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Meio ambiente Brigadistas combatem fogo no Pantanal e protegem ribeirinhos Atuação contra o fogo na divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso ocorre em duas frentes 15 OUT 2024 • POR Sílvio Andrade, de Corumbá • 16h58
Incêndios estão de volta ao Pantanal de MS e MT   Divulgação

Um foco de calor que estava sendo combatido há uma semana na região da Barra do São Lourenço, a 240 km ao norte de Corumbá, próximo à divisa com Mato Grosso, se propagou rapidamente com a força do vento por uma linha estimada em 40 km.

Ontem, o fogo ameaçava a comunidade local de ribeirinhos, formada por cerca de 20 famílias, na beira do Rio Paraguai. A região compreende o entorno da Serra do Amolar.

Um grupo de 28 brigadistas do Prevfogo está no local combatendo as chamas com água, abafadores e sopradores, além de criar proteção por meio de aceiros para impedir que o fogo chegue à comunidade, onde funciona uma escola rural do município. Uma das casas que recebeu atenção especial dos brigadistas foi a do indígena Vicente Guató, que vive isolado na margem do Rio Cuiabá, próximo à sua foz, no Rio Paraguai.

Fogo pulou a margem

A coordenação do Ibama na Operação Pantanal, que está há 195 dias combatendo e monitorando os focos de incêndio no bioma sul-mato-grossense, informou que, na noite de segunda-feira, o fogo iniciado na região do Paraguai-Mirim pulou o Rio Cuiabá e se estende por uma linha de 4 km no Parque Nacional do Pantanal, que começa na margem direita do afluente, em Poconé (MT). Na outra margem fica Corumbá.

No dia 12 de outubro, o avião Air Tractor do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul realizou dois lançamentos de água no fogo que se alastrou no Paraguai-Mirim. A corporação está mobilizada para o envio de tropa por via fluvial, caso necessário, em apoio aos brigadistas. Devido às dificuldades logísticas e às condições climáticas, foi descartada a possibilidade de envio de bombeiros por aeronave do Exército.

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