
O primeiro esquenta do Cordão Valu para o Carnaval 2025, marcado para 7 de fevereiro, na Praça do Rádio Clube em Campo Grande, irá promover uma celebração afrocentrada com forte mensagem antirracista.
O evento gratuito, que começa às 18h, homenageia os 50 anos do Ilê Aiyê (primeiro bloco afro do Brasil) e os 40 anos do Grupo TEZ, duas instituições emblemáticas na luta pela igualdade racial.
Com entrada gratuita e programação até as 23h, a expectativa é reunir milhares de foliões em uma noite que une festa e militância, seguindo o lema do Cordão Valu: "Tradição, diversidade e inclusão".
O evento contará ainda com a presença de Antônio Carlos dos Santos Vovô, fundador do Ilê Aiyê, reforçando o simbolismo da noite.
Homenageados
Fundado em 1974 em Salvador, o Ilê Aiyê tornou-se referência global na valorização da cultura negra, enfrentando resistências iniciais e promovendo projetos educacionais.
Já o Grupo TEZ, criado em 1985 em Mato Grosso do Sul, atuou pioneiramente na defesa de cotas raciais em universidades e na inclusão da história afro-brasileira no currículo escolar.
"Essas homenagens destacam a resistência cultural e a luta contra o racismo", afirma Silvana Valu, líder do Cordão.
Atrações musicais
A programação artística reforça o tema, com artistas vinculados ao movimento negro local:
- Pagode do Tadeu: Em sua estreia no evento, o grupo liderado por Diogo Tadeu mescla samba tradicional, axé e músicas do Ilê Aiyê. Tadeu, criador do bloco afro Farofa com Dendê (2023), enfatiza: "Levar a mensagem antirracista para as periferias é essencial".
- Chokito: O sambista, parceiro habitual do Cordão, interpretará clássicos de escolas de samba e canções afro-brasileiras. "Conscientizar sobre igualdade racial é urgente", destaca o cantor.
- Bateria da Igrejinha: A escola de samba, que homenageará a comunidade quilombola Furnas do Dionísio em 2025, animará o público com ritmos contagiantes.