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POLÊMICA

Juiz de garantias não será 'salvação da pátria', mas é constitucional, defende Moraes

Com quatro votos favoráveis, mas ainda sem maioria, o tema está na pauta do STF pelo nono dia nesta quinta-feira (17)

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O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou nesta quarta-feira, 16, ao oitavo dia de julgamento sobre a implementação do juiz de garantias, ainda sem um placar definido. A votação continua nesta quinta, 17.

Até o momento, há quatro votos para tornar a implementação obrigatória. Os ministros Dias Toffoli, Cristiano Zanin, André Mendonça e Alexandre de Moraes votaram para chancelar a mudança, aprovada em 2019 no pacote anticrime, mas que está travada desde então aguardando uma decisão do STF.

"Eu, com algumas exceções, entendo que não há essa inconstitucionalidade. Foi uma opção do legislador, do Congresso Nacional, não sei se será a melhor, mas é uma opção válida", defendeu Moraes ao iniciar o voto nesta tarde.

Embora tenha reconhecido o texto como constitucional, o ministro não poupou ressalvas à mudança. Moraes afirmou que o juiz de garantias não será a "salvação da pátria". "Não acho justo com o Poder Judiciário e com os juízes criminais insinuar que o juiz de garantias vem para garantir a imparcialidade no julgamento, como se não houvesse imparcialidade", acrescentou.

O placar que se desenha aponta para uma derrota do ministro Luiz Fux, relator do caso, que sugeriu tornar a implementação do juiz de garantias facultativa. A proposta foi que as unidades judiciárias tenham autonomia para decidir se a adoção é ou não possível e conveniente. Por enquanto ele está isolado.

Se a implementação obrigatória for de fato aprovada, o STF deverá conceder um prazo de transição para a adaptação do Judiciário. As propostas apresentadas até aqui giram em torno de 12 a 18 meses. A expectativa é que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) funcione como o órgão responsável pela condução e fiscalização da mudança.

O juiz de garantias foi criado com a bandeira de dar maior imparcialidade ao processo, evitando que uma "contaminação" do magistrado na fase de instrução influencie o resultado do julgamento. A mudança determinou a divisão do processo penal entre dois magistrados. Um juiz ficará responsável por conduzir a investigação e outro designado apenas para julgar e sentenciar os réus.

O julgamento, no entanto, não se limita à figura do juiz de garantias. Outros pontos do pacote anticrime passam pelo crivo dos ministros, como o relaxamento automático das prisões cautelares se as investigações não forem solucionadas em até 15 dias após a data da prisão, o trecho que cria novas regras para impedimento dos magistrados e o que proíbe audiências de custódia por videoconferência e interceptações telefônicas por mais de 30 dias.


 

Sem desconto

Senador é alvo da PF em operação contra roubalheira no INSS

Weverton Rocha (PDT-MA), que é vice-líder do Governo no Senado, foi um dos principais alvos da operação que também prendeu o filho do "Careca do INSS"

18/12/2025 07h30

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

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O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos principais alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU). Weverton é suspeito de ter realizado negócios com alvos investigados pelos desvios, segundo o Estadão. A polícia cumpre busca e apreensão na residência do senador.

Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é outro alvo e foi preso na operação. De acordo com o jornal, além de ter relação societária, ele tinha autorização para movimentar as contas de uma das empresas foi do pai que é suspeita de envolvimento nas fraudes em aposentadorias. O "Careca do INSS" está preso desde setembro.

A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e afastamento do atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Ele é jornalista e já trabalhou no gabinete de Weverton.

O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, também é alvo de buscas. A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Nesta quinta-feira, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens judiciais são cumpridas nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, as ações desta nova fase buscam "aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial".
 

sbt news

Lula diz que quer campanha 'civilizada' em 2026 e que já tem candidato em SP

O presidente afirmou que não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita

16/12/2025 07h40

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista ao SBT News veiculada nesta segunda-feira, 15, que quer participar de uma campanha "civilizada, num alto nível e com debate altamente democrático" na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. O presidente afirmou ainda que já possui candidatos ao governo e de São Paulo e de Minas Gerais, além de postulantes ao Senado dos dois Estados.

"Eu espero que seja campanha civilizada, num alto nível, com debate altamente democrático porque é preciso tirar o Brasil do ódio que ele está. A campanha política poderá servir para que a gente faça a política voltar a ser respeitada, as instituições fortalecidas e a democracia seja a grande ganhadora", afirmou Lula.

Sobre São Paulo e Minas, Lula disse que é cedo para apontar os nomes dos candidatos da preferência dele. Segundo o presidente, apesar de ter os candidatos, é preciso que eles aceitem participar da campanha. Um caso emblemático é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que resiste a ser o candidato ao governo de Minas apoiado pelo petista.

"Acho que é muito cedo para você definir as coisas sobre as eleições que vão se dar em outubro de 2026. Eu tenho todo o tempo do mundo para tentar fazer as articulações que preciso fazer. Obviamente que eu já tenho candidato a governador de São Paulo, tenho candidato a senador por São Paulo, já tenho candidato em Minas Gerais. Mas aqueles que eu quero podem não querer ser", disse Lula.

O presidente afirmou ainda não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar de uma só vez os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita. Confiante, Lula disse que a reeleição dele é a "única certeza" que possui.

"Eu estou preparado para disputar com todos eles de uma vez só. Tenho coisas para anunciar para o povo brasileiro, tenho uma prestação de contas ao povo brasileiro que eu duvido que outro presidente tenha. (...) Alguns poderão fazer promessas, eu vou mostrar a fotografia real das coisas que eu encontrei nesse País e das coisas que nós fizemos nesse País", disse o presidente.

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