Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Lula segue calado, como os covardes fazem"

Deputado Mauricio Marcon (Pode-RS) sobre a omissão do Brasil na crise venezuelana

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Espera por ‘atas’ dá tempo para serem ‘fabricadas’

Países como o Brasil, condescendentes com a ditadura venezuelana, e tipos como o secretário-geral da ONU António Guterres, velho ativista do Partido Socialista português, justificam sua atitude acovardada, diante de evidências de fraude na eleição de domingo: “aguardamos a divulgação das atas eleitorais”. No Brasil, são chamadas de boletins de urnas. Torcedores de Nicolás Maduro, esses embromadores dão tempo para a ditadura “fabricar” as atas, com números que confirmem a fraude.

Tempo de sobra

O ditador prometeu divulgar os boletins de urna até sexta (2), quase uma semana depois da eleição. Tempo suficiente para produzi-las à vontade. 

Contagem secreta

A oposição percebeu a fraude quando seus fiscais foram impedidos de acompanhar a contagem dos votos que não houve, conforme se acredita.

Fraude evidente

A ditadura divulgou que Maduro obteve 51% dos votos, contrariando todas as pesquisas que indicavam um máximo de 27% para o ditador.

Totalitarismo in natura

As imagens chocantes do sequestro e prisão do oposicionista são uma prova eloquente da violência da ditadura apoiada pelo governo brasileiro.

Greve no Dnit ameaça obras de reconstrução do RS

A falta de diálogo do governo federal vem forçando os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a decretar uma greve nacional que provocará a paralisação de obras importantes, como a reconstrução da infraestrutura no Rio Grande do Sul, recentemente devastado pelas enchentes. Santa Catarina, também governado pela oposição, poder ser prejudicado por eventual greve no DNIT, paralisando a duplicação das rodovias federais BR-470 e BR-280.

Prejuízos elevados

Só a duplicação das BRs tem custo de R$1 bilhão, mas também está ameaçada outra obra em Santa Catarina: a BR-163, de R$300 milhões.

Paraíba na roda

Analistas do DNIT, inconformados com a falta de diálogo, citam ameaça também a projetos importantes como a BR-230, na Paraíba.

Sob mobilização

Os servidores recusaram proposta do Ministério de Gestão e Inovação e o diálogo acabou. Oficialmente se acham em “estado de mobilização”.

Não é erro, é o plano

Figuras do PT et caterva reforçam a reputação de esquerda mais atrasada do planeta, quando elogiam ditaduras como a venezuelana. Mas deixam escapar o que planejaram e objetivam: em nome da democracia “burguesa”, que odeiam, subjugar o País ao totalitarismo.

Espelho, espelho...

O presidente do parlamento da Venezuela, ligado ao ditador, pediu a prisão do candidato de oposição Edmundo González e de María Corina, líder oposicionista, por “conspiração fascista contra as eleições”.

Nada do vizinho

Em artigo para o Diário do Poder, o senador Izalci Lucas (PL-DF) defende que a comunidade internacional intensifique a pressão diplomática sobre a Venezuela, “mas o Brasil fez sua opção: se calou!”

Esse permanece

Há 14 vetos presidenciais trancando a pauta do Congresso, dois ainda da gestão de Jair Bolsonaro. O mais antigo é o veto do ex-presidente à gratuidade de uma mala por passagem em empresas aéreas no Brasil.

Acordões

Adriana Ventura (Novo-SP) acionou o STF contra o TCU que criou uma secretaria para o que chama de “um grande balcão de negócios” que favorecem os “amigos do rei”. A deputada pede a extinção da secretaria.

O nome do boi

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou que o ministro Mauro Vieira será convocado para explicar a acovardada posição do Brasil sobre a Venezuela. Mas a senadora Tereza Cristina (PP-MT) é que mandou bem, convocando o aspone Celso Amorim, o chanceler de fato. 

Amigão

“É coisa de amigo do peito”, conclui o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após Lula passar pano para Nicolás Maduro e sugerir que o ditador venezuelano foi eleito “legitimamente”. Que vergonha.

Malas prontas

Lula já está armando sua próxima viagem internacional e, claro, com uma comitiva gigante de ministros e bajuladores. Na próxima semana, o petista decola rumo ao Chile e por lá deve ficar até terça-feira (6).

Pensando bem...

...após acusar opositores de “atos golpistas” só falta o ditador Maduro alegar “tentativa violenta de abolição do estado de direito”.

PODER SEM PUDOR

Brizola e a cobra de Amin

O conservador Esperidião Amin se aliou a Leonel Brizola em l986, quando ambos sofriam com o êxito do Plano Cruzado. Ao visitar colega governador no Rio, Amin contou uma fábula árabe para explicar como via o quadro: “O urubu queria se vingar da cobra e contou seu plano à raposa: ‘Quando a cobra sair do buraco, dou uma bicada em cada olho e ela acaba morrendo’. A raposa ponderou que havia risco e sugeriu: ‘Vá à cidade, roube uma joia da moça mais bonita e uma multidão vai atrás de você. Voe para o buraco da cobra, atire a joia lá dentro e a turba vai matá-la para você’”. Brizola fez cara de quem nada entendeu e Amin contou a moral da história: “Você está mais para cobra, neste momento.”

CLÁUDIO HUMBERTO

"Comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre Guilherme Boulos, de extrema-esquerda, virar ministro

06/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Especialistas: liberar FGTS faz disparar inflação

A decisão de Lula (PT) de injetar R$12 bilhões na economia liberando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), objetiva estimular o consumo, que o Banco Central luta exatamente para desestimular, e por isso deve fazer disparar a inflação, segundo os especialistas. Werton Oliveira, da Ekonomy Consultoria Econômica, confirma o risco na alta da inflação e prevê que isso pode fazer o BC alongar o ciclo de alta da taxa de juros, passando os 15%, algo que não acontece desde 2006”. 

Oferta e demanda simples

Oliveira explica que mais dinheiro circulando pode aumentar a demanda por bens e serviços, pressionando preços, caso a oferta não cresça.

Qualidade do gasto

Segundo João Fossaluzza, da EXP Empresarial, o efeito inflacionário dependerá da velocidade e destino do gasto pelos beneficiados.

Inflação de alimentos

Há risco elevado de que a liberação desses recursos pressione ainda mais a inflação, especialmente nos itens alimentícios, diz Fossaluzza.

Salários corroídos

Os especialistas concordam que o FGTS liberado pode aliviar famílias endividadas, mas a inflação corrói o poder de compra dos salários.

Ação em Londres contra Mastercard rendeu 74 reais

Decisão da Justiça de Londres, de há duas semanas, vem preocupando municípios mineiros e vítimas do desastre de Mariana. Tramitando havia 9 anos, ação de consumidores contra a Mastercard, terminou com o escritório de advocacia ganhando 18 milhões de libras (R$134 milhões), enquanto os lesados levaram só 10 libras (74 reais) cada. Os lesados sonhavam embolsar de 10 a 14 bilhões de libras, mas um acordo reduziu o sonho a 200 milhões. Temendo desfecho semelhante na ação contra a BHP em Londres, crescem as adesões ao acordo oficial no Brasil.

Municípios vazam

Até agora, já são vinte os municípios que optaram pelo acordo no Brasil, deixando escritório Pogust Goodhead (PG) falando sozinho. 

Prazo fatal próximo

Vence em duas semanas o prazo final para adesão ao acordo costurado pelo governo brasileiro com a indenização recorde de R$120 bilhões.

Contrato maroto

As cidades deixam a ação no Reino Unido após a PG tentar impor novo contrato com punição para quem receber dinheiro no acordo brasileiro.

Apenas maluquice

A plantação sobre o deputado de extrema-esquerda Guilherme Boulos na Secretaria Geral foi um “balão de ensaio”, mas a mídia ativista tenta viabilizar o que era “apenas uma maluquice”, como disse Lula a amigos.

Crime tem opinião

Juíza aposentada no Rio, que honrou a magistratura metendo poderosos bicheiros na cadeia, adora desfile na Sapucaí. E ironiza: “Não tem nada mais importante do que crítica social feita por bicheiro e traficante”.

Importância relativa

Os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores divulgaram com quatro dias de atraso uma nota conjunta sobre o prêmio ao filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar. A ministra da Cultura estava ocupada faturando em shows carnavalescos. E diplomacia brasileira já foi mais ágil e atenta.

Palanque particular

Para não voltar à “planície” no Senado, após uma presidência medíocre, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) assumiu o comando da CCJ (Constituição e Justiça) e uma comissão (Defesa da Democracia) que ele próprio criou.

R$50 bi compartilhados

Cláudio Cajado (PP-BA), da Comissão Mista de Orçamento, defendeu os R$50 bilhões em emendas parlamentares para 2025 e compartilhar a execução orçamentária entre parlamentares e membros do Executivo.

Governo adora feriado

O assunto quente da semana do Carnaval na internet foi o futebol, aponta o Google Trends. Nada de política. Corinthians e Real Madrid dominaram as buscas, além do filme “Anora”, grande vencedor do Oscar.

Conta não fecha

Segundo as contas do próprio governo Lula, 13,6% da população (25,9 milhões) recebe algum benefício social em 2025. Após a isenção até R$5 mil, pagadores de impostos serão 10 milhões, diz estimativa da Unafisco.

Censores se animaram

O governo petista adorou previsão de projeto da senadora Damares Alves (Rep-DF) e ex-ministra de Bolsonaro punindo “estelionatário digital” que “prejudicar a honra e a imagem” de vítimas na internet. Já se discute usar o projeto – da oposição – na tentativa de censurar as redes sociais.

Pensando bem...

...tem balão de ensaio que sai furado de fábrica.

PODER SEM PUDOR

O salário do governador

José Aparecido de Oliveira governava o Distrito Federal, em 1985, e não conseguia trabalhar com o barulho de grevistas, diante do Palácio do Buriti. “Vou lá!”, decidiu, irritado. Atravessou a pista sozinho e encarou os manifestantes. “Quanto você ganha?”, provocou um deles, às suas costas. Aparecido se voltou encarando o sujeito, e disparou, dedo em riste: “O que você nunca vai ganhar, porque não gosta de trabalhar!” Os manifestantes caíram na gargalhada. Ele não sabia, mas o provocador era mais um desses grevistas profissionais. Com sua atitude, porém, Aparecido ganhou o respeito deles, obteve o fim da greve e daquele barulho infernal.

ARTIGOS

Mais uma fraude financeira que lesa milhares de brasileiros

05/03/2025 07h45

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No dia 25 de fevereiro, a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal (PF) realizaram uma operação especial com foco na desarticulação de uma organização criminosa que usava a empresa Alpha Energy, com escritórios em Natal (RN) e Barueri (SP), como fachada para a prática de fraudes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

Apesar da forma de atuação dos operadores do esquema ainda não estar oficialmente relacionada a uma pirâmide financeira, considerada crime no Brasil, as investigações revelaram que o objetivo era semelhante: captar recursos de investidores com a falsa promessa de rendimentos muito além dos praticados no mercado, supostamente obtidos por meio da comercialização de créditos de energia solar.

De acordo com as investigações, os operadores do esquema conseguiram movimentar mais de R$ 150 milhões, com dinheiro investido por 6.300 pessoas de 732 cidades brasileiras. Pessoas essas que viram seus recursos serem transformados em imóveis, veículos de alto padrão e outros patrimônios para os investigados.

À frente da Alpha Energy estava Danilo Batista, já conhecido da PF por liderar a Manah Mineradora, uma suposta mineradora de ouro que agia com o mesmo modus operandi, ou seja, com a promessa de grandes retornos de investimentos para aqueles que aportavam recursos para a atividade de mineração de ouro divulgada fortemente pela empresa, inclusive com a participação de celebridades.

O que a operação da Alpha Energy e da Manah Mineradora muito tem de parecida é que, apesar de áreas diferentes – uma energia solar, a outra mineração –, ambas dependiam mais da entrada contínua de novos investidores do que suas ações verdadeiramente lucrativas, o que caracteriza um sinal claro de esquema Ponzi. 

Mais além, ambas infringiam os crimes contra o sistema financeiro, crime esses federais, como a oferta pública de investimento coletivo sem autorização de órgão regulador, bem como a oferta de rendimentos, ou seja, funcionando como uma instituição financeira sem autorização do órgão regulador.

O novo caso da Alpha Energy, por todos os números que envolve – tanto de vítimas quanto de localidades e cifras –, mostra que é mais um grave esquema de fraude financeira. As investigações avançam, 
e com elas é fundamental que se tenha um rigoroso acompanhamento das autoridades e do sistema de Justiça brasileiro.

Já há uma associação de consumidores lesados criada para o estudo de estratégia para uma ação civil pública, de modo que coletivamente se busque o ressarcimento de quem acreditou na energia solar como fator de acelerado enriquecimento, mas acabou por se tornar mais uma vítima dos cada vez mais sofisticados esquemas de fraude financeira no País.

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