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Giba Um

"Eu não quero envenenar ninguém. Só quero que, no final do mandato, a gente desmoralize com números"

de Lula pegando uma carona eleitoral na tentativa do golpe

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é apontado por muitos como o nome que deve representar a direita na corrida presidencial em 2026, entre muitos que torcem está Gilberto Kassab, dono do PSD (e que sonha em ser seu vice nesta disputa). Só que Tarcísio vem avisando que pretende disputar sua reeleição ao governo paulista.

Mais: acredita na absolvição de Jair Bolsonaro (que para ele deverá disputar a Presidência). Sobre o indiciamento o governador sai na defesa do Capitão: “É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas”. E completa: “ele respeitou o resultado da eleição".

“Punhal verde e amarelo”

Os golpistas pretendiam matar Lula, seu vice Geraldo Alckmin (poderia sentar-se na cadeira da presidência, sucedendo Lula) e o ministro Alexandre de Moraes (STF).

O plano foi batizado de “punhal verde e amarelo”. Eu idealizador foi o general Mário Fernandes, ex-comandante da tropa de elite do Exército (provavelmente inspirados nos assassinos de Júlio César, que recebeu 23 facadas) Ele estava na mesa quando Augusto Heleno ameaçou “virar a mesa”. Foi preso esta semana, acusado de integrar organização criminosa.

Maioria de militares

Dos 37 indicados no começo da semana, 25 são militares, incluindo sete generais e um almirante. Eles se apropriam dos símbolos e das cores para conspirar contra a Constituição – e foram derrotados. Deixam, contudo, um legado de radicalização política na sociedade.

Em 1964, outra geração de militares tomou o poder a força e despachou o presidente João Goulart para fora do país.

Super relatório

O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo os ex- -ministros Walter Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno, foram indiciados pela Polícia Federal de tentativa de golpe de estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e agora vai ao Ministério Público caso a PGR decidir oferecer a denúncia à Justiça.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, ajudou em deleção premiada, com mais confirmações sobre as suspeitas. O ex-presidente nunca o ajudou.

Memória 1

Em julho de 2022, Jair Bolsonaro convocou sua tropa para uma reunião no Planalto. Queria discutir o que faria em caso de derrota nas urnas. Aí, o general Augusto Heleno: “Vamos ter de agir. Contra determinadas instituições e determinadas pessoas”. Heleno já estava instalando um “gabinete de crise” que comandaria.

Teria poderes para anular a eleição e prorrogar ilegalmente o mandato de Bolsonaro. Era o ponto de partida.

Memória 2

Outro ex-presidente, marechal Hermes da Fonseca, em 1922, teve a prisão decretada sob acusação de envolvimento em levantes militares.

Portanto, Jair Bolsonaro não foi o primeiro ex-presidente que deverá ser punido por tentativa de golpe de Estado no Brasil, caso o indiciamento da Polícia Federal resulte em denúncia do Ministério Público e condenação no Supremo Tribunal Federal.

O levante 1922 os militares do Rio tinham como objetivo destituir o presidente Epitácio Pessoa e evitar a posse de seu sucessor eleito, Arthur Bernardes.

Arrecandou milhões 

O jogador Ronaldo Nazário, conhecido mais como Ronaldo Fenômeno, promove bazares todos os anos para
sua fundação – Fundação Fenômenos. Só que este ano decidiu inovar e promoveu o primeiro leilão no Clube Monte Líbano, em São Paulo.

Entre muitos itens do leilão que foi batizada de “Galácticos”, estavam uma camisa do último jogo de Pelé com autógrafo, usada em 1997, um tênis especial feito pelo artista Sancler Graffit com assinatura de Ronaldo. Um dos itens mais caros foi uma experiência exclusiva com David Beckham (que incluía o direito de assistir a um jogo do Inter Miami no Lockhart Stadium, um tour pelo centro de treinamento e estádio, além de um encontro privado com Beckham) que foi arrematado por uma influenciadora por R$ 1,1 milhão.

No total foram 18 lotes que arrecadou no final da noite R$ 10 milhões. Ronaldo aproveitou para esclarecer o boato de que pretende se candidatar a presidente da CBF. “Há muitos anos, falo da minha ideia de um dia ser presidente da CBF, e isso não mudou. Vamos aguardar o momento certo de fazer isso acontecer. Estou extremamente preparado para esse momento e, obviamente, o futebol brasileiro precisa de grandes mudanças, mas não quer dizer absolutamente nada.

Não sou candidato, não tenho eleição à vista, então é só a minha vontade que não mudou de muito tempo para cá”. Entre muitos presentes, além do casal anfitrião (Ronaldo e Celina Locks) estavam, Ana Maria Braga, a ex-esposa de Ronaldo, Milene Domingues, e as irmãs Patrícia, Silvia e Rebeca Abravanel, entre outros.

Apostas ilegais driblam governo

Muita gente aposta que é menos complicado para o governo Lula entregar o ajuste fiscal do
que domar o monstrengo das apostas esportivas.

O Ministério da Fazenda tem encontrado enormes dificuldades para rastrear e bloquear os sites de bets e
jogos online que atuam ilegalmente no país. A maior parte das plataformas se vale de uma série de gambiarras tecnológicas – IPs (Internet Protocol) de terceiros, redundâncias de servidores instalados em diversos países, possibilidade de uso de VPN (Virtual Private Network ou Rede Privada Virtual) para camuflar sua localização e construir sua retirada do ar.

Até agora a Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada a Pasta da Fazenda, levantou cerca de 3,6 mil sites que operam à margem da lei no país – um número impressionante. Cerca de 90% deles seguem em funcionamento.

Além da Anatel, a Fazenda já solicitou o apoio da PF para ajudar na caça e derrubada dessas plataformas.

Batendo Cabeças

Mais apostas esportivas: a impressão que se tem é que o próprio governo está batendo cabeça em relação ao bloqueio dos sites ilegais.

A Fazenda já enviou à Anatel duas listas de sites a serem bloqueados, a primeira delas dia 11 de outubro. A Agência diz que “de acordo com sua expertise e observando seus limites legais e de recursos, podem auxiliar o Ministério da Fazenda em aspectos técnicos do bloqueio nas redes dos prestadores de serviços de telecomunicações brasileiras”.

E emenda: “Quando a lista de bloqueio, por competência legal, sugerimos sua verificação junto ao Ministério da Fazenda (foram enviadas 20 mil notificações).

Ousadia

Com um pouco mais de 6 anos de carreira a cantora Duda Beat, foi apelidada como ‘rainha da sofrência pop’ já tem três álbuns lançado. No seu primeiro trabalho o álbum ‘Sinto Muito’ foi incluído entre os dez discos nacionais do ano pela revista Rolling Stone.

Seu mais recente trabalho o‘Tara e tal’ lançado em abril deste ano também vem sendo aplaudido e criticado por sua mistura de ritmos. De uma forma indireta e aproveitando para exibir parte do ensaio, com alguns cliques com muita ousadia, compartilhado nas redes sociais ela disse que tem muito orgulho de seu
novo trabalho.

“Há um ano atrás eu dei start ao DB3 com essa música e esse clipe que me enchem de orgulho. Brincar com gêneros que eu amo era uma vontade antiga que foi possível, marcando o início dessa grande pista de dança que é o meu último disco.

Eu costumo ouvir de amigos que sou uma artista que está à frente do tempo e por vezes pensei que esse caminho é um pouco solitário. Só que eu não tive como me sentir sozinha diante de todas as vezes que vi vocês cantando essa canção bem alto junto comigo nos shows. Escutem o meu álbum TARA e TAL. Como diz o velho ditado “Quem ouviu amou muito e quem não gostou foi porque não entendeu”.

Excursão à posse

Stella Barros, simpática e com décadas de agência de turismo, orgulhava-se, há anos, de levar mais de 25
mil brasileiros a Orlando por ano. Eduardo Bolsonaro não quer chegar à tanto, mas não para de vender
pacotes para a “Disney da extrema direita” a posse de Donald Trump em 20 de janeiro.

Além de grande grupo do PL, Eduardo arregimenta governadores como Jorginho Mello, de Santa Catarina, prefeitos recém-eleitos e outros parceiros. Até mesmo Ernesto Araújo, ex-chanceler do governo Bolsonaro.

Hoje, ele presta serviços para a Fundação Disenso, vinculada ao partido espanhol Vox, de extrema direita.

Quanto ganha

Ser “influenciador digital” hoje é uma carreira e virou sinônimo de renda. Quem pensa que isso é uma realidade, acertou.

Hoje os influenciadores estão conseguindo fazer renda com cobrança de post em suas redes sociais. Quem tem de 10 mil a cem mil seguidores é considerado um ‘microinfluenciador’ e pode cobrar de R$ 500 a R$ 5000 por cada post; de 100.001 a 1 milhão de seguidores, os médios influenciadores, cobram de R$ 5000 até R$ 50 mil por cada post.

Os grandes influenciadores que tem mais de 1 milhão de seguidores cobram de R$ 50 mil até R$ 500 mil por cada publicação.

Quanto ganha 2

São considerados influenciadores toda pessoa que tem a capacidade de influenciar potenciais compradores ou aquelas pessoas que exercem uma influência em setores específicos, como da beleza, moda, fitness, turismo e alimentação.

Os grandes influenciadores geralmente são celebridades. A cantora Anitta por exemplo cobra cerca de R$ 1,5 milhão por publicação.

O jogador Neymar Jr já cobrou o valor de R$ 2 milhões por um post. Uma das mais badaladas influenciadoras do momento Virgínia Fonseca cobra entre R$ 800 mil a R$ 1 milhão. Vale lembrar que as postagem são apenas nas redes sociais, não inclui participação em eventos ou vídeos no YouTube.

MISTURA FINA

O pessoal do Itamaraty acha que a reprimenda que Lula fez, indiretamente, à primeira-dama Janja da Silva, ao dizer que “não temos de xingar ninguém” foi suficiente para conter danos na diplomacia brasileira durante o G20.

Os diplomatas esperavam que Janja evitasse os microfones para não derrubar as manchetes positivas que governo esperava alcançar no encontro. Janja ficou de cara – e boca – fechada no resto do dia. “Esperei àquela hora”, revelando uma questão de planejamento.

O Ministério da Defesa selou um acordo com a equipe econômica para reduzir gastos com a previdência dos militares, como parte do pacote que a Fazenda prepara para controlar a trajetória da dívida pública. Uma das medidas deverá ser nova idade mínima de 55 para a reserva remunerada (com um período de transição). Hoje, o critério para aposentadoria exige pelo menos 35 anos.

As falas da primeira-dama Janja no pré- -evento que antecedeu o G20 e a sua presença nele ainda dará muito pano para manga, a se usar expressão popular. Uma das consequências o número de ações dos deputados contra ela e ministros: 31.

Os deputados querem explicação em diversos assuntos. Entre tantos tem uma ação contra o ministro Fernando Haddad (Fazenda) sobre o desperdício de dinheiro do BNDES, enquanto prepara um pacote de corte de gastos.

O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, foi convocado para explicar o patrocino feito pela Petrobras e pela Itaipu ao Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza. Também estão inclusos nesta lista Esther Dweck (Planejamento), Margareth Menezes (Cultura), (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) fecham a lista.

Nestas ações os ministros foram convocados para dar explicações sobre o uso do dinheiro público e alguns deputados mais radicais querem que a quantia gasta seja devolvido com juros e correção

ARTIGOS

Valorizar o agro é valorizar o Brasil

23/11/2024 07h45

Arquivo

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Não é de hoje que venho criticando a falta de reconhecimento do agro do Brasil como protagonista na mitigação de desafios globais, como a mudança climática, a transição energética e a segurança alimentar.

O recente imbróglio envolvendo a Danone e os produtores de soja brasileiros nos alerta sobre quão frágil 
e equivocada está a imagem do agronegócio brasileiro fora da sua bolha. E motivos para esse protagonismo não faltam.

Recentemente, li uma entrevista do ex-ministro Roberto Rodrigues, a quem tenho uma admiração imensa, que exprime exatamente o que penso. Nele me inspirei e selecionei alguns dados para analisar neste texto.

Não é uma questão de narrativa, é fato. Desde os anos 1990 até hoje, a área cultivada com grãos no Brasil aumentou 111%, enquanto a produção cresceu expressivamente (445%).

Nesse processo, poupamos cerca de 115 milhões de hectares e conseguimos produzir duas safras por ano – em algumas regiões até três. Cultivamos em uma área de 62 milhões de hectares que, considerando as duas safras, equivale a aproximadamente 80 milhões de hectares.

Na área florestal, preservamos 6,5 milhões de hectares de mata nativa, fora outros 10 milhões 
de hectares de florestas plantadas, em grande parte destinadas a atividades como produção de lenha, papel e celulose.

Na contabilidade para o ranking de descarbonização, não leva-se em conta as nossas captações de CO2, só contabilizam as nossas emissões. Não somos vilões, somos um exemplo de sustentabilidade e preservação ambiental para o mundo. Sei que temos ainda como melhorar, pois o aquecimento global e as mudanças climáticas são uma realidade, e estamos trabalhando para isso.

Outro aspecto relevante e que comprova o que estou argumentando é a matriz energética brasileira, que é 48% renovável, em comparação aos 15% do mundo. Isso significa que a nossa participação de energia renovável é três vezes maior que a média global.

Embora essa informação seja amplamente conhecida, poucos sabem que aproximadamente 25% da matriz energética brasileira vem diretamente da agricultura. Ou seja, a contribuição da agricultura para a matriz energética do País é porcentualmente maior do que toda a participação das fontes renováveis no mundo.

O combustível fóssil, principalmente diesel e gasolina, são os grandes vilões nessa busca por descarbonização, porém, mesmo assim, a produção de petróleo continua aumentando no mundo. 

E quem acha que os carros elétricos são a solução para esse problema está engando, pois temos que levar em consideração qual energia está sendo utilizada para recarregar as baterias. São de fontes renováveis ou não? Se a resposta for não, o problema não foi resolvido. Sem contar os problemas que evolvem o descarte dessas baterias, que é motivo para outro artigo.

Outro mito que tem que ser derrubado é a confusão em relação ao desmatamento. O desmatamento ilegal deve ser combatido urgentemente. Ele só atrapalha e é crime. Embora seja difícil ter dimensão exata desse problema, é evidente que práticas como desmatamento ilegal, incêndios criminosos, invasão de terras e mineração irregular precisam ser interrompidas imediatamente.

Mas o que não dá para aceitar é que, principalmente no âmbito internacional, essas práticas são associadas ao produtor rural. É um equívoco, uma distorção da realidade, mas de tanto falar acaba se tornando verdade dentro de alguns nichos que não conhecem de fato o trabalho do agro brasileiro. Muitos consumidores globais têm dificuldade até em localizar o País ou entender a complexidade da Amazônia.

Não dá para misturar o desmatamento ilegal com o legal. Vamos ser honestos, não existe nada no Brasil que não foi feito em terra desmatada. 

Se fôssemos punir o desmatamento legal também, todas as cidades brasileiras teriam que ser erradicadas, as terras produtivas com diversas culturas também. Por esse motivo, a implementação do Código Florestal, a mais rigorosa legislação ambiental existente no mundo, foi essencial para combater o desmatamento ilegal e fortalecer a imagem sustentável do agro brasileiro no mercado externo, mas ainda está em passos lentos.

Um esforço conjunto dos governos federal e estadual é necessário para validar o Cadastro Ambiental Rural e coibir práticas ilegais, enfatizando que os estados de SP e MT estão mais avançados nesse quesito. Cabe ao governo federal intensificar a fiscalização, fazer valer de vez o Código Florestal em todas as regiões e promover a regularização fundiária em vários assentamentos de famílias que continuam sobrevivendo de forma irregular, abrindo espaço para oportunistas agirem.

Em 2000, o agro brasileiro exportou US$ 20 bilhões. Em 2023, esse valor saltou para US$ 166 bilhões. Já neste ano devemos superar essa marca. Ao fazer isso, naturalmente ocupamos espaços que antes pertenciam a outros mercados, o que desagrada concorrentes que ficaram de fora.

Eles, por sua vez, tentam barrar nosso avanço com desinformação e diversas ações, como legislações contra o desmatamento aprovadas na Europa – uma clara medida defensiva. Portanto, precisamos intensificar nossos esforços para eliminar qualquer obstáculo que possa gerar desconfiança sobre a nossa agricultura e afetar a confiança dos compradores.

O Brasil está bem-posicionado com tecnologia e terra disponíveis para aumentar a produção de alimentos em 30% nos próximos 10 anos. A lição de casa da porteira para dentro estamos fazendo muito bem.

Dela para fora, vejo muita gente empenhada, mas falta um pouco de visão estratégica, principalmente na parte de comunicação e diplomacia. Os acordos comerciais com grandes consumidores precisam ser melhor amarrados.

O governo federal tem que se mostrar de fato parceiro do agro, que é fundamental para o País, se aproximar dos agricultores e investir em uma campanha de comunicação estratégica para valorizar o setor.

Passou da hora de descermos do palanque, esquecermos a politização partidária e acabarmos de vez com essa polarização que só vem fazendo estragos no agro e nos mais diversos setores da economia e da vida.

Isso não constrói. E pelo bem da soberania nacional, quem tem que ceder é o mais forte – e o mais forte é o governo. Afinal, valorizar o agro, em sua essência, é valorizar o Brasil.

ARTIGOS

Caminhos da vida

23/11/2024 07h30

Arquivo

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A humanidade foi criada em meio a forças provisórias, buscando possíveis maneiras de construir ambiente favorável a seus anseios de eterno. Sempre haverá pela frente um início, um meio e um fim. E tudo leva a um novo construir e a um reiniciar rumo ao eterno.

Enquanto caminha, descobre sempre novas possibilidades tanto para si quanto para a história que vai acrescentando valores às suas conquistas. Essa história vai se concretizando na medida em que cada qual aceitar doar um pouco do que seja seu e contribua na perfeição de todos os sonhos dessa mesma humanidade.

Mesmo com o avanço progressivo da ciência, sempre permanecerão interrogações buscando respostas e explicações que satisfaçam tantas inquietudes e tantas dúvidas. Querendo desvendar certos mistérios. Entre eles buscam saber para onde caminharia essa humanidade. Caminhará para um possível fim ou a um eterno recomeço?

Analisando os últimos capítulos do Evangelho de São João (Jo. 18:33-37), certas sentenças proferidas pelo Mestre dos mestres exigem atitudes de grande confiança e profunda fé. Dando atenção ao Rei Herodes como representante das dúvidas do povo que se sentia incomodado pela presença do Mestre, ele profere uma pergunta ousada: “Então, tu és rei?”. Prontamente respondeu “sim” decidido a qualquer consequência.

Contudo, advertiu que era Rei, não como os reis do mundo. Era e é um Rei diferente. Assumiu o título de tantos que, ou por herança ou por proclamação do povo, constituiria um tipo de governar. E tal personagem levava consigo muitos troféus, muito ouro e muitos escravos.

Esses reis eram respeitados por seus súditos e temidos por seus inimigos. Criavam invejas pelas perdas e pelos sonhos de novas conquistas. Nada satisfazia. A busca de novas conquistas estava no sangue desses reinados. Buscavam sempre mais e mais terras e riquezas. A inveja gerava novas guerras. E as guerras geravam novos inimigos.

O Mestre, mais do que ninguém, conhecia em profundidade essa realidade. Sabia e conhecia o seu sofrimento. Por isso, não permitiu que observassem a composição do seu reinado como os demais. Sua declaração revelaria que o seu Reino não se igualaria com os demais. Os reinos comuns tinham seus exércitos defendendo seus patrimônios, suas armas para combater os seus inimigos.

Os reinos desse mundo são governados pela ganância do poder e do permanente enriquecimento, não importando com a guerra, com as injustiças, com as violências que forem necessárias, com a finalidade de domínio. Felicidade dependerá do tanto de bens e posses a conquistar.

O Reino que o Mestre vem anunciar não tem nada disso. O reino do mundo luta pelo ter, enquanto o reino de Deus luta para ser. O mundo quer ter sempre mais, e Deus quer ser sempre mais. Com o querer mais, o ser humano se escraviza mais aos bens materiais. Já os irmãos do Reino dos céus se fazem mais solidários partilhando tudo entre si.

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