Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, revelou que ainda não definiu sobre seu futuro político, ou seja, se será candidata ou não nas eleições gerais de 2026.
No entanto, ela informou que, para o pleito do próximo ano, estará nos palanques do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), os quais tentarão a reeleição em seus respectivos cargos eletivos.
“Nos últimos dois anos como ministra do Planejamento e Orçamento, eu consegui destravar o máximo de recursos financeiros da União para Mato Grosso do Sul e, ao longo deste ano, vou procurar estar mais presente no meu estado”, declarou.
Como parte de uma nova estratégia para aumentar a aprovação junto ao eleitorado brasileiro já de olho na reeleição em 2026, o presidente Lula escalou a ministra para atuar na divulgação do grande número de obras e dos programas sociais do governo federal em Mato Grosso do Sul e, dessa forma, melhorar a popularidade dele.
“O presidente Lula pediu que todos os ministros estejam mais nas suas bases divulgando os avanços do Brasil graças às políticas do seu governo. Nos primeiros dois anos, tive de focar na parte econômica, o que me exigiu muito tempo, mas agora nada impede que eu, nos fins de semana, possa estar nos municípios, conversando com os novos prefeitos e divulgando o que está sendo feito”, assegurou.
Questionada se essa nova incumbência dada por Lula não servirá também para que ela possa aproveitar para fortalecer o próprio nome também de olho no pleito do próximo ano, Simone garantiu que ainda não pensou nessa situação.
“Nessa missão que muito sutilmente o Lula me deu, preciso estar mais presente no Estado. Infelizmente, não tenho condições de prever o futuro, tenho procurado conduzir o meu ministério da forma mais apartidária possível e sem bairrismo. O meu ministério é muito técnico, e além da parte ética eu cumpro a vontade política do presidente Lula”, argumentou.
A ministra ressaltou que ainda tem dois anos para cumprir a sua missão em um dos cargos federais mais importantes que um sul-mato-grossense já ocupou, justamente pela abrangência da Pasta – e isso, segundo ela, lhe traz uma grande responsabilidade.
“Primeiro, quero seguir a determinação do meu partido, que é o MDB, mas já posso adiantar que vou estar com o Lula, não tem como estar de outro lado. O MDB tem três ministros fiéis ao presidente Lula, e quando ele me convidou para apoiá-lo no segundo turno das eleições de 2022, eu disse que já tinha escolhido o lado dele”, recordou.
Simone revelou que não precisava que Lula lhe prometesse nenhum ministério, pois já estava decidida em subir no palanque do petista no segundo turno.
“Mesmo assim, depois que ele foi eleito, Lula insistiu que eu fizesse parte do seu governo. Na terceira conversa que tivemos, acabei aceitando o convite para integrar um ministério. Esse reconhecimento do Lula me fez buscar ajudar projetos voltados para a justiça social, e como alguém que já foi prefeita de Três Lagoas, eu tinha a consciência disso”, revelou.
A ministra do Planejamento e Orçamento reafirmou que ainda não tem “nenhuma perspectiva política para 2026”.
“Só posso dizer que vou estar no palanque do presidente Lula fazendo campanha para a reeleição dele. Mais para a frente vou definir o meu projeto político, se vou ser candidata a algum cargo majoritário ou proporcional. Por enquanto, só posso reafirmar que meus compromissos são com as reeleições do presidente Lula e do governador Eduardo Riedel”, frisou.