Política

Campo Grande

Bolsonaro promete "ripar" do partido quem apoiar Rose em vez de Adriane

O ex-presidente da República classificou como "sacanagem" filiados ao PL estarem criticando a atual prefeita da Capital

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As declarações de apoio do deputado estadual João Henrique Catan (PL) à candidatura da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) para a Prefeitura de Campo Grande, em detrimento da reeleição da atual prefeita da cidade, Adriane Lopes (PP), já chegaram ao conhecimento do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), que não gostou nenhum pouco da situação.

Ele aproveitou a presença ontem, em Campo Grande, de sua esposa, Michelle Bolsonaro – ex-primeira-dama do Brasil e presidente nacional do PL Mulher –, no evento Movimento Mulheres Conservadoras do Brasil, a fim de enviar uma mensagem a todos os filiados sobre o apoio do partido à prefeita Adriane Lopes neste segundo turno das eleições municipais.

O Correio do Estado teve acesso ao recado do ex-presidente. Em certo trecho da mensagem, Bolsonaro classificou como “sacanagem” o fato de parte da militância do PL estar pedindo voto para a candidata adversária, a qual teria fortes ligações com o PT, ao mesmo tempo em que critica a candidata da direita.

“Já fiquei sabendo que tem gente nossa trabalhando contra, e esse pessoal tem de ripar do PL em 2026. Essa gente tem de sair do partido. Eu até aceito que fique neutro, mas bater na nossa gente, aí está de sacanagem”, declarou Bolsonaro.

Ainda no recado enviado para o PL de MS, em especial ao diretório de Campo Grande, o ex-presidente revelou que, em decorrência da agenda apertada em outras cidades do País onde o partido tem candidatura própria a prefeito ou está apoiando algum partido aliado, ele não poderá vir pessoalmente à Capital pedir votos para Adriane.

O Correio do Estado também procurou o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para ouvir dele uma posição oficial sobre a questão envolvendo Catan e a candidata apoiada pelo partido em Campo Grande.

“Ele [Catan] já me ligou umas 10 vezes e eu não consegui atender”, disse.

Costa Neto afirmou que pretende conversar com o parlamentar sobre essa situação, pois um filiado ao PL não pode fazer campanha contra uma candidata que tem o apoio oficial da legenda.

A reportagem solicitou ao presidente nacional do PL para retornar quando tivesse falado com Catan. Entretanto, até o fechamento desta edição, o Correio do Estado não obteve retorno.

EVENTO NA CAPITAL

No evento Movimento Mulheres Conservadoras do Brasil, que tinha como objetivo unir mulheres que buscam ampliar suas vozes e fortalecer o papel feminino na política, Michelle reforçou o apoio à candidatura de Adriane e frisou que o crescimento das mulheres na política é um resultado das mobilizações conservadoras pelo País.

“Elegemos no total 15 vereadoras aqui no Estado, duas vice-prefeitas e uma prefeita – um aumento de 370% em relação às últimas eleições. Isso é um resultado muito positivo do nosso trabalho, de corrermos o Brasil falando sobre política com mulheres comuns, mulheres improváveis, que estão entendendo a política como uma ferramenta de transformação”, disse.

Já a senadora Damares Alves (PL-DF) comentou sobre o amor a Campo Grande. Ao demonstrar seu apoio a Adriane Lopes, ela disse que a prefeita representa os verdadeiros conservadores de MS que estavam unidos naquele palco.

“A gente não faz aliança com a esquerda, não serve ao governo de esquerda. Nós não nos humilhamos para a esquerda, uma esquerda que está conduzindo o Brasil do jeito que vocês estão vendo”, 
reforçou.

Para a senadora Tereza Cristina (PP), a imagem política da prefeita foi construída com desafios e superações.

“Nós começamos sozinhas, mas agora a direita está unida. Eu escolhi apoiar Adriane porque ela é uma mulher de família, uma pessoa íntegra, que tem um projeto para Campo Grande. E vamos vencer as eleições no dia 27, porque temos um projeto. A prefeita teve dois anos para realizar uma pequena parte do que ainda precisa ser feito. Agora, vamos dar mais quatro anos para Adriane concretizar esse projeto que é de vocês, das pessoas desta cidade”, conclamou.

A atual prefeita aproveitou para ressaltar sua carreira na política, sendo vice-prefeita por duas vezes. “Eu era vice, sim, fui eleita por duas vezes como vice. Mas é do saber de todos que vice não toma decisão administrativa. Quando eu me sento na cadeira, foi justamente em um período pós-pandêmico, com muitas dificuldades, mais de 300 obras paradas e uma prefeitura negativada, ou seja, sem capacidade de investimentos. Eu não reclamei, eu trabalhei”, afirmou.

O evento também contou com a presença da primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, que reforçou o papel das mulheres na política e a importância de apoiar Adriane Lopes.

“Estamos construindo um caminho para que, cada vez mais, as mulheres tenham equidade na política. Eu venho aqui pedir de coração o nosso apoio a essa candidatura que é tão importante”, disse. 

(Colaborou Leo Ribeiro)

Política

Lewandowski agora apoia recriação do Ministério da Segurança Pública e cobra mais recursos

Ministro afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade

22/12/2025 22h00

Lewandowski

Lewandowski Agência Brasil

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso avance no Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema. A avaliação foi feita em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 22.

Ao defender a volta da pasta, Lewandowski afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade e de um reforço significativo de recursos federais. Segundo ele, sem "verbas substanciais", o novo ministério tende a ser ineficaz.

"Eu concordo com o presidente que essa divisão (Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública) faria sentido, primeiro, se houvesse uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade. Em segundo lugar, se viessem verbas substanciais, porque hoje nós temos no nosso Fundo Nacional de Segurança Pública a verba irrisória de R$ 2 bilhões", afirmou.

Na entrevista, o ministro também criticou as mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto da PEC da Segurança enviado pelo governo. Embora tenha elogiado a disposição do relator, deputado Mendonça, para o diálogo, Lewandowski avaliou que a versão aprovada se distancia do eixo central da proposta do Executivo.

"A principal crítica que eu faço é que o texto está, de certa maneira, na contramão da proposta que nós apresentamos. O principal ponto da PEC era a coordenação de forças, e isso ficou de fora", disse. Para ele, ao priorizar a descentralização e o fortalecimento das forças locais, o texto pode representar um retrocesso em relação ao modelo de coordenação nacional previsto no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018.

Lewandowski também comentou o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a revisão da norma ainda passará por sua mesa. O presidente Lula já declarou que pretende vetar o texto, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe de Estado.

"Na medida em que você ameniza as sanções contra esse tipo de atentado contra as instituições, que é gravíssimo, você pode estimular futuros atentados contra o Estado Democrático de Direito", comentou.

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

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