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Fim da escala 6x1 Lojistas de MS são contra fim da escala 6x1: "aumenta custos" Para representante da classe, mudança na escala de trabalho é um risco às empresas 12 NOV 2024 • POR Mariana Piell • 18h00
PEC que propõe mudanças na CLT é motivo de debate entre funcionários e patrões   Arquivo / Agência Brasil

A ideia de ter mais do que apenas um dia de descanso por semana tem sido apoiada em peso pela população, principalmente por quem conhece de perto a realidade da escala 6x1.

Por outro lado, alguns empresários, cuja lucratividade depende da utilização contínua da mão de obra de seus funcionários, se colocam veementemente contra a proposta.

Maior representante da categoria lojista no estado, a presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDLMS), Inês Santiago acredita que "a possibilidade de mudar a escala de trabalho é um risco para a estabilidade financeira das empresas".

"O que gera emprego é o desenvolvimento econômico impulsionado por políticas públicas favoráveis, não é a redução da jornada de trabalho, como quer a PEC. A mudança vai gerar custos adicionais e impactar até mesmo na produção. Com isso, o empregador teria que contratar mais trabalhadores, onerando a sua folha, para dar conta da mesma demanda diária e, consequentemente, terá que fazer cortes em outras áreas da empresa", completou.

A PEC

Tendo como objetivo proporcionar uma uma jornada de trabalho mais equilibrada para os trabalhadores brasileiros, o movimento Vida Além do Trabalho (VAT) foi criado pelo influenciador e recém eleito vereador do Rio de Janeiro, Rick Azevedo (PSOL-RJ).

Apresentada em 1° de maio, Dia do Trabalhador, pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6x1 se tornou o principal assunto em debate no Brasil na última semana. Essa discussão fez com que diversos deputados se posicionassem, favoráveis ou não à pauta.

Até o momento, dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul, metade assinaram favoravelmente para que a PEC tramite na Câmara de Deputados. São eles: Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT). Já os deputados Beto Pereira (PSDB), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL) se posicionaram contrários ou não se manifestaram.

Para que tramite na Câmara de Deputados, são necessárias 171 assinaturas. Até agora, 140 foram coletadas. Após a coleta das assinaturas, a PEC poderá passar por análise e votação, onde serão precisas, ao menos, 308 votos na Câmara e 49 no Senado para aprovação.

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