Cidades

TURISMO

Rio de Bonito-MS está entre os três mais cristalinos do mundo

Rio Sucuri possui águas transparentes, com tons de água que variam de azul turquesa a verde-chá

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Rio Sucuri, localizado em Bonito (MS), está entre os três rios mais cristalinos do mundo, de acordo com a secretária de Turismo, Indústria e Comércio do município, Juliane Ferreira Salvadori.

Além disso, possui a água mais cristalina do Brasil. O rio tem profundidade de 3 metros e extensão de 1.800 metros. Os tons da água variam de azul turquesa a verde-chá.

Está localizado na Fazenda São Geraldo, zona rural de Bonito, a 18 quilômetros da cidade e a 316 quilômetros de Campo Grande.

A temperatura da água é de 23ºC. O pH é ácido, variando de 4,25 a 5,92 no período da manhã.

Por conta da transparência da água, é possível enxergar, de dentro do barco, a areia branca que fica no fundo do rio.

As águas são extremamente cristalinas e límpidas, com jardins subaquáticos e grande diversidade de peixes, como dourados, piraputangas, piaus e curimbas.

O “Rio Sucuri” ganhou esse nome porque, visto de cima, seu formato parece uma cobra sucuri.

Questionada pelo Correio do Estado a respeito das chuvas que provocaram a turbidez dos rios nos últimos meses, Salvadori disse à reportagem que a transparência das águas já voltou ao normal e que os passeios operam normalmente.

“Já está normalizada já a situação. De maneira geral os passeios estão funcionando normalmente. Mas não posso afirmar que está 100% extremamente cristalino porque ontem choveu 30 milímetros”, afirmou a secretária.

De acordo com o artigo científico “Qualidade da água e turismo em bacias hidrográficas: o caso da microbacia do Rio Sucuri, Bonito, MS, Brasil”, publicado em 2014, o curso d’água é um afluente localizado na porção sudoeste da bacia do rio Formoso.

A vegetação é a de Mata Atlântica, com incrustações do Cerrado. A região apresenta rochas predominantemente calcárias. As principais atividades econômicas predominantes na região são turismo, agricultura e pecuária.

Bacia do rio Formoso, que abrange o Rio Sucuri, tem área de 1.349,05 km². Sua nascente é na Serra da Bodoquena e a foz no rio Miranda.

Segundo o artigo publicado na Revista Ciência Geográfica Ano XVIII, “a transparência da água é quase total, e, isto ocorre porque suas nascentes afloram águas subterrâneas que interagiram com rochas calcárias muito puras da formação Xaraiés”.

Além disso, a ação conjunta da água e do CO2, que dá origem ao ácido carbônico (H2 CO3 ), diminui o pH da água, dissolvendo os minerais solúveis presentes no calcário, fazendo com que floculem e decantem no fundo do canal fluvial, proporcionando baixíssima turbidez.

Segundo Salvadori, as belezas naturais, biodiversidade e formações geológicas de Bonito atraem turistas que vivenciam experiências únicas.

“A gente até brinca que quando Deus criou o mundo ele colocou a mão aqui de uma maneira muito especial porque as belezas cênicas, a natureza é tudo muito incrível”, disse a secretária de turismo ao Correio do Estado.

De acordo com o artigo científico, Bonito está localizado no sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul, especifi camente na Microrregião Geográfi ca denominada Bodoquena. Sua extensão territorial é de 4.934 quilômetros quadrados, o que corresponde, aproximadamente, a 1,40% da área total do Estado.

Outros rios cristalinos existentes no município são rio da Prata, Mimoso e Formoso.

PASSEIOS

É possível contemplar as belezas naturais do rio Sucuri ou flutuar sobre as águas. O passeio de barco custa em média R$ 160 e flutuação R$ 346. Pessoas que não sabem nadar podem realizar a flutuação.

A idade mínima para passeio é de 4 anos e menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais.

Grávidas a partir de 24 semanas e pessoas que fizeram cirurgia até 90 dias não podem realizar a flutuação.

É proibido usar protetor solar e repelente antes do passeio. Não é permitido levar bebida alcoólica para o passeio.

Para chegar até o fluxo d’água, é necessário fazer a trilha que leva para o passeio.

 

Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

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Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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