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MEDIDA ELEITOREIRA Posto deverá mostrar preço do combustível antes e depois da medida de Bolsonaro Distante 87 dias da eleição, presidente quer que população compare valores de antes do teto do ICMS 7 JUL 2022 • POR Leo Ribeiro • 09h17

Distante 87 dias da eleição presidencial, publicado na manhã desta quinta-feira (7) o decreto presidencial - Nº 11.121 - obriga os postos revendedores a mostrarem o preço praticado nos combustíveis, antes e depois da medida que estabelece o teto de 17% para o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Aprovado pelo Congresso, e sancionado por Bolsonaro no dia 23 de junho, o texto classifica combustíveis como essenciais e indispensáveis.

Com isso, os Estados ficam impedidos de cobrarem taxa superior à alíquota geral de ICMS, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade.  

Termômetro de popularidade nas avaliações eleitorais sobre o governo, conter a inflação sobre os combustíveis é uma das saídas para tentar alavancar sua reeleição em 2022.  

Ainda assim, não fica estabelecida sequer uma punição para o posto que for encontrado descumprindo esse decreto.  

Vigente até o fim do ano, o texto publicado hoje (7) tem intenção de comparar o atual valor da gasolina, com 22 de junho, um dia antes da medida do governo Jair Bolsonaro.  

Vale lembrar que essa é também a data limite para o teto do ICMS e, segundo o próprio Planalto, a ANP e os órgãos de defesa do consumidor apenas “orientarão” os postos sobre a medida.

Entenda

Pelo menos 22 Estados, além do Distrito Federal, reduziram o ICMS sobre combustíveis até o início desse mês. Entretanto, 11 dessas unidades (e o DF) judicializaram a causa. 

Na data de ontem (6), Reinaldo Azambuja, governador de Mato Grosso do Sul, anunciou que MS aplicaria o teto, que engloba gasolina; alcool; energia e telecomunicações.  

Importante frisar que, no Estado, óleo diesel e gás de cozinha ficam mantidos em 12%, para que o Estado não sofra um aumento em cima desses produtos.  

Entre os impactos da medida do teto, tanto o Estado, quanto os municípios que são sócios da arrecadação, devem sofrer, entre julho e dezembro, perdas de R$ 692 milhões e R$ 173 mi, respectivamente.  

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