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ALERTA

Qualidade do ar desta sexta-feira é a pior do ano na Capital

Campo-grandenses amanhecem com mistura de fumaça, calor e baixa umidade, o que é uma das combinações para a piora do ar; segundo monitoramento da Federal, qualidade está "muito ruim"

13 SET 2024 • POR Felipe Machado • 09h45
Fumaça atinge fortemente Campo Grande e qualidade do ar é a pior do ano desta sexta-feira (13)   Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Campo Grande acordou nesta sexta-feira (13) com o pior ar do ano, segundo a estação de monitoramento da qualidade do ar da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (EMQAr-UFMS) , resultado da combinação da fumaça, altas temperaturas e baixa umidade.

No portal do QualiAR da Federal, a medição aponta 136µg/m³ (microgramas por metro cúbico) de partículas de poluição no ar da cidade nesta manhã, o que é classificado como muito ruim para a estação. Ainda, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) afirma que há cinco classificações possíveis para apontar a qualidade do ar:

0 a 40: Boa; 41 a 80: Moderada; 81 a 120: Ruim; 121 a 200: Muito ruim; Acima de 200: Péssima;

A partir do nível moderado, o ar já começa a apresentar riscos à saúde da população. Por exemplo, sintomas como irritação nos olhos, nariz e garganta; cansaço e tosse seca, além da piora na respiração. Para prevenir essas ocorrências, recomenda-se evitar atividades físicas, fechar portas e janelas da residência, uso de máscara e, obviamente, se manter hidratado durante todo o tempo.

Ainda, mesmo que a pessoa não saia de casa, é importante tomar alguns cuidados no dia-a-dia quando o ar está muito ruim. Por exemplo, utilizar umidificadores de ar, usar toalha e baldes com água (para aumentar a umidade na residência) e limpar regularmente os ambientes. 

Na tarde desta quinta-feira (12), a estação de monitoramento apontou que a qualidade do ar voltou a ser qualificada como ruim, enquanto o poluente PM2.5 (Material Particulado) está entre 104 e 102 microgramas por metro cúbico.

Mas, afinal, o que estamos respirando?

Conforme explicou o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a métrica traçada pela empresa suíça superestima a concentração das substâncias na superfície e não leva em conta os valores em estações físicas que monitoram com precisão.

"Esse serviço é uma plataforma que gera dados que devem ser encarados não de forma absoluta, mas de forma qualitativa e não quantitativa, porque ele não representa valores na estação. Isso significa que os dados tendem a ser um pouco diferentes da realidade na superfície, porque, como é uma imagem de satélite, ele captura a coluna integrada da atmosfera e não a superfície, como é o correto para medir a qualidade do ar."

*Colaborou Laura Brasil

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