“Nós estamos no mesmo patamar de Nova York, de Paris e Madri”
Governador Wilson Witzel compara segurança do Rio a cidades alvo de terrorismo
Câmara ‘matou’ Pacote Anticrime e Moro nem sabe
A comissão de deputados criada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ele próprio alvo de citações na Lava Jato, liquidou os projetos do ministro Sérgio Moro (Justiça). O grupo de 17 deputados se encarregou de ‘matar’ o Pacote Anticrime. As propostas mais importantes, do “excludente de ilicitude” à prisão em 2ª instância, tudo foi engavetado ou “aperfeiçoado”. Moro não parece ciente da morte do seu pacote: há dias, ele disse haver retomado a confiança após a Reforma da Previdência.
Consultores do extermínio
Advogados da Lava Jato foram escolhidos a dedo pela comissão criada por Rodrigo Maia, como “consultores” para detonar o Pacote Anticrime.
Pacote fuzilado
Crítico da Lava Jato, o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay) foi um dos “ouvidos” pelo paredão de fuzilamento do pacote.
Kakay comemora
Kakay confirma que o projeto de Moro está mortinho da silva. “O pacote dele foi absolutamente derrotado” pela comissão, comemora ele.
Cortina de fumaça
Em setembro passado, Rodrigo Maia afirmou que a Câmara “deve aprovar a maior parte” ou 60 a 70% do pacote. Ele esconde o jogo.
MPT oferece salário de R$28.947 em País quebrado
Enquanto o governo Bolsonaro ensaia uma “reforma administrativa” cosmética, o setor público se comporta como se não houvesse amanhã, sem qualquer compromisso com redução de gastos públicos. O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu concurso para procurador cujo salário inicial, à espera dos penduricalhos de praxe, é de R$28.947,55. O cidadão abestado que se vire para pagar tudo isso.
29 em 1
O salário inicial do procurador do MPT corresponde a nada menos que 29 salários mínimos no valor de R$998.
79 em 1
Com apenas um mês de salário, o futuro procurador do MPT poderia alimentar 79 famílias adquirindo-lhes cestas básicas.
Cada vez mais caro
No serviço público federal, para cada R$100 gastos em salários, mais R$77 são pagos em penduricalhos. No total, R$42 bilhões por ano.
Saiu barato para a OAS
Apesar da previsão de faturamento da empreiteira OAS superior a R$1 bilhão este ano, o acordo-camarada de leniência da empresa que roubou a Petrobras é devolver R$ 1,9 bilhão ao longo de 28 anos. Saiu barato.
ONGs bilionárias
Estudo do TCU concluiu que emendas parlamentares não reduzem as desigualdades por “falta de conhecimento das reais necessidades” de estados e municípios. O estudo cita que entre 2014 e 2017, Educação recebeu R$960 milhões, mas as ONGs faturaram mais de R$3 bilhões.
Fundações milionárias
As fundações mantidas por partidos políticos, que ninguém sabe quais são e o que fazem, recebem ao menos 20% do dinheiro do Fundo Partidário. Somente este ano já levaram mais de R$120 milhões.
Economia acelerada
Pela prévia do PIB em setembro, do Banco Central, a economia acelerou de vez: em relação a 2018, alta de 2,11%. Isso se reflete na capa da revista Dinheiro da semana: “O Brasil vira um canteiro de obras”.
Festa nos presídios
O deputado José Nelto (Pode-GO) quer que a PEC da prisão após 2ª seja a prioridade do Congresso até o fim do ano. “O Brasil passou a ser vergonha internacional, é visto como o país da impunidade”, disse.
Comuna precisa de grana
A Executiva Nacional do PCdoB aprovou resolução para reiterar que, pelas normas do partido, “é obrigatório estar com as contribuições em dia para votar e ser eleito” nas conferências pré-eleitorais comunistas.
Sonho de Natal
Forte alta divulgada pelo Banco Central no PIB de setembro animou a área econômica do governo. Internamente, a expectativa é superar o crescimento oficial de 1,1% de 2018, mas há quem mire 1,3% de 2017.
Pagar dívidas
Pesquisa feita pela Anefac com 1.130 pessoas revela que 87% delas, de todas as classes sociais, vão usar o 13º para pagar dívidas. Apenas 2% vão pagar IPVA, IPTU e outras despesas do início do ano que vem.
Pensando bem...
...a semana começa amanhã, mas parlamentares só voltam ao batente na terça-feira, após uma semana de folga.
PODER SEM PUDOR
É Farroupilha!
Interventor no Rio Grande do Sul, o general Flores da Cunha detestava perder no carteado e, certa vez, impôs à mesa, arrastando as fichas: “Ganhei! Formei uma Farroupilha, o maior jogo numa mesa gaúcha!” Eram só cinco cartas de naipes diferentes. O jogo seguiu e logo depois um dos seus adversários exclamou: “É Farroupilha!” O general reagiu, recolhendo as fichas com a mão esquerda e segurando um 38 com a direita: “Esse jogo só vale uma vez!”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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