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As pesquisas eleitorais são dispensáveis ao eleitor

Por Carlos Lopes dos Santos, advogado

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Raciocinem comigo: quem vai escolher um produto qualquer e está em dúvida sobre sua funcionalidade, confiabilidade, durabilidade, preço, fornecedor, etc., é ou não aconselhável que recorra a algum amigo ou conhecido que lhe possa dar informações seguras ou então que busque sobre uma pesquisa confiável, e essa só pode vir de um instituto tradicional e que sempre demonstre a verdade ao consumidor? Existem alguns bons desses no Brasil. Outros nem tanto, principalmente se o produto for a escolha de candidato na disputa de eleições para cargos políticos.

Seguindo o raciocínio, mas porque o cidadão eleitor precisaria que um instituto de pesquisa lhe forneça o melhor candidato na eleição? Francamente, se o eleitor não conhece o candidato que pretende votar, não se dispuser a pesquisar sobre sua vida pregressa, suas ações perante a sociedade, seus projetos e muito mais, e se deixa levar apenas pelas pesquisas eleitorais, então o seu voto carece de qualidade e basicamente não passa de um eleitor que não se preocupa com a confiabilidade dos que são eleitos.

Esse eleitor não passa de um maria vai com as outras, evidentemente, com todo o respeito pelas pessoas que se chamam Maria.

Quem vota em um candidato apenas pelo fato de que ele está bem nas pesquisas eleitorais corre o risco de não contribuir para um Legislativo ou Executivo de qualidade, principalmente nos tempos atuais, em que temos presenciado grandes erros nas projeções de “renomados” institutos de pesquisas de opinião pública. 

Queremos crer que não passam de erros, contudo, como isso tem acontecido com frequência, a semente da dúvida floresce e não custa nada perguntar: Por que isso acontece? Onde anda a Justiça Eleitoral que não fiscaliza esses constantes “enganos” dos institutos de pesquisa? 

A resposta tem vários segmentos de interpretações. Primeiro, os erros podem discorrer de simples manipulação de resultados, a fim de atender interesses econômicos, e se for isso, constitui-se de fraude, sujeito às penalidades legais. Há também interesses ideológicos em jogo. Pelo sim ou pelo não, em ambos os casos, os responsáveis, se for constatado isso, devem ser punidos rigorosamente. Todavia, a gente nunca viu nenhuma punição para isso.

Em segundo lugar, existem as teorias mitológicas dos institutos de pesquisas de que “as projeções” não se consolidaram porque o eleitor resolveu mudar o voto de última hora ou de que informou errado sua intenção de voto ao pesquisador, e que isso influenciou a margem de erro etc., etc., mas qualquer desculpa parece soar suspeita quando analisamos fatos como o que ocorreu recentemente na eleição para a Prefeitura de Campo Grande-MS.

Determinado instituto, por exemplo, passou muito tempo antes divulgando resultados que colocavam a candidata derrotada sempre à frente da candidata que venceu as eleições. Chegou a colocar a derrotada como vencedora na última pesquisa um dia antes das eleições. Outros institutos nunca colocaram a atual vencedora das eleições como preferida do eleitor. Esses erros não aconteceram só em Campo Grande. Em São Paulo e em muitos outros lugares do Brasil ocorreram esses “enganos”. Os erros já vêm de há muito. Só para lembrar, em 2022, pareceu criminoso os erros das pesquisas para a eleição presidencial no primeiro turno. 

Em São Paulo, Tarcísio de Freitas não seria governador a depender das pesquisas eleitorais. E o que dizer da eleição nos EUA há poucos dias. Ali parece até caso de polícia mesmo, pois o candidato republicano que aparecia sempre empatado ou até mesmo atrás da candidata democrata deu um banho de votos na adversária e sepultou de vez as intenções de Kamala, mas não humilhou somente a esquerda, “trumpou” também a mídia que insistia em divulgar falsos resultados das pesquisas eleitorais.

Também no Brasil, a mídia colabora para confundir o eleitor ao “patrocinar” erros propositais ou não das pesquisas eleitorais. 

A Justiça Eleitoral, é bom que se diga, não exerce nenhum controle prévio sobre a divulgação de resultados de pesquisas eleitorais nem sobre o trabalho do levantamento. Só exige o registro, mas bem que poderia fiscalizar com mais rigor as pesquisas e seus institutos, auditá-los, quem sabe?

O fato é que pesquisa eleitoral só serve mesmo para quem a contrata. Ao eleitor, são dispensáveis, até impróprias, pois pode permitir que induza alguém indeciso a votar em um candidato apenas pelo fato de que estaria melhor nas pesquisas. Isso não é salutar. O voto tem que ser consciente e sem nenhuma interferência de quem quer que seja, inclusive das famigeradas pesquisas eleitorais.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Duas coisas que deveriam deixar de existir"

Presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, sobre emendas parlamentares e ONGs que vivem delas

12/11/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Custos do STF rivalizam com a realeza britânica

Voltou a viralizar nas redes o paralelo de custos da família real britânica aos da “realeza” dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2022, a realeza de verdade custava, na cotação da época, R$601 milhões, um quarto de bilhão de reais menos que os R$851,7 milhões dos “monarcas” do STF. Esse valor foi para R$897 milhões em 2024 no Brasil e R$648 milhões no Reino Unido. Em 2025, o STF irá arrebentar com R$953,8 milhões rivalizando aos R$980 milhões da turma do rei.

Retorno gera retorno

A família do Rei Charles ganhou “aumento” de 53% para 2025 porque os bens e investimentos tiveram retorno recorde entre 2023 e 2024.

Sem comparação

O STF custa quase dez vezes mais que o Supremo do Reino Unido, que tem orçamento anual de R$97 milhões (13 milhões de libras).

Outro Estado

Custos do Supremo britânico caíram mais de um milhão de libras (R$7,4 milhões) entre 2022 e 2023. No Brasil esse tipo de gasto só aumenta.

Só segurança

Se forem considerados os gastos com a segurança da realeza, é preciso somar 150 milhões de libras anuais do orçamento da Família Real.

Panamá julga ex-presidentes acusados na Lava Jato

O Brasil vive a expectativa de um novo vexame internacional. Enquanto os brasileiros convivem com a rotina de descondenação de políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores enrolados em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, outros países punem seus ladrões denunciados pela Lava Jato. Nesta quarta-feira (13), o Panamá irá julgar dois ex-presidentes do país, Ricardo Martinelli e Juan Carlos Varela, e mais 34 acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

Suborno onipresente

As acusações na justiça panamenha se referem a negócios envolvendo a brasileira Odebrecht, empreiteira que mudou de nome após o escândalo.

Peru não perdoa

Recentemente, o Peru condenou o ex-presidente Alejandro Toledo a 22 anos de prisão por crimes denunciados na versão peruana da Lava Jato.

Cadeia nos EUA

Nos Estados Unidos já são vários os condenados que cumprem pena por crimes denunciados na Lava Jato, operação desmantelada no Brasil.

Plena campanha

Pelo tempo que consumiu na tarde ontem (11), perambulando no Shopping Brasília, até parece que o deputado Elmar Nascimento (União-BA) não está em plena disputa pela presidência da Câmara.

Mão única

Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar lembrou ontem que o país não retirou seu embaixador do Brasil e que foi Lula, declarado persona non grata, que removeu o embaixador brasileiro de Tel Aviv.

Ideia fixa

Senadores devem analisar nesta terça o projeto que cria o mercado do carbono no Brasil, que estava na pauta da semana passada e foi adiado. Mas atenções estão com a regulamentação das emendas parlamentares.

Cripto dispara

O Bitcoin superou pela primeira vez na História a marca dos US$87 mil (R$500 mil). Decorre da euforia pela vitória de Donald Trump. O valor da principal criptomoeda tem disparado e batido recordes diários.

Insaciável

Após a derrota nos EUA, a bilionária campanha de Kamala Harris voltou a entrar em contato com os eleitores democratas pedindo mais doações para pegar despensas “pendentes”, que superam os US$20 milhões.

Perdedores

Ao longo do ano, nas redes de TV ABC, NBC e CBS, foram positivas 86% das notícias sobre Kamala Harris e negativas 89% das notícias sobre Donald Trump. Tomaram uma surra do povo norte-americano.

Prefeitos e prefeitas

Será lançado no dia 20 o livro "Prefeitos, Prefeitas e seus Desafios", do gestor público Saulo Monteiro, na Livraria Drummond, em São Paulo, espécie de manual para os novos prefeitos, da formação da equipe à influência de parentes, limitações de recursos e pressões políticas.

Até isso

O FBI entrou em contato com as big tech nos EUA para avisar que hackers estão roubando dados dessas empresas não pelo computador, mas fraudando ordens emergenciais judiciais e policiais.

Pensando bem...

...PEC para encurtar a semana não basta para apagar surra eleitoral.

PODER SEM PUDOR

Tiquinho de presidente

Ao saber que um certo marechal Castelo Branco fora indicado presidente, após a derrubada de João Goulart, o deputado Padre Godinho descobriu seu endereço (rua Nascimento e Silva, Ipanema, Rio) e foi lá apresentar cumprimentos. Ficou na portaria, com um amigo, até aparecerem algumas pessoas. “Cadê o homem, o Castelo?” Um baixinho se apresentou: “Sou eu.” Padre Godinho se apresentou e foi embora. E cutucou o amigo, referindo-se ao ao presidente: “Só isso?”

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Mato Grosso do Sul é exemplo de gestão para o Governo Federal: Nota A+

12/11/2024 00h05

MIchel Constantino

MIchel Constantino Divulgação

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Após a polêmica PEC da transição que gastou aproximadamente 400 bilhões para retornar as estruturas de 40 ministérios e atender o discurso realizado na campanha presidencial, o governo federal vive um dilema diário que vem se arrastando, o controle de gastos e redução da trajetória da dívida pública.

Por que isso é discutido amplamente hoje em dia? Desde 2015 com uma trajetória de dívida exponencial e intervenção direta em preços como energia e combustível, e redução de taxa Selic sem respaldo técnico, o governo Dilma daquele momento mostrou que o resultado desses erros ligados a gastos além do limite, não respeito ao teto de gastos e incremento constante nos gastos sociais via aumento do salário-mínimo, foi uma receita desastrosa.

O que podemos aprender com o exemplo de Mato Grosso do Sul?

Mato Grosso do Sul recebeu pela primeira vez a nota CAPAG A+ (2023), que representa a avaliação máxima do Tesouro Nacional em relação a solidez e equilíbrio fiscal de um estado. Ela abre a possibilidade para o Estado ampliar e facilitar suas operações de crédito com o aval da União. 

O equilíbrio fiscal e a responsabilidade nas contas públicas é destaque nacional – mostrando que há 8-10 anos atrás a gestão do MS decidiu organizar as contas públicas, traçar metas claras de desenvolvimento e melhorar seu ambiente de negócios para atrair investimentos.

Hoje, o empresário, empreendedor, investidor que olha para o Brasil como um todo fica desconfiado e sem incentivo para investir, observando toda imagem de falta de gestão, gastos sem controle e criação de leis e impostos que desincentivam o investimento. Por outro lado, o mesmo investidor pode olhar para um “pedaço” do Brasil, e ver oportunidades.

Mato Grosso do Sul tem o Pantanal, tem o agronegócio, tem o vale da celulose e tem as maiores áreas para expansão de negócios frutos de recursos humanos, recursos naturais e da bioeconomia. Os setores de energia, alimentos, combustível e biodiversidade estão calcados em uma infraestrutura de gestão pública eficiente e que é parceira de empreendedores e investidores que enxergam os “sinais” mais positivos para seu negócio. 
 

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