Cidades

Investimento

Capital vai abrir mais de 6 mil vagas em escolas e contratar 300 professores

Prefeita Adriane Lopes anuncia na noite de hoje um pacotão de ações para a Rede Municipal de Educação de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande lança hoje um pacote de medidas que visa investimentos na Educação Básica da Capital. Entre os anúncios que a prefeita Adriane Lopes (PP) fará estão a contratação de mais 300 professores e a abertura de 6.600 vagas para o Ensino Fundamental e Infantil.

De acordo com a prefeitura, entre as vagas criadas na Rede Municipal de Educação (Reme), algumas são para o Ensino Fundamental, de demandas existentes e outras de criação, assim como para a Educação Infantil, que contará com a abertura de novas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis).

Conforme a Central de Matrículas da Secretaria Municipal de Educação (Semed), para 2024, a prefeitura anunciou a abertura de 5 mil vagas nas Emeis da Capital.

Para tanto, há a previsão de entrega de duas Emeis no próximo ano. No dia 6 de fevereiro, haverá a entrega da Emei Jardim Inápolis, enquanto no dia 20 do mesmo mês será a vez das obras da Emei São Conrado serem entregues à população. O ano letivo de 2024 terá início no dia 15 de fevereiro.

Com a abertura de novas vagas, a prefeitura também promete a contratação de mais de 300 professores para atuarem nas unidades escolares públicas de Campo Grande, além da construção de 166 novas salas modulares nas escolas da Capital.

Além disso, o pacote de medidas também prevê a oferta de 5.189 notebooks para todas as escolas da Reme, sendo 3.069 para escolas com Ensino Fundamental e 2.120 para Emeis. Ainda, haverá a criação de uma sala de informática itinerante e a entrega da 1.095 notebooks para melhorias no atendimento da Semed. Novos uniformes e kits escolares ainda serão anunciados.

Com as temperaturas altíssimas, a prefeitura também prevê a instalação de ares-condicionados para todas as unidades escolares da Reme de Campo Grande. Serão adquiridos mais de 4 mil aparelhos.

“A Educação é prioridade na nossa gestão. Sem educação não tem como se falar em capital das oportunidades. Quando se ressalta o avanço econômico na nossa cidade, precisamos falar de educação. Estamos acelerando processos para fazer da Reme referência para o Brasil”, frisa Adriane Lopes, por meio de sua assessoria.

De acordo com a prefeitura, este será “o maior pacote de ações da história da Educação de Campo Grande”.

MATRÍCULA

A chefe da Central de Matrículas da Semed, Adriana Cedrão, confirma que agora as matrículas poderão ser feitas por meio de ligação por celular para o número 0800 615 15 15.

O período de matrículas teve início no dia 16, com a rematrícula dos alunos da Reme, com duração até o dia 18 de dezembro.

Os pais deverão procurar as unidades escolares em que seus filhos estudam para garantir a vaga para o ano que vem.

A primeira listagem dos alunos para as Emeis será divulgada em 1º de dezembro. 

Assim, a efetivação da vaga na unidade destinada será até o dia 16 do mesmo mês.

Já a segunda listagem será comunicada pela Semed no dia 11 de janeiro de 2024. 

Os pais e/ou responsáveis deverão efetivar a vaga até o dia 17 do mesmo mês.

Já para o Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano, as matrículas começarão no dia 11 de janeiro. O cadastro deverá ser feito por site ou telefone.

Para atender os pais antes do fim das matrículas, no dia 16 de dezembro haverá plantão na Central de Matrículas. “A gente atende de segunda a sexta-feira, mas neste ano vamos oportunizar aos pais que não têm tempo durante a semana o sábado de atendimento, no dia 16 de dezembro”, esclarece Adriana.

MOBILIÁRIO

Neste ano, a Prefeitura de Campo Grande já investiu mais de R$ 27,3 milhões na compra de mobiliário novo para as escolas municipais. Foram adquiridos 35.065 mobiliários para atender às demandas das escolas de Ensino Fundamental e Educação Infantil da Reme.

Esses móveis serão suficientes para trocar todos os mobiliários de 95 escolas e 106 Emeis, a fim de atender à demanda dos diretores das unidades. O investimento total foi no valor de R$ 27.335.287,00. Além disso, novos bebedouros também serão instalados.

Segundo a prefeitura, foram adquiridos 25 mil conjuntos de aluno, compostos por mesa e cadeira na cor azul,  e outros 5 mil na cor amarela; 500 conjuntos para professor, compostos por mesa e cadeira; 50 mesas para cadeirantes; 2.627 conjuntos coletivos compostos por uma mesa e dois bancos empilháveis; 618 arquivos de aço com 4 gavetas; 400 armários tipo roupeiro em aço; e 370 mesas para reunião.

“Materializar um momento como esse é o reflexo da sua gestão, prefeita, na área educacional”, disse o titular da Semed, Lucas Henrique Bitencourt.

Sobre os novos mobiliários, a prefeita Adriane Lopes relata que tem trauma de carteira velha.

“Quando eu tinha 5 anos, eu sentei em uma carteira velha que quebrou o ferro, entrou na minha garganta e eu quase morri. Eu tenho um sinal no meu queixo e um trauma por isso. Quando entro em uma escola e vejo uma carteira velha, eu penso que as nossas crianças precisam de um ambiente com segurança”, conta.

DECISÃO

Justiça volta atrás em decisão e libera joias apreendidas de famoso designer

O juiz entende que se o Fisco promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as mercadorias como providência investigativa

23/12/2025 19h34

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian Site oficial/reprodução

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O juiz Claudio Müller Pareja, da 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, reconsiderou sua decisão e deferiu liminar para determinar que o fisco estadual libere as joias apreendidas do renomado joalheiro e economista Ara Vartanian, independentemente de recolhimento de tributo, multa ou prestação de garantia.

De acordo com os autos, o juiz entendeu, na decisão anterior, que a retenção das mercadorias teria natureza acautelatória (garantia) e investigativa, pois havia a suspeita de irregularidade documental e a possibilidade de providências administrativas e penais. Naquele momento, os fatos não se apresentaram como meio coercitivo de cobrança tributária.

Porém, o Fisco quantificou a base de cálculo, apurou o suposto tributo devido e aplicou a multa a empresa Avartanian Comércio Ltda., com indicação de valores expressivos, inclusive com menção à precificação das mercadorias. Houve,portanto, a constituição do crédito tributário, em linha com o lançamento de ofício.

Diante deste cenário, a situação se altera, pois se a administração promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as joias como providência “investigativa” por tempo indeterminado. 

"A partir disso, a manutenção da apreensão passa a produzir efeito prático típico de sanção política, pois condiciona, na realidade, a liberação do bem à satisfação de exigência fiscal", diz o juiz Claudio Müller Pareja no documento.

O magistrado dá continuidade e afirma ser inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos, de acordo com as diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF). "A Administração dispõe de meios próprios para a cobrança do crédito constituído, sem necessidade de constrição material destinada a compelir o contribuinte".

Ainda de acordo com a decisão, a manutenção da apreensão só se justificaria caso houvesse ato da autoridade policial indicando a necessidade da medida para a apuração do suposto crime. Contudo, não há informação nos autos acerca desse ato.

A decisão limita-se a reconhecer, em juízo de probabilidade, que a manutenção da retenção, após a quantificação do tributo e da multa, revela-se incompatível com a vedação sumulada pelo STF, devendo a discussão sobre o crédito seguir pelas vias ordinárias de impugnação e cobrança.

Apreensão de joias

O fisco sul-mato-grossense flagrou, em 1º de outubro deste ano, a empresa de Ara Vartanian enviando joias com valor subfaturado para Cuiabá (MT). Na nota fiscal do carregamento, constavam 126 peças de joias avaliadas em R$ 1,9 milhão, mas, após contagem física realizada por auditores tributários da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, verificou-se que o carregamento, na verdade, continha 248 peças de joias de alto padrão, avaliadas em R$ 22,6 milhões.

Para piorar, a empresa em Cuiabá que seria o destino das joias, a Fernando S. Perez Lerez Ltda., não possuía em seus registros qualquer vínculo com o comércio de joias ou de metais preciosos. A atividade principal da empresa é o comércio de móveis e, a secundária, a representação comercial.

Diante da constatação dos auditores tributários de Mato Grosso do Sul, a nota fiscal foi considerada inidônea. A Avartanian tentou, 12 horas após a apreensão, utilizar uma nova nota fiscal, desta vez com a discriminação correta dos produtos, mas já era tarde demais.

Habeas Corpus negado

Em novembro, o superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, Bruno Gouveia Bastos, enviou notícia-crime à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), da Polícia Civil, para a abertura de inquérito criminal pela prática de crime tributário.

No caso do designer de joias Ara Vartanian, seu advogado Augusto de Arruda Botelho pede que a investigação sequer seja aberta pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ele ancora seu pedido na Súmula Vinculante nº 24, que estabelece que crimes contra a ordem tributária somente se consumam com a constituição definitiva do crédito tributário, o que, segundo ele, não seria o caso da notícia-crime.

Por isso, no pedido de habeas corpus, Botelho alega que seu cliente foi submetido a constrangimento ilegal. O juiz Robson Celeste Candeloro, do Núcleo de Garantias da comarca de Campo Grande, indeferiu o pedido, na última quinta-feira (18), pois "revela-se precipitado impetrar habeas corpus contra mero ofício da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul, o qual apresentou notitia criminis que sequer foi acolhida pela autoridade policial, além de exagerado elevar tal documento, sem nenhum poder coercitivo estatal".

Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

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