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CRIMES EM SÉRIE Acusado de estupros em série é reconhecido instantaneamente e preso em Campo Grande Aos 34 anos, Alessandro dos Santos Ramos foi preso na manhã de hoje (31) após vítima abusada de forma violenta identificar de imediato o suspeito de uma série de outros crimes na Capital 31 OUT 2024 • POR Leo Ribeiro • 11h09
Cruzamento de imagens de circuito de segurança, de crimes cometidoas dia 03 e 23 deste mês, mostrou que se tratava da mesma pessoa, com o mesmo "modus operandi" de primeiro abordar com narrativa de roubo e depois estupro   Marcelo Victor/Correio do Estado

Na manhã desta quinta-feira (31), Alessandro, de 34 anos, foi preso por equipes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), acusado por uma série de crimes sexuais em Campo Grande, sendo que a vítima que registrou o crime em 23 de outubro, hoje, reconheceu instantaneamente seu agressor, suspeito ainda de uma série de outros abusos cometidos na Capital de Mato Grosso do Sul. 

Em coletiva na manhã de hoje (31), as delegadas Analu Lacerda Ferraz e Elaine Cristina Ishiki Benicasa, essa titular de Deam, detalharam a prisão de Alessandro dos Santos Ramos - encontrado na região do Sóter na Capital - e deram informações sobre uma série de outros crimes que Alessandro e seu irmão são acusados. 

Segundo as delegadas, pelo menos seis ocorrências estão ligadas às ações criminosas da dupla, sendo que três vítimas recentes já identificaram, por foto e também reconhecimento pessoal, Alessandro como executor de estupros e abusos cometidos em Campo Grande. 

Elaine Benicasa explica que, através do trabalho do setor de investigação de crimes sexuais foi notado um aumento no volume dessas práticas, sendo um boletim de ocorrência do último dia 23 fundamental para a prisão preventiva do autor. 

Abusos violentos

Como bem detalha a titular da Deam, nesse último caso o autor demonstrou o mesmo 'modus operandi' observado pelo setor em crimes anteriores, sondando a casa da vítima em uma bicicleta e passando constantemente pelo local até conhecer e saber quando e quantas pessoas estariam na casa. 

Na data, ele adentrou a residência - a princípio para roubar - se apossando de uma faca na cozinha até visualizar a mulher e cometer um crime rápido, porém extremamente violento como explica Benicasa. 

"Visualizou a vítima no quarto com trajes íntimos, e subiu na cama, exigiu o aparelho celular e em seguida acabou mantendo conjunção carnal, ejaculação na vítima de forma bastante violenta. Como relatado pelo médio perito foram poucos segundos, mas que deixaram marcas muito violentas na vítima", expõe. 

Segundo as delegadas, o suspeito seria acusado de outras cinco ocorrências, seis já registradas no total, de crimes sexuais contra vítimas diferentes regiões de Campo Grande. 

"A gente colocou quatro, cinco indivíduos na sala de reconhecimento e quando ela entrou na sala de reconhecimento ela nem sequer piscou, ela já apontou de cara", complementa Analu.

Conforme a vítima do último dia 23 em depoimento às delegadas, ela disse não ter dúvidas, pois durante o crime, quando Alessandro entrou na casa, ela pedia calma todo tempo ao homem temendo um mal ainda maior. 

"Ela disse que durante pegou no ombro dele, pegou nele e falou assim, 'tenha calma', foi tentando acalmar, porque ela viu que ele estava muito agitado, para ele não fazer mau maior a ela", cita Analu.

Entre as regiões de Campo Grande onde foram relatadas casos, aparecem lugares como: 

Diante disso foi representado pela prisão preventiva e, com apoio da Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), a apuração dos fatos apontou que Alessandro e seu irmão são acusados por práticas de crimes sexuais, inclusive em conjunto

"E agora no dia 03 de outubro tivemos uma tentativa de estupro e roubo também, em uma loja do centro, que ele chegou de bicicleta, encostou, viu que estava uma menina sozinha, entrou com a faca; anunciou o assalto e começou a apalpar a jovem, mas chegou uma cliente e ele conseguiu sair, então não consumou o estupro", cita Analu. 

Através do cruzamento de imagens de circuito de segurança, tanto do dia 03 como do dia 23, segundo a delegada, foi possível verificar que se tratava da mesma pessoa, com o mesmo "modus operandi" de primeiro abordar com narrativa de roubo e depois estupro. 

"Quando ela olhou o quadro de fotos, [a vítima] apontou e começou a passar mal, ela vomitou... ficou em choque porque ela identificou o autor. Chamamos a vítima do dia 3 também e ela identificou prontamente sem sombra de dúvidas, apontando desde que entrou na sala o rapaz, ela ficou muito emocionada também", completa Analu.

Diante disso, com toda a coleta de material genética, da toalha que o acusado usou na data do crime e também coletas das vítimas, foi representada pela prisão de ambos os irmãos.

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