Em meio a números que apontam para um crescimento econômico acima das projeções iniciais, especialmente no caso de Mato Grosso do Sul, que supera inclusive a média nacional, uma pergunta se impõe: ainda é o crescimento econômico um bom negócio para um país, um estado ou uma cidade? Em tempos de análises complexas e discursos que relativizam quase tudo, a resposta precisa ser clara: sim, crescimento econômico continua sendo essencial – e uma excelente notícia.
É natural que surjam dúvidas. Afinal, nem sempre o crescimento se distribui de forma equitativa e há efeitos colaterais que precisam ser gerenciados, como a pressão inflacionária. Mas o fato é que, quando a economia cresce, também crescem a geração de empregos, a renda das famílias e a circulação de dinheiro nos setores produtivos. Esses são pilares fundamentais para o bem-estar coletivo e para o fortalecimento das finanças públicas.
Há quem aponte os riscos de um crescimento acelerado, como o aumento do consumo e, consequentemente, da inflação. Resposta clássica do sistema financeiro, o aumento da taxa de juros é uma medida contracíclica que busca conter o consumo, mas também encarece o crédito e pode frear parte do ímpeto econômico. Ainda assim, o problema não está no crescimento em si, mas na forma como ele é administrado. Um bom gestor sabe que é preferível lidar com os desafios do crescimento do que com os estragos da estagnação ou da recessão.
Do ponto de vista político e administrativo, não há muita margem para dúvidas: todo gestor que se preze quer ver sua cidade, seu estado ou seu país crescer. Mais do que números em relatórios, o crescimento traz consigo algo ainda mais valioso: a percepção de progresso, de oportunidades surgindo, de um futuro que pode ser melhor que o presente.
Neste início de ano, o agronegócio se mostrou mais uma vez como o motor do crescimento, especialmente em Mato Grosso do Sul. A safra superou as expectativas de produtividade, e isso impactou positivamente outros setores da economia regional. O agro, com todos os seus debates, continua sendo uma das âncoras do desenvolvimento brasileiro e precisa ser tratado com a devida atenção e responsabilidade.
Relativizar o crescimento econômico é sempre um risco. Pode-se, sim, discutir seus efeitos, sua qualidade, sua distribuição, mas não há como vê-lo como algo negativo. Basta imaginar um cenário inverso: recessão, queda na produção, desemprego em alta e desânimo generalizado. Alguém consideraria isso uma boa notícia? Certamente, não.
Por isso, é preciso afirmar com todas as letras: temos, sim, que comemorar o crescimento econômico. É um indicativo de que estamos no caminho certo e de que há potencial para mais. Não se trata de fechar os olhos para os desafios, mas de reconhecer que crescer é infinitamente melhor do que andar para trás. Para Mato Grosso do Sul especificamente, esse avanço é motivo de orgulho. E para o Brasil como um todo, também.




