Entre as medidas anunciadas pelo planejamento da gestão "Ano 1: um novo ciclo de desenvolvimento", quanto à redução de tributos, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anunciou que deve zerar o Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), para carros leves e pesados convertidos para gás.
Sendo mais barato que os demais combustíveis, o Gás Natural Veicular é uma fonte de energia limpa e, por emitir menos poluentes na atmosfera, estima-se que a poluição de CO2 seja reduzida em até 50% nos veículos que rodam com GNV.
Conforme a MS Gás, existem oito postos que comercializam o gás natural veicular, sendo todos na Capital e, como explica Karla Amorim, a gerente de um desses oito postos que abastecem GNV, esse combustível e usado em sua maioria por motoristas de aplicativos.
"O movimento é ótimo de GNV, aqui ele sai mais do que a gasolina e o álcool. E acho que agora com essa medida de zerar IPVA tende a melhorar", expõe ela.
Ainda assim, ela explica que as chances de aumentar a concorrência entre os postos - com novos pontos passando a comercializar GNV - são baixas, uma vez que o investimento para passar a comercializar esse tipo de combustível custoso.
"É um investimento que é muito alto. Tem o gasto com energia; a manutenção dos equipamentos é muito cara; além de que tem que ter um funcionário específico para isso, já que diferente da gasolina você não pode abastecer dois carros ao mesmo tempo, tem que ficar em observação enquanto abastece o gás", expõe a gerente do posta na esquina da Mato Grosso com a 25 de dezembro.
Como divulgado anteriormente pelo Correio do Estado, Mato Grosso do Sul teve uma alta de, 139% de veículos homologados com GNV, se comparados os primeiros sete meses de 2020 a 2022.
Até o fim do terceiro trimestre de 2022, o Estado tinha um frota total, homologada, 1.673 veículos totais
Apesar de uma crescente na alta na homologação - com 134 novos carros no período comparado de 2022, sendo 80 registros em 2021 e outras 56 conversões em 2022 -, a quantidade de carros com kit gás tende a ser muito maior, já que, devido às taxas, muitos fogem e adiam a regularização do sistema.
Com projeções e dados da expectativa de abrangência dessa medida ainda em fase de elaboração, o governo foi contatado e esclarece apenas que os decretos a serem assinados, e projetos enviados à Assembleia Legislativa, serão detalhados em evento marcado para o próximo dia 5 de maio.
Conheça o GNV
Sendo um gás natural aplicado sob alta pressão, por cilindros especiais, em veículos automotores, a conversão do GNV pode ser feita em qualquer veículo, já que, diferente de converter o carro para álcool, não são necessárias alterações na câmara de combustão, apenas modificações externas, com os cilindros acomodados no porta-malas.
Com isso, é importante frisar que o kit-gás não pode ser removido, caso haja interesse de ocupar o porta-malas do veículo com demais bagagens.
"Por se tratar de um sistema que trabalha com a alta pressão (200 bar, o equivalente a 2900 libras), recomenda-se que o manuseio ou a manutenção sejam realizados somente por um técnico especializado, que poderá garantir todas as condições de segurança necessárias", expõe a MS Gás.
Através do kit-gás, o carro passa a ser biocombustível, com o GNV sendo ecológico por emitir menos óxidos nitrosos, CO e CO2, reduzindo os poluentes emitidos em até 70%.
Se comparado com os demais combustíveis (álcool e gasolina), a economia conquistada com o GNV fica em torno de 50% a 70%. É possível encontrar a relação dos postos que vendem gás veicular na Capital CLICANDO AQUI.
Sendo essa, por hora, - segundo o Governo do Estado - a medida central para estimular o uso do GNV, além de taxas que beiram R$ 1,5 mil, o condutor precisa ainda arcar com o custo médio de R$ 5,3 mil para converter o carro para o gás natural veicular.