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NOVO CHEFE Roberto Gurgel assume cargo de delegado-geral da Polícia Civil de MS Ex delegado-geral Adriano Garcia pediu afastamento na sexta-feira, após ter disparado três vezes contra o carro de uma jovem, durante confusão no trânsito 21 FEV 2022 • POR Izabela Cavalcanti • 08h48

O cargo de delegado-geral da Polícia Civil será assumido por Roberto Gurgel, conforme confirmado pelo Governo do Estado, na manhã desta segunda-feira (21).

O ex chefe da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, pediu afastamento após atirar três vezes contra o carro de uma jovem, de 24 anos, na noite da última quarta-feira (16).

O Correio do Estado adiantou a informação da demissão, em primeira mão, na sexta-feira (18).

Na carta entregue para Azambuja, Garcia alegou que colocou o cargo à disposição por cunho pessoal e familiar.

“Por questões de cunho pessoal e familiar, opta por colocar à disposição de Vossa Excelência a função em apreço, cujos motivos que ensejaram a presente tomada de decisão serão esclarecidas pessoalmente em momento oportuno”, escreveu na carta.

NOVO CHEFE

Roberto Gurgel foi nomeado como diretor da Academia de Polícia Civil do Mato Grosso do Sul (Acadepol/MS), no dia 3 de março.

Antes disso, atuava no Departamento de Polícia Especializada.

O CASO

Na quarta-feira à noite, na Avenida Mato Grosso, Adriano Garcia perseguiu a jovem, no trânsito, depois de o carro dela ter apagado no sinaleiro, conforme conta a própria jovem.

Já na versão da Polícia Civil, ela infringiu algumas regras de trânsito, jogando o carro na frente do veículo descaracterizado, e se recusou à ordem de parada.

A moça, brava com o buzinaço do policial, mostrou o dedo médio para ele. O gesto perturbou o policial, que quis abordar ali mesmo a motorista.  

Então, começou a perseguição, que terminou na calçada de uma escola de idiomas.  

Chegando lá, o ex-chefe da Polícia Civil acionou reforço, e só depois de mais de 30 minutos, a jovem saiu do veículo.

Antes disso, Adriano Garcia Geraldo atirou em três pneus do carro da jovem, para que ela parasse o veículo, segundo ele.

A jovem disse ao Correio do Estado que se assustou com os tiros e a perseguição, afinal, ela “jamais” pensou em se tratar de policial, que conduzia um carro descaracterizado.  

O caso está sendo acompanhado pela Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul; Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, e pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

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