CÀ medida que a tecnologia avança, os golpes e fraudes também ganham novos contornos usando a boa-fé dos brasileiros. Uma das maiores e mais confiáveis empresas de soluções de pagamento digitais do País, divulgou relatório recentemente evidenciando que de dezembro de 2023 até maio deste ano – ou seja, só seis meses - houve um aumento de praticamente 400% no volume de casos registrados na sua central de segurança. A perspectiva é que esses números aumentem muito mais.
E isso não é ser pessimista, mas consciente do momento que o mercado digital passa e positivista porque o aumento dos números também evidencia que as empresas de soluções financeiras estão, cada vez mais, preparadas para lidar com o arrojo dos criminosos.
Voltando ao relatório divulgado pela PIXTOPAY, no topo da lista estão situações envolvendo usuários que recebem valores de programas sociais. Apenas eles, representam pouco mais de 70% das ocorrências. Outro destaque ficou por conta de falsas empresas que vendem, mas não entregam os produtos; e ainda estão no ranking ofertas de ganhos fáceis, que só querem captar os recursos de pessoas de boa-fé.
Quando ampliamos essa lupa para o Brasil e o mercado como um todo os números são ainda mais impactantes e, obviamente, assustadores. Os estudos são os mais diversos e de diferentes fontes e eles mostram que o 80% dos brasileiros são foram vítimas de golpes digitais. Nós ficamos atrás apenas do México quando o assunto é crime cibernético. Quando analisamos os impactos financeiros desses atos, chegamos a um montante de R$ 1,1 bilhão, em 2023, que foi 12% maior que o ano anterior.
Mas os tipos de crimes podem ir muito além, passam por denominações que poucos ainda conhecem, como: pishing, pharming, vishing, smishing, entre outros. E é ai que está o segredo do combate a ações criminosas: o conhecimento, a informação. Quanto mais os brasileiros estiverem cientes e conscientes sobre as práticas criminosas no mundo digital, mais difícil será os criminosos conseguirem ter sucesso em ações contra pessoas de boa-fé.
É preciso ainda que o brasileiro aprenda a denunciar essas situações. Evitar isso é possível, porém, requer uma atenção e alerta dos brasileiros. Os golpistas acabam tendo sucesso porque os brasileiros acreditam nas diferentes comunicações que chegam, em diversos canais. O primeiro passo para barrar golpes é saber que nenhuma instituição financeira oficial solicita qualquer dado sensível por telefone, whatsapp ou SMS.
A partir daí, nunca compartilhar dados bancários, senhas ou códigos de acesso com desconhecidos, seja por telefone, mensagem de texto ou e-mail. Estar atento a mensagens suspeitas que solicitam informações pessoais ou financeiras, também é importante. E verificar a autenticidade dos remetentes e dos links recebidos é essencial para não cair em armadilhas. Cuidado com simulações de empréstimos! Golpistas oferecem condições tentadoras, mas na verdade estão interessados em seus dados.
Na dúvida se uma mensagem é verdadeira ou não, antes de clicar em algum link, entre em contato diretamente com a instituição envolvida para confirmar a veracidade das informações. E se mesmo for lesado, registre boletim de ocorrência e avise o meio de pagamento: assim, os órgãos oficiais ficam alertas para coibir e criar ferramentas mais arrojadas de combate. E no caso dos meios de pagamento, temos a oportunidade de banir automaticamente players dessa operação, criando barreiras fortes.
