O deslocamento de uma frente fria, conduzida por ventos do sul, pode trazer chuva a partir desta quinta-feira (3) em Campo Grande.
Embora o campo-grandense esteja respirando ar poluído, a aproximação da frente fria irá 'dar um fôlego' e aliviar o calor como também melhorar a umidade relativa do ar.
Fumaça
Durante a tarde desta quarta-feira (2), dados do Monitoramento de Qualidade do Ar (QualiAr), que faz a medição de poluição, classificou a condição do ar como ruim (81).
Segundo o professor Widinei Alves Fernandes, responsável pelo Laboratório de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em 30 dias, o campo-grandense teve apenas 5 em que a qualidade foi considerada boa.
"Devemos ter ainda amanhã uma condição [desfavorável do ar], com tendência de melhorar no final do dia", explicou o professor.
Poluição
Há cerca de 7 dias, o índice de poluição estava tão alto, que a medição de qualidade do ar apresentou o pior índice na Capital desde que iniciaram o levantamento em 2021.
Muito embora, a fumaça tenha tomando conta das ruas, com a chegada da frente fria, o professor frisou a possibilidade de chuva em Campo Grande e a região sul do Estado.
Veja imagem via satélite
De onde vem a fumaça?
Mesmo que o Pantanal em Mato Grosso do Sul tenha tido as queimadas controladas, o fogo continua no Mato Grosso e na Bolívia, com isso a fumaça acabou encobrindo todo o Estado.
Além disso, a Amazônia segue em chamas o que acaba potencializando o fumaceiro que eventualmente toma conta de algumas regiões do país.
O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença de substâncias nocivas para a saúde.
A fumaça do fogo florestal traz consigo, por exemplo, o monóxido de carbono, material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.