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Lenda do boxe brasileiro, Maguila morre aos 66 anos

José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, estava diagnosticado com demência pugilística desde 2013

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José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, um dos maiores boxeadores brasileiros da história e o primeiro campeão mundial peso-pesado do país no esporte, morreu nesta quinta-feira (24), em São Paulo, aos 66 anos.

O ex-boxeador foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica, mais conhecida como demência pugilística, em 2013 e, desde então, viveu com constantes internações. A notícia do falecimento veio através de sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista à TV Record. Ela ainda confirmou que Maguila estava com um nódulo no pulmão e internado há quase um mês.

Nas redes sociais, Acelino Freitas, mais conhecido como Popó, tido para muitos como o maior boxeador brasileiro, publicou uma homenagem à Maguila com a frase "Descanse em paz, meu eterno campeão!" e um vídeo de uma parceria entre os dois durante uma publicidade.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Acelino Popó Freitas (@popofreitas)

 

Trajetória

Nascido no dia 12 de junho de 1958, em Aracaju (SE), José Adilson começou a se interessar pelo esporte ainda pequeno, ao assistir às lutas de Éder Jofre, ídolo máximo do pugilismo brasileiro, e Muhammad Ali, lenda mundial do esporte e aponta por muitos como o maior da história. Curiosamente, José assistia em uma TV em preto e branco, mas não em sua casa, mas sim na de um vizinho.

Buscando oportunidade de emprego, José foi para São Paulo para ser ajudante de pedreiro, em 1972, aos 14 anos. Mas a vida não andava como queria, chegando a conviver com a fome e outras dificuldades por meses.

Sete anos depois e mais acostumado com a vida na capital paulista, começou a treinar boxe e, com apenas dois anos no ramo, participou da sua primeira luta, no campeonato "Forja dos Campeões", muito conhecido pelos boxeadores brasileiros. Nesta luta, foi treinado por Ralph Zumbano, tio do seu ídolo éder Jofre, citado anteriormente.

Em 1983, com 25 anos, conquista seu primeiro título brasileiro, do qual ficaria com ele por 12 anos, ao vencer Waldemar Paulino, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Outro título que ficaria com ele por mais de uma década foi o de campeão sul-americano, do qual venceu em 1984, ao superar o argentino Juan Antonio Figueroa.

Nos próximos anos de sua carreira, Maguila ainda conquistou cinturão das Américas pelo Conselho Mudnial de Boxe (WBC), em 1986, e da América Latina pela Associação Mundial de Boxe (WBA) e pela Federação Internacional de Boxe (IBF), ambos em 1996. Além disso, foi o primeiro brasileiro campeão mundial dos pesos-pesados, quando em 1995 bateu Johnny Nelson e conquistou o cinturão da Federação Mundial de Boxe (WBF), considerada uma entidade de segunda prateleira da modalidade.

Encerrou sua vitoriosa carreira no dia 29 de fevereiro de 2000, ao ser derrotado por Daniel Frank, no seu adeus aos ringues. Durante seus 17 anos como profissional, lutou 85 vezes, venceu 77, perdeu sete e empatou uma. Dentre suas lutas mais marcantes, duas são as mais lembradas: Contra o astro norte-americano Evander Holyfield, em 1987, e contra George Foreman, em 1990, do qual perdeu ambas.

Além da vida nos ringues, Maguila já se aventurou como comentarista de economia e, também, como músico, ao lançar o disco de pagode "Vida de Campeão", em 2009. Nos seus últimos anos, devido a piora do diagnóstico de demência, passou a morar no Centro Terapêutico Anjos de Deus, clínica em Itu (SP).

Em 2018, junto à sua família, concordou em doar seu cérebro após a morte para estudos da Universidade de São Paulo (USP), para entender consequências de impactos repetitivos na cabebça durante a realização de esportes.

Demência pugilística

A encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência do pugilista, é uma doença neurodegenerativa que é provocada ou desencadeada por repetidos traumatismos na cabeça ou no crânio, é o que descreve o Jornal da USP.

É conhecida assim por famosos boxeadores, entre eles Maguila, Éder Jofre e Muhammad Ali, já terem sido diagnosticados com a doença. Porém, a demência também pode atingir atletas de outros esportes que sofrem impactos na cabeça, como rugby, futebol e futebol americano.

Os principais sintomas são tonturas e fortes dores de cabeça, além de poder ocasionar pdificuldade de racíocinio, perda de memória, lentidão, rigidez dos músculos, alterações na fala e desequilíbrio. Como não há cura, os médicos especialistas indicam a extrema atenção aos impactos no crânio, ou seja, prevenir.

*Matéria atualizada às 15h32 para acréscimo de informação

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Futebol

Corinthians vence Vasco e conquista tetracampeonato da Copa do Brasil

Título garantiu ao Timão uma vaga na Copa Libertadores de 2026

21/12/2025 19h16

Corinthians venceu o Vasco por 2 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil

Corinthians venceu o Vasco por 2 a 0 e conquistou o título da Copa do Brasil Foto: Rodrigo Coca / Corinthians

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O Corinthians é campeão da Copa do Brasil 2025. Depois do empate sem gols no jogo de ida, na Neo Química Arena, o time alvinegro foi cirúrgico jogando Maracanã, aproveitando as poucas chances que teve — finalizou somente duas vezes em direção à meta — para vencer o Vasco por 2 a 1, neste domingo, e ficar com a taça. Yuri Alberto e Memphis Depay fizeram os gols do time paulista. Nuno Moreira marcou para a equipe cruz-maltina.

Trata-se do quarto título conquistado pelo Corinthians na Copa do Brasil. Os paulistas também venceram em 1995, 2002 e 2009. Dorival Júnior, por sua vez, igualou Luiz Felipe Scolari, também com quatro taças, e se tornou o técnico que mais venceu o torneio.

Pela conquista do título, o Corinthians vai receber uma premiação de R$ 77,1 milhões, encerrando a participação com um acumulado de R$ 109,1 milhões, e também garante uma vaga na Copa Libertadores 2026. Já o Vasco recebe R$ 33 milhões pelo vice-campeonato e fecha o torneio com um total de R$ 53,5 milhões.

Diferentemente do primeiro duelo, em Itaquera, o Corinthians foi para o jogo com o meio-campo modificado. O volante Maycon ganhou a vaga do Rodrigo Garro, que vive mau momento, e o jovem Breno Bidon, também volante, assumiu a função de jogar mais adiantado.

A ideia era reforçar o setor e impedir o Vasco de trabalhar a bola livremente, como aconteceu no jogo de ida.

Empurrado por um Maracanã abarrotado, com torcedores fazendo muito barulho, o Vasco tentou adotar uma postura de protagonismo no começo do jogo. O time de Fernando Diniz ficou mais com a bola e pressionou a defesa corintiana quando não tinha a posse.

Para sair de trás, a equipe de Dorival Júnior buscou jogadas pelos lados. Aos 18 minutos, Matheuzinho recebeu ótimo passe, de Raniele, nas costas da defesa e fez lançamento preciso para Yuri Alberto, que ficou cara a cara com o goleiro Léo jardim e balançou as redes.

A jogada do gol pareceu ter demonstrado o caminho para o Corinthians, que continuou apostando nas bolas esticadas. Yuri Alberto teve chance clara para ampliar aos 25, mas desta vez o camisa 9 finalizou mal quando ficou frente a frente com Léo Jardim e desperdiçou a oportunidade de deixar os visitantes mais confortáveis no placar.

Bem posicionado atrás, os paulistas deram pouco espaço para os cariocas realizarem tramas com qualidade. Porém, quando Raniele errou passe no meio-campo, o Vasco não perdoou.

Andrés Gómez recebeu livre na esquerda e fez cruzamento na medida para Nuno Moreira empatar, de cabeça, aos 40. A torcida cruz-maltina fez grande festa nas arquibancadas e o coro de “time da virada” foi entoado. A igualdade no placar fez justiça ao equilíbrio da partida na etapa inicial.

O Vascou voltou melhor após o intervalo. O time de Fernando Diniz empurrou o Corinthians para o campo de defesa e passou a rondar a área adversária, mas sem levar perigo imediato à meta defendida por Hugo Souza. A equipe de Dorival Júnior apelou para os chutões em direção a Yuri Alberto, que, encaixotado, não conseguiu fazer muita coisa.

Aos 17 minutos, os paulistas aproveitaram a primeira chance clara que tiveram em um contra-ataque para marcar. Bidon deu um lindo drible da vaca em Barros e a jogada terminou com Yuri tocando para Memphis só empurrar para as redes.

Logo após o gol corintiano, Diniz tirou o volante Barros para colocar o centroavante Pablo Vegetti, artilheiro do País em 2025, com 27 gols. A ideia era clara: aproveitar o faro apurado do argentino para converter a pressão em bola na rede.

Os cariocas começaram a cruzar bolas na área e a defesa corintiana precisou se desdobrar para evitar chances perigosas. Dorival, diferentemente de Diniz, teve opções melhores para oxigenar o time e colocou Carrillo e Garro no segundo tempo para tentar fazer o time sair de trás.

Conforme o jogo foi se aproximando dos minutos finais, Dorival fez substituições para “fechar a casinha”, ou seja, fortalecer o sistema defensivo para segurar o resultado até o fim — Yuri Alberto, com sangramento no nariz, foi tirado para a entrada do zagueiro João Pedro.

Diniz empilhou o Vasco com atacantes: Rayan, Vegetti, David e Gómez... O time corintiano sofreu no fim, mas conseguiu assegurar o a vitória para ficar com o título.

VASCO 1 X 2 CORINTHIANS

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique, Carlos Cuesta (David), Robert Renan e Puma Rodríguez (Matheus França); Cauan Barros (Vegetti), Thiago Mendes e Philippe Coutinho (Tchê Tchê); Andres Gómez, Nuno Moreira (GB) e Rayan. Técnico: Fernando Diniz

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu (Angileri); Raniele (Carrillo), José Martínez, Maycon (Maycon) e Breno Bidon (Rodrigo Garro); Memphis Depay e Yuri Alberto (João Pedro Tchoca). Técnico: Dorival Júnior.

ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)

GOLS - Yuri Alberto, aos 18, e Nuno Moreira, aos 40 minutos do primeiro tempo; Memphis Depay, aos 17 do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Carlos Cuesta, Thiago Mendes e Vegetti (Vasco); Yuri Alberto, Carrillo, Matheuzinho e João Pedro Tchoca (Corinthians)

PÚBLICO - 67.111

Declaração

Neymar promete fazer o 'impossível' para conquistar a Copa e manda recado: 'Alô, Ancelotti!'

pesar do discurso confiante, a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo ainda é incerta

21/12/2025 09h45

Neymar Júnior

Neymar Júnior Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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Neymar voltou a falar sobre Copa do Mundo e deixou claro que mantém o objetivo de disputar o Mundial de 2026 com a seleção brasileira. Neste sábado, durante um show do cantor Thiaguinho, em São Paulo, o camisa 10 do Santos prometeu "fazer o impossível" para buscar o hexacampeonato e aproveitou o momento para mandar um recado ao técnico Carlo Ancelotti.

"Vamos fazer o impossível para trazer a Copa para o Brasil. O possível e o impossível. Em julho, vocês podem me cobrar. Alô, Ancelotti, ajuda nós!", disse o atacante, no palco do show. O camisa 10 do Santos esteve no evento "Tardezinha" acompanhado da esposa, Bruna Biancardi, do filho Davi Lucca, da irmã Rafaella e do cunhado Gabigol.

Apesar do discurso confiante, a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo ainda é incerta. O jogador não foi convocado por Ancelotti desde a chegada do treinador à seleção brasileira, e o italiano já afirmou em mais de uma ocasião que só pretende chamá-lo quando estiver em plenas condições.

No Santos, o camisa 10 tem convivido com limitações físicas ao longo da temporada. Até aqui, disputou 28 partidas, com 11 gols e quatro assistências. O contrato com o clube termina em dez dias, e as partes negociam uma renovação por mais seis meses.

Antes de qualquer definição sobre o futuro, porém, Neymar será submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo para corrigir um esgarçamento no menisco. O procedimento está previsto para ocorrer nesta semana, com prazo estimado de recuperação de cerca de um mês.

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