Relator de reforma recebeu emenda milionária
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) conseguiu um feito que inveja muitos no Congresso Nacional: conseguiu o pagamento de emenda milionária, R$67,1 milhões. É o parlamentar com maior valor pago em uma emenda individual. A grana supera algumas emendas de bancada, como os R$66,6 milhões para toda bancada de Minas Gerais destinar para assistência hospitalar e ambulatorial, ou os R$65,3 milhões que a bancada de Santa Catarina endereçou para atenção básica à saúde.
Vem mais
Outra emenda de Braga já está com valor empenhado pelo governo Lula, ou seja, reservado para pagamento: R$1,9 milhão.
Amigo do rei
O volume de emendas que consegue arrancar explica a relação de fidelidade de Braga a Lula e ao ministro Fernando Haddad.
Vale muito
Ano passado, o senador relatou a reforma tributária, que tanto interessou ao Planalto. Este ano, pegou a relatoria da regulamentação da reforma.
Rei da emenda
Um abismo separa Eduardo Braga da segunda colocada do ranking, a senadora Augusta Brito (CE), vice-líder do PT: R$37,1 milhões.
Pesquisa revela aversão dos brasileiros ao STF
Se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) achavam que estavam “abafando”, a verdade nua e crua de pesquisa nacional, nesta sexta-feira (19) foi uma ducha de água gelada. Levantamento do instituto Poder Data em 196 municípios nos 26 Estados e no DF encontrou apenas 12% dos brasileiros fazendo avaliação positiva (ótimo/bom) dos ministros do STF, enquanto 43% a consideram negativa, na soma de “ruim” e “péssimo”. A desaprovação cresceu no período em que o STF assumiu papel político que não lhe compete, incluindo o viés “legislador”.
‘Golpe’, badernaço etc
O declino de reputação começou na posse de Lula e início da retaliação do STF aos acusados de “golpe” ou pelo badernaço de janeiro de 2023.
STF opera um milagre
A pesquisa detecta um milagre de união de contrários: 43% dos eleitores de Lula e 42% dos eleitores de Bolsonaro se unem na repulsa ao STF.
Cartaz ladeira abaixo
O Poder Data fez pesquisa semelhante em junho de 2023, registrando agora aumento de 19 pontos na rejeição dos brasileiros ao STF.
Tirem a mão do meu bolso
O “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo aponta que em 2024, até esta sexta-feira (20), tomaram R$3,5 trilhões dos brasileiros em impostos federais, estaduais e municipais. Ainda restam 10 dias ao ano.
Na nossa conta
Apesar das viagens, festas de fim de ano e outras despesas, o Janjômetro, iniciativa do deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), registra “apenas” R$63 milhões vinculados à primeira-dama.
Missão cumprida
Com a saída do ministro José Múcio (Defesa), o governo Lula perde seu melhor ministro. Quer dedicar mais tempo à família, como oficialmente se alega, e conquistou o direito de não mais se submeter a desaforos.
Devolução exigida
A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores cobra do presidente Correios, Fabiano Santos, o estorno de parte do 13º salário confiscado dos funcionários: retenção de 75% fere a legislação.
Siga o dinheiro
O deputado Evair de Melo (PP-ES) pediu ao TCU que apure possíveis irregularidades no contrato em que os Correios confessam dívida com o Postalis. Sobrou para os funcionários pagarem a fatura de R$7,5 bilhões.
Musk na Câmara
Viralizou no ‘X’ ideia do senador americano Rand Paul de transformar o empresário Elon Musk, futuro chefe do Departamento de Eficiência do governo Trump, em presidente da Câmara dos EUA. Pela lei, o cargo não precisa ser ocupado por um representante eleito.
Morte por inanição
O senador Cleitinho (Rep-MG) gastou sola de sapato para tentar criar uma CPI destinada a investigar desvio das emendas parlamentares. Até o meio da semana ele tinha zero assinaturas de apoio.
Menos um bilhão
Nos primeiros cálculos do Ministério da Fazenda, a “desidratação” imposta pelo Congresso ao pacote de Haddad terá impacto de R$1 bilhão nos cortes esperados. Pelo tamanho do problema, uma ninharia
Pensando bem...
...presidente de verdade não tira férias.
PODER SEM PUDOR
Censura na fonte
O comício de Leonel Brizola atraiu uma multidão, em Cruz Alta (RS). “De 10 a 12 mil pessoas”, exultou dr. Schmidt, médico e prefeito da cidade, da janela da prefeitura. Mas, de repente, naquela época pré-celular, ouviu uma jovem repórter ao telefone: “...um fracasso, no máximo 1.500 pessoas”. “Não faça isso, a senhora está mentindo. Tem várias vezes mais pessoas.” Ela desdenhou: “A notícia é minha, mando a que quero.” O prefeito surpreendeu. “Pois o telefone é meu – disse ele, arrancando-lhe o aparelho das mãos – e nele você não manda mentira.”