, 13 eram indígenas.
Em Dourados foram contabilizados 89 casos da doença, até a última quinta-feira (4). Tacuru é a segunda cidade com maior incidência, registrando 25 casos. Em seguida está Paranhos (18), Caarapó (7), Japorã (6) e Amambai (5).
A SES já enviou quatro ofícios ao Ministério, Resende afirmou que aguarda a decisão da pasta para que não seja necessário "tomar uma decisão isolada aqui no Estado.
"Nós entendemos que a forma mais rápida para cessar esse surto é imunizar toda a população indígena a acima de 18 anos a partir de terça-feira".
Caso seja liberado, a vacinação na população deve começar de forma escalonada por idade, como foi na primeira dose. Cada município vai ter liberdade de se adequar de acordo com suas características.
Na população indígena, o reforço deve chegar diretamente a partir dos 18 anos.
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Além disso, Resende reforçou o pedido à população que procure os pontos de vacinação para se imunizar contra a Covid-19.
Só na Capital, são cerca de 39 mil pessoas que recusaram a 1º dose, e 66 mil que não voltaram para receber a 2º dose.
"Esse conjunto que insiste em negar a ciência poderá jogar no lixo um esforço imenso de milhares de pessoas", lamentou o secretário.