O presidente Javier Milei comemora um ano de governo e recoloca a Argentina no caminho do desenvolvimento, atraindo investimentos, reduzindo drasticamente a inflação e tornando a sociedade mais importante que a burocracia e o povo mais relevante que o governo.
No mundo inteiro, elogia-se a coragem que teve de adotar uma economia de choque para sacudir as esclerosadas estruturas de um país que afundava no concerto internacional, naufragava em uma inflação incontrolável e em uma nação cada vez menos disposta ao empreendedorismo e cada vez mais tendente a depender, quando no serviço público, das benesses, não sendo o servir o público, mas o servir-se do público sua preocupação maior.
Milei despertou a criatividade da Argentina, exigindo do povo, nos seus primeiros e difíceis meses, um grande sacrifício, considerando que, para reverter um círculo vicioso de descontrole monetário, inflação e não atração de investimentos e tornar o país atraente, com moeda estável e estabilidade fiscal, era fundamental gerar um círculo virtuoso, com medidas que teriam de ser, como foram, duras, principalmente para desfazer os pontos de estrangulamento na máquina burocrática.
O lema de que era preciso o Estado diminuir para a sociedade crescer, passado um ano de sua eleição, começa a dar seus frutos.
O mais importante, todavia, é que sua firme deliberação de tornar a Argentina de novo um país de oportunidades, forte e reconhecido no cenário internacional, parece influenciar outras nações que não se afogam, como infelizmente ocorre com o Brasil, em um inchaço da máquina administrativa, com falta de controle fiscal, preocupante aumento do endividamento público, dominância fiscal em que nem o aumento de juros controla a inflação, prejuízo crescente nas estatais forradas por amigos do rei e a falta de perspectiva de que este cenário possa mudar.
Com efeito, no Brasil, no governo anterior, a dívida pública caiu 2%, neste, já aumentou 4%. O governo passado deixou um superavit primário de R$ 54 bilhões. O atual governo teve no primeiro ano um deficit primário de mais de R$ 200 bilhões e deverá, quando apresentar os dados de 2024, ter encerrado o ano com um outro expressivo deficit primário.
O certo é que, até 2022, o Brasil era um exemplo de controle de inflação e crescimento, apesar da Covid-19 e de todos os problemas gerados em um ano no qual houve real estagnação econômica para controlar a expansão da moléstia. A Argentina era, ao contrário, um país à deriva.
Agora, a Argentina é que atrai investimentos e parece rumar para o desenvolvimento econômico e a superação de seus problemas anteriores, enquanto o Brasil, se o presidente Lula não controlar sua fantástica vocação para gastar dinheiro emprestado que não tem, não querendo cortar despesas, poderá seguir o caminho da Argentina no passado e a Argentina, o caminho do Brasil à época em que conseguiu controlar a inflação.
Minha avaliação, portanto, é de que a Argentina, neste primeiro ano, demonstrou que está no caminho certo.