Cidades

Julgamento

Jamilzinho é condenado a 15 anos pela morte de Playboy da Mansão

Jamil Name Filho foi considerado o mandante da execução; os ex-guardas municipais Marcelos Rios e Rafael Antunes Vieira e o ex-policial federal Everaldo Monteiro de Assis também foram sentenciados

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Iniciado nesta segunda-feira, o júri que avaliou o envolvimento de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e outros dois acusados na execução de Marcel Hernandes Colombo, conhecido como o Playboy da Mansão, morto no dia 18 de outubro de 2018, acabou na madrugada de hoje com a sentença de 15 anos de prisão para Jamilzinho, considerado o mandante do crime.

Rios foi condenado a 15 anos de prisão, enquanto o policial federal Everaldo Monteiro de Assis pegou 8 anos e 4 meses de detenção. O primeiro segue preso, já o ex-agente federal poderá recorrer em liberdade, pois não foi decretada a sua prisão preventiva.

O quarto julgado, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira foi condenado a 2 anos, 6 meses e 30 dias em regime aberto. Com isso, ele também não será preso.

No caso de Everaldo, o juiz ainda determinou a perda do seu cargo público, “tendo em vista se tratar de um crime hediondo”.

Na leitura da sentença, o juiz Aluísio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal 
do Júri de Campo Grande, afirmou que as penas do crime contra Playboy da Mansão foram diferentes das registradas no homicídio de Matheus Xavier – caso já julgado e que Jamilzinho também foi condenado. Em relação à morte do jovem estudante de Direito, o réu foi condenado a 23 anos e 6 meses de prisão.

“A pena supracitada é inferior à do crime fixado para a outra vítima, Matheus Coutinho [Xavier], portanto, crimes em circunstâncias totalmente diferentes, a começar que naquele processo houve erro sobre a pessoa, um crime com [uso de] fuzil, um jovem totalmente inocente que morreu no lugar do pai, [um estudante] universitário, havendo um acréscimo de pena apenas por conta do crime conexo de porte de arma de fogo”, declarou.

Com o julgamento de hoje, Jamilzinho soma sua quinta condenação proveniente de inquéritos da Operação Omertà, deflagrada em setembro de 2019 pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) e que na próxima semana completa 5 anos.

Somadas, essas cinco penas já chegam a 69 anos de prisão para o ex-empresário, o qual foi apontado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) como chefe de milícia armada que realizou diversas execuções ao longo dos anos. A defesa dos réus afirmou que vai recorrer da sentença.

MORTE

A investigação sobre o mandante da execução de Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, assassinado em um bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa, começou a ser desvendada graças ao início da Operação Omertà, 
que ocorreu quase um ano depois e que levantou provas que ligavam Jamil Name Filho à execução.

A primeira pista de que Jamilzinho estava envolvido no crime foi recolhida durante o depoimento do pai de Marcel, Joel Colombo, quando ele informou às autoridades que seu filho se envolveu em uma confusão com Name Filho em uma boate de Campo Grande, dois anos antes de o crime ser cometido.

Três meses depois, em 19 de janeiro de 2019, uma tia da vítima também prestou depoimento para a Polícia Civil, confirmando a versão de Joel sobre o desentendimento ocorrido na boate.

Porém, quase um ano depois, o mandante do crime ainda estava em aberto, apesar desses depoimentos que indicavam a participação de Jamilzinho no homicídio.

O processo de investigação só foi para frente após a apreensão de um pen-drive com provas que mostravam o envolvimento de Name Filho no crime, durante a realização da Omertà, em setembro de 2019, operação que apurava a criação de uma organização criminosa que agia a mando de Jamil Name e Jamilzinho.

A execução de Playboy da Mansão ocorreu quando a vítima e mais dois amigos estavam sentados à mesa do bar quando, por volta da meia-noite do dia 18 de outubro de 2018, um homem chegou ao local de moto, estacionou atrás do carro da vítima e, ainda usando capacete, se aproximou pelas costas e atirou.

A vítima morreu no local, enquanto um jovem de 18 anos foi atingido no joelho. De acordo com a investigação, José Moreira Freires (já falecido), o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o ex-policial federal Everaldo Monteiro de Assis foram os intermediários do crime, sendo encarregados de levantar informações sobre a vítima. Juanil Miranda teria sido o executor, porém, desde 2019, ele segue foragido.

De acordo com os autos, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira não teve participação no homicídio, mas teria sido responsável por ocultar a arma usada no crime.

JULGAMENTO

A sessão de julgamento terminou antes do previsto inicialmente. Conforme informado pelo Tribunal do Júri, a estimativa era de que o veredito fosse dado hoje, porém, algumas testemunhas foram dispensadas, tanto pela defesa quanto pela acusação, o que acelerou a sentença.

Ontem foi o dia de a acusação e a defesa apresentarem seus pareceres e tentarem persuadir os jurados.

A defesa de Jamilzinho tentou convencer o júri de que a morte de Marcel poderia estar relacionada a outras brigas, inclusive a um possível envolvimento com o tráfico de drogas.

“Por que nessas brigas, seja nos boletins de ocorrência, seja em qualquer outra desse rapaz que ‘não levava desaforo para casa’, não foi levantado absolutamente nada? Nenhum depoimento, nenhuma diligência 
e absolutamente nada sobre outras linhas investigatórias”, disse o advogado de defesa Pedro Paulo Sperb Wanderley.

Ele apontou também que outros motivos, como vingança por ameaças ou brigas que Marcel se envolvia, poderiam ser a causa da morte de Playboy da Mansão.

Os advogados de Jamilzinho também tentaram alegar que, após a briga com Marcel, teria havido um pedido de desculpas e que uma organização criminosa não esperaria quatro anos para executar alguém. Contudo, isso não foi suficiente para convencer os jurados.

Educação

Prazo para pré-matrícula nas escolas estaduais encerra quarta-feira

Lista completa com nomes dos estudantes e unidades escolares, estará disponível no site da Matrícula Digital no dia 12 de janeiro

03/01/2025 18h31

Ao todo, serão 210 mil vagas disponíveis em 348 unidades escolares

Ao todo, serão 210 mil vagas disponíveis em 348 unidades escolares Divulgação

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O prazo para a realização da pré-matrícula de estudantes nas escolas da REE (Rede Estadual de Ensino) de Mato Grosso do Sul, encerra na próxima quarta-feira, dia 8 de janeiro.

No total, são 210 mil vagas disponíveis em 348 unidades escolares presentes em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Além disso, são 120 oportunidades de extensões. Em Mato Grosso do Sul, a rede estadual atende mais de 190 mil estudantes, conforme a Secretaria Estadual de Educação (SED).

Entre as novidades de 2025, está o aumento da oferta de vagas para o Ensino em Tempo Integral em todo o Estado. No todo, serão 12 mil novas vagas, com destaque para turmas de Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais.

A oferta do Ensino em Tempo Integral em 2025 na rede estadual estará presente em 61,2% das escolas. Nesse sentido, o total de estudantes matriculados nessas turmas poderá chegar à marca de 52 mil.

Vale destacar que a lista completa com nomes dos estudantes e unidades escolares, estará disponível no site da Matrícula Digital no dia 12 de janeiro.

Como se inscrever

O processo de inscrição pode ser realizado pelos pais de três maneiras diferentes: pelo site www.matriculadigital.ms.gov.br ou pelos telefones 0800-647-0028 (fixo) e 3314-1212 (celular).

Se optarem por formalizar o processo de maneira presencial, podem fazê-la na sede da Central de Matrículas, localizada na rua Joaquim Murtinho, nº 2.612 – Itanhangá Park, em Campo Grande; ou diretamente em qualquer escola estadual do estado.

Rio Verde

Homem em surto tenta agredir PM com serra elétrica, acaba baleado e morre em MS

Vítima tinha histórico de surto e possuía corte no pescoço provocado por tentativa de suicídio em 22 de dezembro

03/01/2025 17h15

Viatura da Polícia Militar foi acionada para tentar conter o rapaz

Viatura da Polícia Militar foi acionada para tentar conter o rapaz Reprodução, PMMS

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Um homem de 43 anos em surto foi baleado e morto após avançar contra policiais militares nessa quinta-feira (2), em Rio Verde, município a 204 quilômetros da capital Campo Grande.

Conforme o registro policial, a ocorrência começou após o recebimento de um pedido de apoio para atender uma tentativa de suicídio. Ao chegarem no local informado, identificaram um homem trancado dentro de uma casa com os ânimos alterados e com comportamento agressivo.

Ainda segundo a equipe policial, o homem ameaçava a todo momento que iria se matar, mas que levaria uma pessoa junto com ele. Além disso, ele estava armado com facas e uma máquina serra elétrica mármore. Esta, era utilizada pelo homem a todo momento, ameaçando cortar o pescoço de um agente policial.

Nesse sentido, os policiais e uma equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) presente tentaram conter e estabilizar a crise do rapaz. No entanto, ao passar do tempo, ele parou de dialogar e ficou cada vez mais agressivo no interior do quarto. Durante novas tentativas de diálogo, o homem chegou a gritar aos agentes: "Vou me matar e vou levar um comigo, vou matar todo mundo que está aí".

Momento em que o rapaz se aproximou da janela da residência, e com a serra elétrica em mãos, avançou contra os agentes presentes e golpeou um policial militar. Na sequência, após os policiais pedirem para ele largar o equipamento, o homem atendeu o pedido. Contudo, pegou uma ferramenta tipo formão e dessa vez, pulou para fora do quarto, ainda agressivo.

Os policiais imediatamente deram a ordem para que o rapaz ficasse parado e não avançasse, pedido que foi negado pelo homem que se aproximou ainda mais dos agentes. Nesse sentido, os policiais deram três tiros de bala de borracha contra o suspeito, na tentativa de neutralizá-lo. Mesmo assim, o homem não se acalmou e continou partindo contra os policiais de maneira agressiva.

Assim, a equipe policial decidiu utilizar uma arma de fogo para conter a injusta agressão. Baleado, o rapaz ainda foi socorrido pela equipe médica do Samu, que de imediato o levou ao hospital do município. Contudo, ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

Na casa em que estava trancado, os policiais encontraram um pacote pequeno com substância análoga a cocaína, além de um prato de cozinha com a mesma substância. Ainda conforme o boletim de ocorrência, a vítima tinha histórico de surto e possuía corte no pescoço provocado por outro surto e tentativa de suicídio, ocorridos no dia 22 de dezembro de 2024.

O caso foi registrado como crime de homicídio decorrente de oposição a intervenção policial; e segue em investigação pela Polícia Civil.

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