Política

TROMPER

TJ valida 3ª fase de operação e mantém Claudinho Serra réu por corrupção

Defesa do vereador licenciado tentou anular julgamento que implica parlamentar por fraudes na prefeitura de Sidrolândia

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Por 2 votos a 1, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) validou, na tarde de ontem, a terceira fase da Operação Tromper.

Os desembargadores José Ale Ahmad Netto (relator) e Carlos Eduardo Contar (2º vogal) votaram pela manutenção do juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, como competente para julgar a ação contra a suposta organização criminosa comandada pelo vereador  licenciado Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho (PSDB), o Claudinho Serra.

Já o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence (3º vogal) acatou a tese da defesa e votou pela incompetência do juízo de Sidrolândia. Como foi voto vencido, a 2ª Câmara Criminal do TJMS manteve Claudinho Serra como réu no processo em que o parlamentar de Campo Grande é apontado como responsável pelo esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia, onde sua sogra, Vanda Camilo (PP), é a atual prefeita e candidata à reeleição.

Ainda conforme a decisão da 2ª Câmara Criminal do TJMS, “não conheceu o pedido de reconhecimento de incompetência por maioria, nos termos do voto do relator – desembargador José Ale Ahmad Netto –, vencido o voto do 3º vogal – desembargador Ruy Celso Barbosa Florence”.

“Ante o exposto, reconsidero a decisão por mim prolatada às fls. 495-499, para deferir a liminar e conceder a liberdade provisória a Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho mediante as seguintes condições: a) comparecimento mensal em juízo para comprovar o endereço atual (deverá trazer cópia do comprovante de residência) e suas atividades; b) não frequentar bares e/ou restaurantes nem locais de aglomeração de pessoas, nem ingerir bebida alcoólica; c) não se aproximar das testemunhas; d) comparecimento a todos os atos processuais aos quais for intimado; e) proibição de se ausentar da comarca de seu domicílio sem prévia autorização do juízo competente; e f) monitoração eletrônica, com recolhimento domiciliar noturno, inclusive nos finais de semana e feriados (das 20h às 6h), conforme endereço informado. Importante ressaltar que o descumprimento de quaisquer das condições importa no retorno ao cárcere preventivo”, determinou o desembargador José Ale Ahmad Netto.

ENTENDA

No dia 25 de junho, o desembargador negou o pedido do advogado Tiago Bunning, responsável pela defesa do vereador licenciado Claudinho Serra, e manteve o julgamento do habeas corpus para ontem, que decidiu pela manutenção da terceira fase da operação que prendeu o parlamentar. Tiago Bunning tinha solicitado o adiamento do julgamento às vésperas da sessão, citando a decisão da 3ª Vara Criminal do TJMS que anulou decisões das investigações e esperando abrir brechas para a anulação da terceira fase da Operação Tromper.

Além disso, o advogado também argumentou que teria viagem internacional marcada para a data do julgamento, ou seja, ontem. Porém, o desembargador José Ale Ahmad Netto disse que, “tendo em vista que o advogado impetrante já apresentou sustentação oral, conforme certificado às fls. 616, não verifico prejuízo ao paciente em relação à continuidade do julgamento na data designada”, explicou.

O magistrado ainda prosseguiu, completando que, “de outro lado, não se descura do julgamento realizado pela 3ª Câmara Criminal deste sodalício, no mesmo sentido de outros julgamentos apontados pelo próprio impetrante na inicial, o que, todavia, continua sem o condão de alterar meu posicionamento”, alegou.

Para finalizar, ele destacou “que tal entendimento já foi acompanhado pelo 2º vogal em sessão de julgamento. Assim, indefiro o pedido de fls. 642, devendo ser mantido o julgamento na data de 9/7/2024. Intime-se. Cumpra-se”. Até o julgamento de ontem, os desembargadores José Ale Ahmad Netto e Carlos Eduardo Contar tinham reconhecido a competência do julgamento pela Vara de Sidrolândia. 

O adiamento ocorreu após pedido de vista do desembargador Ruy Celso Barbosa Florence. No julgamento de ontem, Ruy Celso Barbosa Florence votou contra os dois colegas, mas foi voto vencido e a validade da terceira fase da Operação Tromper acabou confirmada.

Saiba

Deflagada pelo Ministério Púbico de Mato Grosso do Sul (MPMS), a 3ª fase da “Operação Tromper” teve como objetivo o cumprimento de oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão devido à existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos na Prefeitura Municipal de Sidrolândia.

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Política

Projeto que reconhece "grau" como prática esportiva é votado na Câmara

O projeto de lei ainda passa por mais uma apreciação na Casa de Leis e, caso seja aprovado, somente então seguirá para a sanção da prefeita Adriane Lopes

29/10/2024 16h45

Divulgação Pinterest

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O Projeto de Lei (PL) de autoria do vereador Betinho, que reconhece a prática do wheeling, conhecido como “grau” no esporte, passou em primeira discussão na Câmara Municipal de Campo Grande.

A votação ocorreu na manhã desta terça-feira (29) e ainda deve passar por uma segunda apreciação pelos vereadores na Casa de Leis.

O que diz o projeto de lei

O projeto (n. 11.293/24) reconhece manobras com motocicleta, incluindo o “grau”, como prática esportiva.

Segundo o PL, caso seja aprovada, a lei estabelece que a prática de manobras esportivas deve ser realizada em locais apropriados que possuam licença, conforme as regras estabelecidas pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).

O caráter da exibição será exclusivo para shows e competições. A manobra wheeling em questão trata da moto empinada.

No Brasil, é conhecida como “grau”, “Real Lift” (RL) ou “Bob's”. A execução do grau, conforme descrito no projeto, exige perícia do piloto.

Regras:

  • O “grau” só poderá ser feito em locais com a devida autorização para funcionamento;
  • A pista deve possuir asfalto de qualidade, com as seguintes medidas: 80 metros de comprimento por 25 metros de largura;
  • O local destinado ao público deve obedecer aos critérios de segurança estabelecidos pela modalidade esportiva.

Justificativa

“A prática do ‘grau’ em via pública é tipificada como infração de trânsito gravíssima e deve permanecer assim, pois, praticada sem as devidas precauções, coloca em risco a vida de quem pratica e a de terceiros.

Entretanto, como modalidade esportiva, vem crescendo a cada dia e merece atenção e estímulo do Poder Público.

No Brasil, o esporte começou a se popularizar nos anos 90, existindo atualmente muitos praticantes no país.

Ao atingirem um certo nível, a maioria dos pilotos segue para outros países da América do Norte e Europa.

Muitos pilotos brasileiros têm tentado a sorte na Espanha, Portugal, Alemanha e Suíça.

A proposta deste nosso Projeto de Lei é reconhecer essa modalidade esportiva em Campo Grande e trazer mais uma oportunidade de esporte e lazer, negócios e turismo para o município.”

Outras votações

Ainda, durante a sessão em regime de urgência, os vereadores aprovaram o PL do Executivo Municipal que estabelece o Programa de Regularização Fiscal (Refis) e  que prevê desconto de 80% em dívidas.

E também outros dois projetos: um que concede o título de “Visitante Ilustre” de Campo Grande a Abraão Pessoa de Souza, do vereador Victor Rocha (PSDB), e o PL do vereador Gilmar da Cruz (PSD), que cria o Dia Municipal do Deficiente Visual na Capital.

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Política

Bolsonaro vai ao Senado em busca de anistia para si e 8/1 em apoio a Motta e Alcolumbre

O ex-presidente afirmou que a anistia para os condenados e aqueles que respondem a processos pela invasão das sedes dos três Poderes em janeiro de 2023 é uma prioridade

29/10/2024 16h00

Bolsonaro vai ao Senado em busca de anistia para si e 8/1 em apoio a Motta e Alcolumbre

Bolsonaro vai ao Senado em busca de anistia para si e 8/1 em apoio a Motta e Alcolumbre Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasi Fonte: Agência Senado

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Senado nesta terça-feira (29) para negociar o apoio do PL às candidaturas de Davi Alcolumbre (União Brasil) e Hugo Motta (Republicanos-PB) às presidências do Senado e da Câmara, respectivamente. 

Ao deixar a reunião, Bolsonaro destacou que várias negociações estão em andamento e defendeu a anistia para os golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de sua própria anistia, já que está inelegível por decisões da Justiça Eleitoral.

O PL possui a maior bancada na Câmara, com 92 dos 513 deputados, e 14 dos 81 senadores. Bolsonaro também revelou ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e apoiou sua decisão de retirar o projeto de anistia da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e colocá-lo em uma comissão especial. 

O ex-presidente afirmou que a anistia para os condenados e aqueles que respondem a processos pela invasão das sedes dos três Poderes em janeiro de 2023 é uma prioridade. A anistia para ele, visando as eleições presidenciais de 2026, seria o próximo ponto a ser discutido. As eleições para a liderança da Câmara e do Senado devem ocorrer em fevereiro, com Alcolumbre e Motta como favoritos.

Relembre 

De acordo com o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos do Dia 8 de janeiro de 2023, 5,5 mil pessoas estavam no acampamento no sábado, dia 7 de janeiro - quantidade muito superior aos 300 manifestantes que ocupavam o local dois dias antes, 5 de janeiro.

O acampamento ficava no Setor Militar Urbano (SMU) em uma área proibida para ocupações por lei (Decreto-Lei nº 3.437/1941, ainda em vigência). Aquele território (de 1.320 metros) em torno de fortificações é considerado área de “servidão militar”.

O SMU está a uma distância de nove quilômetros em linha reta, pelo Eixo Monumental, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, e do Supremo Tribunal Federal. Dali, os bolsonaristas partiram por volta das 13h. Duas horas depois, iniciava um inédito atentado terrorista no Brasil contra os Três Poderes e a destruição parcial de suas sedes na capital do país. 

Todos os passos foram identificados e constam no relatório da CPMI do 8 de janeiro. 

Condenados do 8/1 de MS

Fábio Jatchuk Bullman foi condenado a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ocorridos em Brasília. Ele é o sexto sul-mato-grossense condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes.

Diego Eduardo de Assis Medina, morador de Dourados, condenado a 17 anos de prisão em regime fechado. Além disso, ele deverá pagar R$ 30 milhões, para suprir parte do prejuízo causado durante a invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto. 

Já foram condenados pelos atos golpistas os sul-mato-grossenses de Maracaju; o campo-grandense Eric Prates Kobayashi; Ilson César Almeida de Oliveira, de Sidrolândia e Djalma Salvino dos Reis, de Itaporã.

***Colaborou Valesca Consolaro e Glaucea Vaccari***

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