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GIBA UM

"Até 2.640 ninguém vai pagar mais imposto de renda nesse país"

de Lula, em frase colecionável, quando mistura teto de isenção de IR com futuro de calendário

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O Pantanal registrou, no ano passado, 2,6 milhões de hectares afetados pelo fogo. O total da área destruída pelas chamas equivale a mais de um sexto (17%) do território ocupado pelo bioma, de aproximadamente 15 milhões de hectares, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ. 

Mais: o tamanho do impacto das queimadas, em termos de área afetada, triplicou em comparação com o ano anterior. Em 2023, o bioma do Pantanal havia perdido pouco menos de 1 milhão de hectares para o fogo. Vale lembrar que 1 hectare equivale a 10.000 metros quadrados.

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"Sem plano B"

A atriz Valentina Herszage está ganhando destaque por interpretar ‘Veroca’ no filme Ainda estou aqui, que concorrerá a três prêmios no Oscar (melhor atriz – Fernanda Torres; melhor filme internacional, melhor filme). Aos 26 anos já tem 10 anos de carreira, garante que ficou surpresa com a tamanha repercussão do filme, mesmo sabendo da alta qualidade, dos atores e da história.

“Eu jamais tive noção do tamanho do sucesso que o filme ia alcançar, mas eu tinha noção do poder do longa e da história. Agora, que ele atingiria tanta gente e que a Fernanda ia pegar o Globo de Ouro, isso era impossível de imaginar”. Garantindo que ama ser atriz e que um dia (sem pressa) pode dirigir ou roteirizar algum filme garante que nunca pensou em outra carreira.

“Eu nunca tive plano B. Tive uma criação muito leve nesse sentido, meus pais não me colocaram nenhum tipo de pressão. O que eu fazia não era pretensioso, no sentido de que tinha que dar certo, que eu tinha que ganhar prêmios e fazer um filme grande. Fui entendendo que eu poderia trabalhar com isso enquanto a coisa acontecia, de uma maneira muito lúdica e divertida. O desafio era muito gostoso. Mas nunca tive essa pilha de que teria que fazer sucesso”.

Destaque na revista Forbes e capa da revista Ela, teve algumas revelações feita pelo diretor do filme, Walter Salles: foi uma das primeiras atrizes a ser escolhida para o elenco, porque ele ficou impressionado com o magnetismo da atriz e que muitas das  filmagem feitas em Super 8 foram feitas por ela.

“Valentina também é fotógrafa amadora, tem uma câmera analógica e um olhar afiado. Muitas das imagens em Super 8 do filme foram feitas por ela”, elogia o diretor.

Tarcísio joga em dois lados

Alguns analistas acham que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é um pêndulo, atuando com movimentos calculados. Recusou convite de Eduardo Bolsonaro para integrar a comitiva bolsonaristas puro-sangue que foi a Washington acompanhar a posse de Donald Trump.

Evitou figurar no bloco dos “barrados no baile” – nem Eduardo nem Michelle (na condição de ‘representante’ do marido) conseguiram ter acesso aos eventos oficiais. Contudo, se preferiu manter distância do clã Bolsonaro de um lado, de outro teve cuidado de não se dissociar de todo do ex-presidente ao postar nas redes sociais vídeo em que aparece – com um toque ridículo – usando um boné com o ‘slogan’ trumpista “Make America Great Agais”.

Passadas 48 horas, já sem adereço, Tarcísio moveu-se em direção aos moderados ao anunciar a criação de um conselho de mudanças climáticas em São Paulo. Nas últimas tragédias, não deu o ar da graça, acha que enchentes e destruição é um problema municipal.

Campanha

A campanha de destruição da imagem da primeira-dama Janja da Silva continua nas redes sociais onde proliferam acusações e situações que não perdoam a mulher de Lula. Agora, nova lista de palavras da língua portuguesa inundam as redes, lembrando o famoso “abrido” (queria dizer “aberto”) até chegar aos mais recente “inresponsável”, com direito a opiniões de especialistas.

Tem vídeos de Lula mandando Janja para de saltitar com os braços levantados num palanque, uma festa de fake news garantindo que ela se candidatará, no lugar do marido, ao Planalto em 2026.

Rara aparição

Quem nasceu antes de 1980 deve se lembrar, pelo menos vagamente, da série da ‘Mulher Maravilha’ que foi exibido entre 1976 e 1979, interpretado por Lynda Carter, que na época tinha 25 anos. Apesar de fazer muitos trabalhos na TV, no teatro musical e na música, mantem uma vida bem discreta, se dedicando bastante aos bastidores e trabalhando como dubladora de jogos  na Bethesda Softworks, da qual seu marido Robert Altman é presidente e CEO.

Com algumas participações na TV fez uma rara aparição ao lado da filha Jessica Altman, que é cantora, no desfile da Schiaparelli no Petit Palais durante a Semana de Moda de Paris. E claro choveram elogios pela sua aparência e pela forma física, aos 73 anos.

Recorde

O segundo ano de seu mandato atual na presidência, Lula obteve um número recorde de vetos derrubados por deputados e senadores até a primeira metade de sua gestão: 28. Diante da possibilidade de novos reveses que já se desenham, o governo planeja uma reforma ministerial que tem como um dos objetivos tornar a relação com o parlamento mais harmônica.

O volume pode aumentar na largada da metade final do mandato. Do último mês para cá, Lula vetou trechos de projetos que provocaram reação negativa do Legislativo, que planeja reverter as decisões.

‘Nova moeda’

Após a postagem de um falso lançamento de criptomoeda em parceria com o presidente norte-americano Donald Trump, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou que a conta de seu pai e ex-presidente Jair Bolsonaro na rede social X havia sido invadida e roubada por um hacker.

A publicação que antecedeu o aviso de Carluxo, já foi apagada, anunciava a suposta criptomoeda $Brazil como “nova moeda oficial do Brazil”. E incluía um link e uma foto de Bolsonaro com Trump. “Estou lançando o $Brazil, a moeda que representa o orgulho, a liberdade e a força do povo brasileiro”, dizia o post.

PÉROLA

Até 2.640 ninguém vai pagar mais imposto de renda nesse país. Tenho um compromisso com esse país”, 
de Lula, em frase colecionável, quando mistura teto de isenção de IR – com futuro de calendário.

À deriva

Jair Bolsonaro está à deriva. Não consegue raciocinar, repete a mesma ladainha da “perseguição” e agora, vendo o sucesso de sua mulher Michelle entre os convidados das cerimônias de posse de Donald Trump, resolveu lançar a ex-primeira-dama como candidata à Presidência.

Só que condicionou a candidatura à sua própria nomeação para a Casa Civil, em caso de vitória. Mais tarde, quando caiu a ficha, voltou a dizer que ela será candidata ao Senado (talvez ele pretenda ser chefe de seu gabinete). E também de novo fala que os filhos, sem dizer quais, seriam possíveis apostas para o Planalto. 

‘Família’ golpista

O primeiro depoimento da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que chegou aos jornais e redes sociais em seu conteúdo integral, revela que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compunham a “ala mais radical” dos grupos que orbitavam o ex-presidente e incentivavam um golpe de Estado.

Ambos, contudo, não foram indiciados pela Polícia Federal, o que significa que a corporação, até agora, não encontrou elementos mínimos para que sejam formalmente acusados. 

Dois grupos

Ainda a revelação do primeiro depoimento de Mauro Cid: ele disse que havia duas partes, uma com o ex-ministro Eduardo Pazuello e Valdemar Costa Neto, que buscavam indícios de fraudes nas urnas (nunca encontraram); outra com Michelle e Eduardo Bolsonaro, o assessor Filipe Martins, os ministros Onyx Lorenzoni e Gilson Machado, o general Mário Fernandes e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES). Os filhos Flávio e Carlos nunca foram citados.

Sem bigodinho

Num vídeo, o homem mais rico do mundo, Elon Musk, que agora ocupa cadeira importante no governo de Donald Trump (deu US$ 250 milhões para a campanha dele) aparece batendo no peito e depois esticando o braço direito, com mão igualmente esticada com dedos unidos, que a mídia internacional comparou à famosa saudação dos seguidores de Hitler.

Pior: alguns novos integrantes do mesmo governo, anda se exercitando da mesma maneira, o que pode transformar a ‘criação’ de Musk numa saudação ‘oficial’.

Outro ameaçado

Dentro do PSB há a certeza de que Lula, ao dizer na reunião ministerial que “trabalhadores não querem mais CLT”, tinha dois alvos: o primeiro, Luiz Marinho, petista, ministro do Trabalho e uma das figuras mais atrasadas da esquerda brasileira, e Márcio França (PSB-SP), microministro do Empreendedorismo e da Microempresa.

A fala ligou o alerta da possível demissão de França por déficit de desempenho, o que levou o ministro a exigir dos correligionários que lutem para ele não perder o cargo.

Quem manda

Para não perder o espaço que ainda tem, o PSB pretende pressionar Lula e tentar crescer na Esplanada cavando espaço para Paulo Câmara. Ele governou Pernambuco sem deixar saudades e saiu do partido para assumir a lamentada presidência do Banco do Nordeste.

Quem trabalha, noite e dia, na costura de espaço para o PSB é o prefeito João Campos, reeleito no ano passado – e de olho no governo do estado para o futuro – que irá assumir a presidência da legenda. 

MISTURA FINA

  • Lula passou a semana batendo cabeças procurando solução para restabelecer o controle dos preços dos alimentos, sem dizer que essa seria a saída do governo. Pior é o temor da recriação de um órgão de “controle dos preços” como a finada Sunab. Traduzindo: ele não faz ideia ou não aceita que a inflação decorre de sua própria irresponsabilidade fiscal. Até faz discursos afirmando que sua gestão teve “um ano vitorioso” em 2024.
  • Para Lula, caiu do céu o episódio dos brasileiros deportados e algemados (mãos, barriga e pés) por ordem do governo Trump que vieram dos Estados Unidos. A Polícia Federal ordenou a representantes do governo que fossem retiradas as algemas e as cenas, inclusive as da chegada, mostraram deportados dizendo que não havia ar-condicionado a bordo e que mulheres e crianças passaram mal (não havia também comida).
  • No final de semana, jornais de todo o mundo estamparam fotos dos brasileiros algemados associando-os a uma tentativa do próprio Donald Trump de mostrar que é dessa maneira que ele irá tratar também brasileiros ilegais nos Estados Unidos. O ato, incomum desde o acordo de repatriação, firmado em 2017, revelou “flagrante desrespeito aos direitos de cidadãos brasileiros”. O resto do trajeto foi completo por um avião da FAB. 
  • Até os admiradores de Donald Trump agora o chamam de “serial killer”. Ele proibiu o governo de financiar ONGs oportunistas, que embolsam dólares do capitalismo para financiar esquerdas atrasadas, inclusive o Brasil. Proibiu também o uso de dinheiro público para patrocinar políticas de racismo institucional e suspendeu qualquer tipo de “trabalho remoto” no funcionalismo federal. A administração federal tem 2,3 milhões de empregados, 1,1 milhões se mantém no modelo híbrido e 228 mil em home office. 
  • O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, está disposto a vender até 90% da futura SAF do Clube – ou seja, o limite máximo permitido pela lei. Ele defendia uma participação inferior a 50%, mas as sondagens a possíveis investidores deixam claro que ninguém colocará dinheiro num clube brasileiro para ser minoritário. Há quem diga também que o cartola tricolor carioca nutre desejo de ser o CEO da SAF. Rodolfo Landim também ensaiou uma manobra que se tornaria CEO do Flamengo, caso seu candidato Rodrigo Dunshee Abranches ganhasse as eleições à presidência do clube. 

In – Bolo de refrigerante
Out – Bolo de puba (mandioca fermentada)

ARTIGOS

Lutem por nós!

14/02/2025 10h45

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento

Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento Foto: Divulgação

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A Vanessa Ricarte, minha conterrânea de Três Lagoas, era jornalista, tinha 42 anos. Agora, todos os verbos sobre a sua vida, aqueles que ela e nós conjugávamos no presente, serão passado, porque ela foi morta por alguém que se julgava dono da sua existência. Ela fugiu do cárcere privado, pediu medida protetiva e, mesmo conseguindo, foi assassinada pelo noivo que não aceitava o rompimento. Que julgava ser o seu dono. E que achava ter o direito de matá-la.

Nos meus tempos de vice-governadora e senadora, construímos com o governo federal  a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande e muitas no Brasil, que hoje acolhem, orientam e garantem acolhimento humanizado às vítimas de violência; votamos a criação do crime de feminicídio, aumento de pena para estupro e tantas outras leis relacionadas à violência contra a mulher. Mesmo assim, continua o martírio de tantas mortes, tantos estupros, tanta violência, tanta covardia.

Lembrei-me de uma crônica; “A gente se acostuma a abrir o jornal e ler sobre a guerra. Aceita mortos, e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler, todo dia, da guerra, dos números, da longa duração.”

Não! Nunca aceitamos! Jamais aceitaremos! Continuamos e continuaremos a nos indignar e a lutar contra esta barbárie da violência contra as mulheres. Mas esta luta poderá ser inglória, se lutarmos sozinhas. Precisamos de um movimento também liderado pelos homens. São milhões de homens, de  brasileiros,  que não aceitam e se indignam. 

Falta gritar! Falta lutar por nós! Gritem e lutem conosco, por nossas vidas, pelo nosso direito de continuarmos a viver. Viver sem violência. Viver com dignidade.

ARTIGOS

Alterações da ANS para proteger beneficiário geram dúvidas

14/02/2025 07h30

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Tendo em vista as frequentes alterações nos serviços de saúde pelas operadoras de forma repentina, pegando os beneficiários desprevenidos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, no fim de dezembro de 2024, a Resolução Normativa (RN) nº 585. Trata-se de uma resolução para regular o assunto de forma sistemática, visando evitar maiores prejuízos aos beneficiários. Embora as operadoras de planos de saúde possam alterar a rede de hospitais e serviços de saúde que oferecem, infelizmente, elas têm feito isso de forma desmedida, desobedecendo ao comando do art. 17 da Lei de Planos de Saúde e desrespeitando seus clientes.

Como forma de regulamentar o artigo 17 da Lei de Planos de Saúde, a RN nº 585 estabelece os critérios para substituição dos serviços de saúde em relação a hospitais, trata da redução da rede hospitalar do plano, da suspensão temporária do atendimento de hospital conveniado, do direito à portabilidade e das formas como essas situações devem ser comunicadas ao usuário dos serviços.

Para quem está de fora e aplica olhar superficial, pode-se imaginar que a iniciativa por parte da ANS demonstra uma sensibilização com o beneficiário de plano de saúde. Isso é possível, diante das notícias de descredenciamentos de redes de hospitais pegando o consumidor desprevenido, como foi o caso recente em São Paulo, quando grande operadora descredenciou vários serviços de saúde na região da zona norte, e outro no Rio de Janeiro, em agosto de 2024.

Entretanto, quando se analisa o conteúdo, fica claro que a norma é contraditória quando exige do hospital substituído certificado de qualidade de saúde de mesmo nível do substituto, mas permite à operadora contratar hospital substituto com certificado de acreditação de nível inferior ao do substituído.

E pior: caso não seja possível à operadora contratar hospital substituto com atributo de qualificação inferior, poderá substituir por outro sem certificado de qualificação.

Para quem não é leigo, fica cristalino o quanto isso é prejudicial para o beneficiário de plano de saúde. Od termos redigidos contrariam o princípio da norma, principalmente quando ele paga mais caro para contar com hospital já amplamente reconhecido pelo nível de qualidade dos atendimentos que presta e que lhe transmite mais segurança. Certamente, a operadora não reduzirá os preços das mensalidades por isso.

Para contornar essa situação que não deveria existir, o beneficiário que se sentir prejudicado com a alteração na rede de hospitais pela operadora poderá fazer uso da chamada portabilidade de carências, sem ter que atender ao tempo de permanência no plano de saúde atual ou faixa de preço semelhante.

Outra questão importante que a regra deixou de esclarecer é a que a operadora deve bancar as despesas de transporte com o tratamento do beneficiário, caso ela indique atendimento em hospital situado em município longe daquele que o beneficiário tinha antes.

O que a sociedade – aqui entendida como o conjunto de 55 milhões de cidadãos que aderiram à saúde suplementar – espera é que a ANS cumpra o seu papel de fiscalizar tais situações, fazendo valer a presente norma para tornar a relação entre o beneficiário e a operadora mais transparente e equilibrada. Nesse sentido, pode o consumidor de planos de saúde ainda reclamar na ANS sobre o descumprimento destas regras. Caso não se resolva, a saída mesmo será por meio do Judiciário.

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