Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser"

Jair Bolsonaro sobre a eventual candidatura de sua mulher, Michelle, à Presidência

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França faz PSB brigar para manter seu emprego

Dentro do PSB há a certeza de que Lula, ao dizer na reunião ministerial que “trabalhadores não querem mais CLT”, tinha dois alvos certos: o primeiro, Luiz Marinho, petista ministro do Trabalho, e uma das figuras mais atrasadas da esquerda brasileira, e Márcio França (PSB), micro-ministro de Empreendedorismo e da Microempresa. A fala ligou o alerta de possível demissão de França por déficit de desempenho, o que o levou a exigir dos correligionários que lutem para ele não perder o cargo.

Longa estrada

França espera ser “convencido” a desistir da candidatura ao governo de SP para “não dividir a esquerda”. Mas a vaga é de Geraldo Alckmin.

Ressuscita o falecido

Para não perder o espaço que ainda tem, o PSB estuda trucar Lula e tentar crescer na Esplanada cavando espaço para Paulo Câmara.

Boquinha

Câmara governou Pernambuco sem deixar saudades. Saiu do PSB para assumir uma lamentada presidência do Banco do Nordeste.

João que manda

Quem trabalha noite e dia na costura de espaço para o PSB é o prefeito do Recife, João Campos, que irá assumir a presidência do partido.

Lula bate cabeça sem admitir culpa pela inflação

O governo Lula passou esta quinta (23) batendo cabeças procurando solução para outro problema de comunicação: desmentir que pretenda restabelecer controle de preços dos alimentos, muito embora o próprio presidente tenha usado a expressão. Pior do que o temor de recriação de um órgão de “controle de preços” como a finada Sunab, é a percepção de que o presidente, em seu terceiro governo, não faz ideia ou não acredita que a inflação decorre de sua própria irresponsabilidade fiscal. 

Barata tonta

Lula chamou até o advogado e ministro Paulo Teixeira (questão agrária), teleguiado do MST, para discutir inflação de alimentos. Nada de Haddad.

Ta feia a coisa

A popularidade de Lula desaba por vários motivos, inclusive a tentativa de espionar o pix, mas ele acha que “acabar com a inflação” o salvará.

É a gastança

O presidente do Banco Central explicaria a Lula o que gera inflação, mas ele não quer correr o risco de ouvir que a culpa é da própria gastança.

Rumo ao isolamento

Com zero chance de ser eleito presidente do Senado, Marcos Pontes (SP) pode custar muito ao PL: presidência de comissões e cargos na mesa. Foi o que levou Bolsonaro a aplicar um pedala no astronauta.

Novo ‘serial killer’

Os lacradores ainda chamarão Trump de “serial killer” por matá-los de raiva, em série. Como prometeu na campanha, ele proibiu o governo de financiar ONGs oportunistas, que embolsavam dólares do capitalismo malvadão para financiar esquerdas atrasadas, inclusive no Brasil.

Racismo banido

Trump também proibiu o uso de dinheiro público para patrocinar políticas de racismo institucional, que perseguem grupos (pessoas brancas por exemplo) por serem “opressores”, ignorando suas posições pessoais.

Inimigo da vez

O PT virou a famosa “máquina de destruir reputações” contra o TCU, que é o inimigo da vez. O motivo das ofensas: a corte de contas entendeu que o programa Pé-de-Meia está operando fora das regras fiscais.

Engoliu a língua?

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) notou que a sempre falante e briguenta Gleisi Hoffmann (PT-PR) emudeceu sobre corte na Educação, no Minha Casa, Minha Vida, recorde de queimadas, vacinas no lixo...

Fila da benção

Além de Hugo Motta (Rep-PB), com os dois pés dentro para ser o próximo presidente da Câmara, Lula quer ouvir Davi Alcolumbre (União-AP) antes de bater o martelo e fechar o troca-troca ministerial.

Raphí no XP

O banco XP fez um gol de placa: contratou Raphael Figueiredo, ex-CEO da Eleven, para assumir sua área de estratégia em ações. Chamado de “Raphí” pelos amigos, é dos jovens talentos mais admirados no mercado.

Sobe e desce

Sem muita certeza de quem sai e quem fica, a semana termina com Paulo Pimenta, ex-Secom, em alta para substituir Márcio Macedo na Secretaria-Geral da Presidência. Macedo, se muito, leva cargo no PT.

Pensando bem...

...esse Pé-de-Meia do Lula é furado.

PODER SEM PUDOR

Ateu, graças a Deus

O presidente Lula morre de medo de avião, e isso não é de hoje. Na campanha presidencial de 1994, ele voava com um grupo de militantes e amigos para Tarauacá, cidade próxima à divisa entre Acre e Amazonas, quando uma forte turbulência sacudiu o pequeno bimotor. O avião balançava e Lula foi ficando cada vez mais nervoso, até desabafar: “Os materialistas que se virem, para eu vou começar a rezar...”

CLÁUDIO HUMBERTO

"Comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre Guilherme Boulos, de extrema-esquerda, virar ministro

06/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Especialistas: liberar FGTS faz disparar inflação

A decisão de Lula (PT) de injetar R$12 bilhões na economia liberando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), objetiva estimular o consumo, que o Banco Central luta exatamente para desestimular, e por isso deve fazer disparar a inflação, segundo os especialistas. Werton Oliveira, da Ekonomy Consultoria Econômica, confirma o risco na alta da inflação e prevê que isso pode fazer o BC alongar o ciclo de alta da taxa de juros, passando os 15%, algo que não acontece desde 2006”. 

Oferta e demanda simples

Oliveira explica que mais dinheiro circulando pode aumentar a demanda por bens e serviços, pressionando preços, caso a oferta não cresça.

Qualidade do gasto

Segundo João Fossaluzza, da EXP Empresarial, o efeito inflacionário dependerá da velocidade e destino do gasto pelos beneficiados.

Inflação de alimentos

Há risco elevado de que a liberação desses recursos pressione ainda mais a inflação, especialmente nos itens alimentícios, diz Fossaluzza.

Salários corroídos

Os especialistas concordam que o FGTS liberado pode aliviar famílias endividadas, mas a inflação corrói o poder de compra dos salários.

Ação em Londres contra Mastercard rendeu 74 reais

Decisão da Justiça de Londres, de há duas semanas, vem preocupando municípios mineiros e vítimas do desastre de Mariana. Tramitando havia 9 anos, ação de consumidores contra a Mastercard, terminou com o escritório de advocacia ganhando 18 milhões de libras (R$134 milhões), enquanto os lesados levaram só 10 libras (74 reais) cada. Os lesados sonhavam embolsar de 10 a 14 bilhões de libras, mas um acordo reduziu o sonho a 200 milhões. Temendo desfecho semelhante na ação contra a BHP em Londres, crescem as adesões ao acordo oficial no Brasil.

Municípios vazam

Até agora, já são vinte os municípios que optaram pelo acordo no Brasil, deixando escritório Pogust Goodhead (PG) falando sozinho. 

Prazo fatal próximo

Vence em duas semanas o prazo final para adesão ao acordo costurado pelo governo brasileiro com a indenização recorde de R$120 bilhões.

Contrato maroto

As cidades deixam a ação no Reino Unido após a PG tentar impor novo contrato com punição para quem receber dinheiro no acordo brasileiro.

Apenas maluquice

A plantação sobre o deputado de extrema-esquerda Guilherme Boulos na Secretaria Geral foi um “balão de ensaio”, mas a mídia ativista tenta viabilizar o que era “apenas uma maluquice”, como disse Lula a amigos.

Crime tem opinião

Juíza aposentada no Rio, que honrou a magistratura metendo poderosos bicheiros na cadeia, adora desfile na Sapucaí. E ironiza: “Não tem nada mais importante do que crítica social feita por bicheiro e traficante”.

Importância relativa

Os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores divulgaram com quatro dias de atraso uma nota conjunta sobre o prêmio ao filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar. A ministra da Cultura estava ocupada faturando em shows carnavalescos. E diplomacia brasileira já foi mais ágil e atenta.

Palanque particular

Para não voltar à “planície” no Senado, após uma presidência medíocre, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) assumiu o comando da CCJ (Constituição e Justiça) e uma comissão (Defesa da Democracia) que ele próprio criou.

R$50 bi compartilhados

Cláudio Cajado (PP-BA), da Comissão Mista de Orçamento, defendeu os R$50 bilhões em emendas parlamentares para 2025 e compartilhar a execução orçamentária entre parlamentares e membros do Executivo.

Governo adora feriado

O assunto quente da semana do Carnaval na internet foi o futebol, aponta o Google Trends. Nada de política. Corinthians e Real Madrid dominaram as buscas, além do filme “Anora”, grande vencedor do Oscar.

Conta não fecha

Segundo as contas do próprio governo Lula, 13,6% da população (25,9 milhões) recebe algum benefício social em 2025. Após a isenção até R$5 mil, pagadores de impostos serão 10 milhões, diz estimativa da Unafisco.

Censores se animaram

O governo petista adorou previsão de projeto da senadora Damares Alves (Rep-DF) e ex-ministra de Bolsonaro punindo “estelionatário digital” que “prejudicar a honra e a imagem” de vítimas na internet. Já se discute usar o projeto – da oposição – na tentativa de censurar as redes sociais.

Pensando bem...

...tem balão de ensaio que sai furado de fábrica.

PODER SEM PUDOR

O salário do governador

José Aparecido de Oliveira governava o Distrito Federal, em 1985, e não conseguia trabalhar com o barulho de grevistas, diante do Palácio do Buriti. “Vou lá!”, decidiu, irritado. Atravessou a pista sozinho e encarou os manifestantes. “Quanto você ganha?”, provocou um deles, às suas costas. Aparecido se voltou encarando o sujeito, e disparou, dedo em riste: “O que você nunca vai ganhar, porque não gosta de trabalhar!” Os manifestantes caíram na gargalhada. Ele não sabia, mas o provocador era mais um desses grevistas profissionais. Com sua atitude, porém, Aparecido ganhou o respeito deles, obteve o fim da greve e daquele barulho infernal.

ARTIGOS

Mais uma fraude financeira que lesa milhares de brasileiros

05/03/2025 07h45

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No dia 25 de fevereiro, a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal (PF) realizaram uma operação especial com foco na desarticulação de uma organização criminosa que usava a empresa Alpha Energy, com escritórios em Natal (RN) e Barueri (SP), como fachada para a prática de fraudes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

Apesar da forma de atuação dos operadores do esquema ainda não estar oficialmente relacionada a uma pirâmide financeira, considerada crime no Brasil, as investigações revelaram que o objetivo era semelhante: captar recursos de investidores com a falsa promessa de rendimentos muito além dos praticados no mercado, supostamente obtidos por meio da comercialização de créditos de energia solar.

De acordo com as investigações, os operadores do esquema conseguiram movimentar mais de R$ 150 milhões, com dinheiro investido por 6.300 pessoas de 732 cidades brasileiras. Pessoas essas que viram seus recursos serem transformados em imóveis, veículos de alto padrão e outros patrimônios para os investigados.

À frente da Alpha Energy estava Danilo Batista, já conhecido da PF por liderar a Manah Mineradora, uma suposta mineradora de ouro que agia com o mesmo modus operandi, ou seja, com a promessa de grandes retornos de investimentos para aqueles que aportavam recursos para a atividade de mineração de ouro divulgada fortemente pela empresa, inclusive com a participação de celebridades.

O que a operação da Alpha Energy e da Manah Mineradora muito tem de parecida é que, apesar de áreas diferentes – uma energia solar, a outra mineração –, ambas dependiam mais da entrada contínua de novos investidores do que suas ações verdadeiramente lucrativas, o que caracteriza um sinal claro de esquema Ponzi. 

Mais além, ambas infringiam os crimes contra o sistema financeiro, crime esses federais, como a oferta pública de investimento coletivo sem autorização de órgão regulador, bem como a oferta de rendimentos, ou seja, funcionando como uma instituição financeira sem autorização do órgão regulador.

O novo caso da Alpha Energy, por todos os números que envolve – tanto de vítimas quanto de localidades e cifras –, mostra que é mais um grave esquema de fraude financeira. As investigações avançam, 
e com elas é fundamental que se tenha um rigoroso acompanhamento das autoridades e do sistema de Justiça brasileiro.

Já há uma associação de consumidores lesados criada para o estudo de estratégia para uma ação civil pública, de modo que coletivamente se busque o ressarcimento de quem acreditou na energia solar como fator de acelerado enriquecimento, mas acabou por se tornar mais uma vítima dos cada vez mais sofisticados esquemas de fraude financeira no País.

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