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TRÂNSITO

Mudanças na CNH serão feitas de maneira gradual em Mato Grosso do Sul

Departamento Estadual de Trânsito de MS disse que alterações serão feitas "com paciência para suportar pressões externas"

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Oficializada esta semana pelo governo federal, as mudanças para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) serão feitas com paciência e respeitando os limites operacionais do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), conforme disse o diretor-presidente do órgão, Rudel Trindade.

Em nota divulgada ontem, a entidade sul-mato-grossense de trânsito disse que as alterações previstas no novo texto para retirada do documento vão modernizar, digitalizar, simplificar e tornar mais acessível a CNH. Inclusive, o diretor-presidente do Detran-MS esteve presente em Brasília para o lançamento oficial das novas regras, o “CNH do Brasil”.

“A posição foi a de irmos implementando dentro das nossas capacidades, com paciência para suportar pressões externas, mas tendo a atenção e o dever de cumprir a legislação”, afirmou Rudel Trindade, por meio de sua assessoria, após se reunir com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e com o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.

Além disso, o Detran-MS descreve a nova resolução como “a maior atualização dos processos de formação, habilitação e renovação da CNH dos últimos anos”, e acrescenta que, por serem mudanças complexas, “impactam sistemas, fluxos internos, normas e rotinas operacionais”.

Sem especificar quais, o órgão afirma que as adequações necessárias já começaram a se concretizarem pelas equipes, mas que as transições vão acarretar tempo e paciência da população. Ao Correio do Estado, o Detran-MS disse que “estão estudando as taxas, contratos e processos para apresentar o custo da nova CNH”.

ALTERAÇÕES

As novas medidas anunciadas pelo governo federal tornam o documento mais barato e acessível, cortando em até 80% os custos do processo de feitura da carteira. Uma das novas determinações é a retirada da obrigatoriedade da autoescola, o que levantou debates entre os especialistas de trânsito.

Para Henrique José Fernandes, presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado (SindCFCMS), o serviço não será tão barato como a população está pensando, afirmando que o novo sistema vai beneficiar somente aqueles que já possuem o documento, e não os que desejam tirar a CNH pela primeira vez.

“Hoje com 20 aulas temos que baixar o valor da aula para não ficar mais caro ainda. Com duas aulas vamos para o valor normal da aula e quem não sabe dirigir vai fazer mais aulas no preço cheio. Para quem já dirige vai diminuir o custo, mas para quem não sabe dirigir pode ficar mais caro”, disse o chefe sindical.

Vale lembrar que a União editou uma medida provisória (MP) que beneficia motoristas que não cometem infrações, tirando a necessidade de pagar taxas de renovação do documento. Portanto, a renovação agora será feita automaticamente e sem custos. 

Em Mato Grosso do Sul, a retirada da obrigatoriedade para pagamento das taxas de renovação significa uma economia de quase R$ 380 para o condutor sem atividade remunerada e de cerca de R$ 576 para os que a exercem. Esses valores eram pagos ao Detran-MS.

Além disso, as aulas teóricas serão gratuitas e disponibilizadas pelo Ministério dos Transportes. Sobre as aulas da prova prática, elas agora serão 2 horas-aula – antes eram 20 horas-aula –, além do candidato ter o poder de escolher entre autoescolas tradicionais, instrutores autônomos credenciados ou preparações personalizadas.

JUSTIFICATIVA

Entre os motivos para a realização do projeto, o governo federal cita dois: o alto preço cobrado no antigo sistema para obtenção da CNH e o número de condutores flagrados sem o documento.

Em matéria recente do Correio do Estado, um levantamento feito pela União revelou que Mato Grosso do Sul tem o segundo documento mais caro entre os estados brasileiros, além de custar 62,5% a mais do que a renda média da população.

No Estado, observou-se um preço elevado da carteira A e B (moto e carro), de R$ 3.525, a segunda CNH mais cara do País, atrás apenas da CNH do Rio Grande do Sul, que custa cerca de R$ 4,4 mil. Além disso, o Estado tem uma renda média per capita de R$ 2.169.

Utilizando o mesmo critério da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em estudos sobre o endividamento das famílias no Brasil, caso cada sul-mato-grossense comprometesse 30% de sua renda (R$ 650,70) com o objetivo de obter a CNH, a pessoa levaria mais de 150 dias para chegar no preço de R$ 3.525, mais precisamente 5,42 meses. 

Sobre os motoristas sem CNH, o governo federal, com base em dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), diz que cerca de 20 milhões de brasileiros estão dentro desta estatística, enquanto 30 milhões têm idade (acima dos 18 anos) para ter o documento, mas não possuem principalmente por não conseguirem arcar com os custos. Em Campo Grande a estimativa é de que 40% dos motociclistas não tenham CNH.

Saiba

Segundo autoridades de trânsito de Mato Grosso do Sul, 40% dos motociclistas da Capital não possuem CNH.

cnh do brasil

Dois dias após mudanças, 4,2 mil já iniciaram processo para tirar CNH em MS

Programa lançado na última terça-feira trouxe alterações que simplificam etapas para obter a CNH e tem tido alta procura

12/12/2025 17h25

Programa CNH do Brasil simplifica etapas para tirar CNH

Programa CNH do Brasil simplifica etapas para tirar CNH Detran / Divulgação

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Na última terça-feira (9) foi lançado o Programa CNH do Brasil, que simplifica etapas para obter a carteira nacional de habilitação (CNH). Em dois dias, 4.221 sul-mato-grossenses já iniciaram o processo através do aplicativo, conforme balanço divulgado pelo Ministério dos Transportes.

Segundo a Pasta, todos os estados e o Distrito Federal registraram acessos à plataforma. São Paulo lidera o ranking, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Em todo o Brasil, mais de 270 mil pessoas já começaram o curso teórico gratuito.

Para o ministro Renan Filho, o volume de acessos e de pessoas fazendo o curso teórico é a prova de que o modelo anterior para retirada da CNH era excludente e inatingível para a maioria dos brasileiros.

“O programa vem atender às necessidades daqueles que mais precisam. Ter a carteira de habilitação é cidadania, autonomia e também a chance de ter melhores condições de vida”, afirma.

Conforme reportagem do Correio do Estado, as mudanças para obtenção da CNH serão feitas com paciência e respeitando os limites operacionais do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), conforme disse o diretor-presidente do órgão, Rudel Trindade.

“A posição foi a de irmos implementando dentro das nossas capacidades, com paciência para suportar pressões externas, mas tendo a atenção e o dever de cumprir a legislação”, afirmou Rudel Trindade, por meio de sua assessoria, após se reunir com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e com o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.

Com as mudanças, além de abrir o requerimento pelo celular, o candidato pode realizar o curso teórico gratuito oferecido pelo Ministério dos Transportes.

As aulas estão disponíveis em múltiplos formatos: textos, podcasts e vídeos, incluindo ainda simulados, banco de questões e materiais complementares, que permitem a capacitação até o dia da realização da prova teórica do Detran.

Todas as etapas até os exames presenciais podem ser acompanhadas pelo aplicativo.

Programa CNH do Brasil simplifica etapas para tirar CNH

Alterações

O programa CNH do Brasil busca democratizar o acesso à CNH, pois simplifica etapas, amplia as formas de preparação e pode reduzir em até 80% o custo total para obter o documento que, em alguns estados, chega a R$ 5 mil.

Uma das novas determinações é a retirada da obrigatoriedade da autoescola.

A iniciativa inclui ainda novas regras, como:

  • estímulo ao bom condutor, com a renovação automática para quem não tiver infrações registradas na carteira;
  • autoriza o uso da CNH sem a necessidade da versão impressa;
  • barateia em 40% os exames médico e psicotécnico.

Apesar disso, o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado (SindCFCMS), Henrique José Fernandes, afirma que o serviço não ficará tão barato quanto se pensa, pois, segundo ele, o novo sistema vai beneficiar somente aqueles que já possuem o documento, e não os que desejam tirar a CNH pela primeira vez.

“Hoje com 20 aulas temos que baixar o valor da aula para não ficar mais caro ainda. Com duas aulas vamos para o valor normal da aula e quem não sabe dirigir vai fazer mais aulas no preço cheio. Para quem já dirige vai diminuir o custo, mas para quem não sabe dirigir pode ficar mais caro”, disse o chefe sindical.

A União editou uma medida provisória (MP) que beneficia motoristas que não cometem infrações, tirando a necessidade de pagar taxas de renovação do documento. Portanto, a renovação agora será feita automaticamente e sem custos. 

Em Mato Grosso do Sul, a retirada da obrigatoriedade para pagamento das taxas de renovação significa uma economia de quase R$ 380 para o condutor sem atividade remunerada e de cerca de R$ 576 para os que a exercem. Esses valores eram pagos ao Detran-MS.

Além disso, as aulas teóricas serão gratuitas e disponibilizadas pelo Ministério dos Transportes. Sobre as aulas da prova prática, elas agora serão 2 horas-aula – antes eram 20 horas-aula –, além do candidato ter o poder de escolher entre autoescolas tradicionais, instrutores autônomos credenciados ou preparações personalizadas.

Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), 20 milhões de brasileiros dirigem sem CNH e outros 30 milhões têm idade para obter o documento, mas não iniciam o processo, principalmente por causa do custo e da burocracia.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o portal de estatísticas do Detran-MS, de 2021 até agora, foram identificados 68.328 motoristas dirigindo sem CNH.

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risco

Inmet alerta para tempestades severas com granizo e rajadas de vento em MS

Há alerta vermelho vigente para risco de ventos de até 100 km/h em algumas regiões do Estado, entre hoje e o fim de semana

12/12/2025 17h15

Mato Grosso do Sul está sob risco de tempestades com vendaval

Mato Grosso do Sul está sob risco de tempestades com vendaval Paulo Ribas / Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul está em alerta vermelho para tempestades e ventos intensos, que podem chegar a 100 km/h em alguns municípios, especialmente na região sudoeste do Estado, com eventual queda de granizo. O alerta foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta sexta-feira (12) e deve permanecer no sábado (13) e no domingo (14)

Conforme o alerta, há perigo de chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos, entre 60 a  100 km/h, e a queda de granizo. Devido a estas condições, há ainda risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.

Para além do alerta, durante o sábado, previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) aponta que o intenso transporte de calor e umidade, aliado a atuação de áreas de baixa pressão atmosférica favorece a formação de chuva com acumulados que podem superar os 50 mm em 24 horas, principalmente nas regiões sul, sudeste e leste.

Pontualmente, podem ocorrer chuvas intensas e tempestades, que podem vir acompanhadas de raios e fortes rajadas de vento.

Em relação às temperaturas, a mínima prevista é de 21°C e a máxima de 35°C. Confira por região:

  • Regiões Sul, Cone-Sul e Grande Dourados: Mínimas entre 21-24°C e máximas entre 26-30°C
  • Regiões Pantaneira e Sudoeste: Mínimas entre 24-26°C e máximas entre 30-35°C
  • Regiões Bolsão, Norte e Leste: Mínimas entre 22-25°C e máximas entre 29-32°C
  • Campo Grande: Mínimas entre 23-24°C e máximas entre 28-29°C.

Já no domingo (14), o transporte de calor e umidade, aliado a áreas de baixa pressão atmosférica e a passagem de cavados, favorecem a formação de instabilidades em todo o Estado. Também são esperados acumulados significativos de chuva, acima de 40 mm/h, especialmente na região leste.

As temperaturas devem oscilar entre 20°C e 37°C. Em Campo Grande, a mínima deve ser de 22°C e a máxima de 31°C.

Risco

Além de Mato Grosso do Sul, outros dois estados mais atingidos pela combinação de uma uma frente fria com alta umidade, que mantém o risco de tempestades severas, são Paraná e Santa Catarina.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, “diante do cenário, o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), da Defesa Civil Nacional, seguirá acompanhando a previsão e apoiando os estados em risco”.

Para ampliar a proteção, o órgão orienta que a população faça uso e fique atenta aos avisos do sistema Defesa Civil Alerta, que emite mensagens de texto e alarmes sonoros para celulares em áreas de risco elevado.

De forma gratuita e sem a necessidade de cadastro prévio, são enviadas orientações sobre como proceder de acordo com o tipo de risco iminente na região.

Para o coordenador-geral de Monitoramento e Alerta do Cenad, Tiago Molina Schnorr, nesta sexta-feira as chuvas podem ocorrer em curtos períodos, acompanhadas de rajadas de vento, descargas elétricas e granizo, aumentando o risco de alagamentos, enxurradas, queda de árvores e danos à rede elétrica.

Mato Grosso do Sul está sob risco de tempestades com vendavalGrande parte do Estado está em alerta para tempestades

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