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REPRESA DO NASA PARK

Asfalto da BR-163 cede, mas tráfego continua em meia pista

Dezenas de operários e técnicos já começaram a trabalhar na recuperação da rodovia, que foi danificada pela água de uma represa que estourou

21 AGO 2024 • POR Neri Kaspary e Naiara Camargo • 07h49
Trecho do asfalto atingido pela enxurrada nesta terça-feira solapou, mas o tráfego segue normalmente em meia pista   Marcelo Victor

Exatas 24 horas depois de a enxurrada invadir e danificar a BR-163, na altura do quilômetro 500, dezenas de operários e técnicos começaram a trabalhar na recuperação da pista. O tráfego segue no sistema pare e siga, mas no local do incidente surgiu uma uma grande cratera, que engoliu parte da pista que até ontem (20) parecia estar intacta.

Conforme estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a fila de veículos no começo da manhã chegava a oito quilômetros de um lado da cratera e cerca de seis quilômetros do outro lado, provocando atraso superior a uma hora na viagem dos usuários da principal rodovia do Estado. 

Mas, apesar do surgimento da cratera na pista, técnicos da CCR MSVia entendem que a passagem pelo local continua sendo segura. O trecho que solapou já estava parcialmente oco por baixo do asfalto e seria retirado pelos maquinistas para possibilitar a recomposição da pista. 

Para motoristas que tem como destino a região norte do Estado, uma das opções é pegar a MS-080, passando por Rochedo, Corguinho, Rio Negro e depois retornar à BR-163, em São Gabriel do Oeste.

O percurso aumenta em cerca de 80 quilômetros e é completamente asfaltado. Para percorrer esse trecho a mais gasta-se menos tempo que aquilo que é necessário esperar no pare e siga no local que a pista está danificada, entre Campo Grande e Jaraguari.

ENXURRADA

A rodovia foi danificada no começo da manhã desta terça-feira (20) pela enxurrada proveniente do rompimento do dique de um lago artificial no condomínio de luxo Nasa Park, que fica a cerda de oito quilômetros da pista. 

O lago tinha em torno de 20 hectares e ficou praticamente seco depois do rompimento da barragem, que era utilizada como via de acesso ao condomínio e ao longo dos anos sofreu com a trepidação dos veículos leves e pesados que passavam sogre o dique. 

Além de danificar a pista da BR-163, que chegou a ficar completamente interditada durante cerca de quatro horas nesta terça-feira (20), a onda de água e lama também danificou inúmeras residências de famílias que moram às margens do córrego que era represado no condomínio.