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DOENÇAS

Sesau confirma que não há foco do mosquito Oropouche em MS

Exames confirmaram que paciente diagnosticada, contraiu a doença na cidade de Ilhéus, na Bahia

14 JUN 2024 • POR Alicia Miyashiro • 16h30
Sesau confirma que não há foco do mosquito Oropouche em MS   Foto: Divulgação

Após o registro do primeiro caso de febre Oropouche (FO) em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) publicou através de comunicado que não há foco do mosquito transmissor na Capital até o momento.

O caso registrado nesta quarta-feira (12) trata-se de uma mulher que teve a doença diagnosticada e contraiu o vírus na cidade de Ilhéus, na Bahia, onde passava férias, no início de junho.

Segundo informações, assim que a doença foi confirmada por meio de exame laboratorial, algumas medidas foram tomadas:

– O CCEV, Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, foi informada para a realização de bloqueio de transmissão;

– Foram feitas orientações à paciente sobre meios de proteção individual para minimizar a transmissão;

– O caso segue em monitoramento pela Gerência Técnica de Endemias, CVE;

– Toda a rede de saúde pública e privada do município foi comunicada para identificar, investigar e comunicar casos potenciais no território que se enquadrem na definição de caso.

Febre Oropouche

A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. 

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente, nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

A transmissão é feita principalmente por mosquitos da espécie 'maruim' ou 'mosquito-pólvora.

Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo. Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. Sintomas

Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede de saúde.

Aumento de casos

A incidência de casos tem aumentado no Brasil. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, neste ano foram confirmados 6.207 casos, enquanto em todo o ano de 2023 foram 835.

A maioria dos casos se concentra na região norte. Atualmente, com exceção do Tocantins, todos os estados da região norte registraram casos autóctones (oriundos do mesmo local onde ocorreu a doença).

Dos estados da região extra-amazônica, 5 já registraram casos autóctones, sendo eles Piauí, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

O Brasil ainda não registrou nenhuma morte pela doença.

***Colaborou Glaucea Vaccari