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Direito Previdenciário

Juliane Penteado: Precisa qualidade do segurado para receber pensão por morte?

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Olá, tudo bem? Estamos no mês de novembro, mês em que celebramos os que se foram. Por isso, achamos importante falarmos desse assunto, uma vez que tendo isso organizado, ao chegar o momento de ter que passar pelo luto, não haja mais uma preocupação.

É importante entendermos que quando não há a qualidade de segurado, solicitar um benefício no INSS pode ser um grande problema e uma dor de cabeça. Então fique atento aos motivos que vamos elencar aqui, e que podem motivar a perda da qualidade do segurado para pensão por morte, como comprovar e o que fazer se o INSS negar a Pensão.

O que é qualidade de segurado?

Qualidade de segurado é quando o trabalhador continua na condição de segurado do INSS, pois está mantendo suas contribuições em dia. 

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Leandro Provenzano: Proposta de Alteração na Escala 6x1

O que mudaria para os trabalhadores?

14/11/2024 00h05

Leandro Provenzano

Leandro Provenzano

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Recentemente, uma proposta de alteração na escala de trabalho 6x1 gerou grande interesse entre trabalhadores no Brasil. A ideia é modificar o sistema de jornada que exige seis dias consecutivos de trabalho, seguidos por um dia de descanso. Este modelo, amplamente adotado em setores como o comércio e a indústria, representa um equilíbrio entre a produtividade e o descanso do trabalhador, mas tem sido alvo de críticas e discussões sobre sua eficácia e impacto na qualidade de vida.

O que é a escala de trabalho 6x1?

A escala 6x1 é um regime de jornada previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e significa que o trabalhador atua por seis dias consecutivos e tem direito a um dia de folga. De acordo com a CLT, todo funcionário tem direito a um descanso semanal remunerado de 24 horas, que geralmente coincide com o domingo, mas pode ser ajustado para outro dia da semana.

Na prática, a escala 6x1 estabelece uma rotina de trabalho intensa que, apesar de ser equilibrada com um dia de descanso, pode causar desgaste físico e mental nos trabalhadores, especialmente em setores de alta demanda ou em jornadas extensas.

Qual é a proposta de alteração?

A proposta sugere a flexibilização da escala, possibilitando ao empregador reorganizar uma jornada de trabalho para outras configurações, como a escala 5x2, onde o trabalhador teria cinco dias de trabalho seguidos por dois dias de descanso. Outra sugestão é a escala de 12x36, onde o colaborador trabalha 12 horas e descansa 36, configuração comum na área de segurança e saúde, como hospitais.

Essa flexibilização visa atender tanto às necessidades dos setores que exigem horários mais variados quanto aos anseios dos trabalhadores por mais tempo de descanso e melhor equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.

Impacto para os trabalhadores

Uma mudança na escala pode trazer vantagens e desafios para os trabalhadores. Vamos detalhar os pontos principais:

  1. Mais tempo de descanso: Para muitos, a alteração para uma escala como o 5x2 traria um equilíbrio maior, com dois dias de descanso consecutivos, permitindo tempo para o lazer, o convívio familiar e o descanso físico e mental.
  2. Jornada mais extensa e exaustiva: Em casos de escalas como a 12x36, embora o trabalhador tenha um intervalo maior entre as jornadas, o dia de trabalho é prolongado, o que pode ser exercitado, principalmente em atividades que excluem exercício físico constante ou alta concentração.
  3. Adequação à realidade do setor: Para setores como saúde e segurança, onde a necessidade de turnos contínuos é uma realidade, a mudança seria mais alinhada com as demandas operacionais. Porém, em setores que não possuem essa característica, as novas escalas podem trazer problemas de adaptação e desgaste.
  4. Flexibilidade e qualidade de vida: A flexibilização das jornadas, dependendo de como para a renovação, pode contribuir para um aumento da qualidade de vida, desde que o descanso seja respeitado. O risco é que, em situações de má gestão, essa flexibilização possa ser mal utilizada, levando ao aumento de horas de trabalho sem compensação por dívida.

O futuro das jornadas de trabalho, caminha para uma maior flexibilização, acompanhando as mudanças no perfil do mercado e as necessidades dos trabalhadores no Brasil e no mundo. Cabe a todos, especialmente aos órgãos responsáveis, garantir que essas mudanças resultem em melhores condições e maior proteção para os profissionais, preservando o equilíbrio entre produtividade e bem-estar.

Numa época em que toda uma geração demonstra menos interesse por trabalho, um projeto para alterar a jornada semanal do empregado, sem se preocupar com a produtividade e a geração de riqueza ao país, pode acarretar tempos difíceis pela frente, e como diz o provérbio, cuja autoria desconheço: “Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes.”.

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Leandro Provenzano: Seguro de Vida

Esposa mata o marido e beneficiários não recebem indenização

07/11/2024 00h05

Leandro Provenzano

Leandro Provenzano

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Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou um caso impactante envolvendo seguro de vida, em que a morte do segurado foi causada pela própria contratante do seguro, sua esposa. 

O Caso

O processo julgado pelo STJ envolveu a morte de um homem cujo seguro de vida havia sido contratado pela esposa. Contudo, após a contratação, a esposa foi condenada como responsável pela morte do marido. A questão submetida ao tribunal era: os demais beneficiários, que não tiveram qualquer participação no crime, terão direito à indenização?

A decisão foi clara: não. De acordo com o entendimento do STJ, a prática de um ato ilícito que resultou na morte do segurado impede a indenização para todos os beneficiários. A justificativa é evitar que um crime, como o homicídio, traga algum tipo de vantagem financeira para quem o cometeu ou mesmo para terceiros, já que o crime está diretamente relacionado ao contrato de seguro.

Seguro de Vida: Proteção e Regras

O seguro de vida é um contrato no qual uma pessoa (segurado), paga uma quantia (prêmio) para garantir que seus beneficiários recebam uma indenização em caso de morte, ou ele mesmo receba uma indenização no caso de invalidez, ou até mesmo contraia uma doença grave. Ele funciona como uma proteção financeira para o beneficiário e seus entes queridos, fornecendo uma compensação em um momento de perda e dificuldade.

No entanto, o acionamento desse seguro depende do cumprimento de algumas regras e condições. Para solicitar a indenização de um seguro de vida, o beneficiário deve:

  1. Comunicar o sinistro à seguradora: O primeiro passo após a ocorrência do sinistro é comunicar à seguradora sobre ele (a morte ou outro evento coberto). Esse aviso deve ser feito o mais rápido possível para que o processo de reclamação (regulação do sinistro) seja iniciado.
  2. Reunir a documentação necessária: A seguradora solicitará documentos que comprovem a ocorrência do sinistro, além de outros documentos que identifiquem os beneficiários e os direitos que eles tenham sobre a apólice.
  3. Análise do sinistro: Após receber a comunicação e os documentos, a seguradora realiza uma análise detalhada do caso. Esse processo pode incluir investigações para verificar as causas da morte e se o sinistro se enquadra nas coberturas previstas na apólice.
  4. Pagamento da indenização: Se tudo estiver dentro das condições contratuais, a seguradora faz o pagamento da indenização aos beneficiários indicados na apólice.

E quando eu não consigo receber a indenização?

Apesar de o seguro de vida ser uma proteção robusta, há situações em que ele pode não ser acionado, ou a seguradora pode recusar o pagamento da indenização. O caso recentemente julgado pelo STJ é um exemplo claro disso: quando o contratante ou beneficiário é envolvido na morte do segurado, a seguradora pode recusar o pagamento.

Além disso, situações como fraudes, suicídio dentro do período de carência (2 anos) e mentiras sobre o estado de saúde do segurado no momento da contratação podem levar à recusa no pagamento da indenização.

Lição

Este caso reforça a importância de se entender as regras por trás de um seguro de vida. Embora seja uma ferramenta avançada de proteção financeira, ela não pode ser acionada em casos em que há envolvimento direto do beneficiário do seguro com o crime ou fraude. A decisão do STJ estabelece um precedente importante, mostrando que o ato ilícito elimina o direito de indenização não apenas para o criminoso, mas para todos os beneficiários.

Ao contratar um seguro de vida, é essencial prestar atenção às cláusulas do contrato e agir com transparência, não apenas para garantir a proteção financeira, mas também para evitar transtornos futuros para os beneficiários.

Se você ou sua família pensa em contratar um seguro de vida, lembre-se de sempre consultar um especialista. Ele poderá ajudar na escolha da apólice que melhor atenda às suas necessidades e oriente em casos como o acionamento do seguro.

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