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Sem lugar para idiotas

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Como líder de uma das equipes mais vitoriosas da história do esporte mundial, que já conquistou sete títulos em sequência, Toto Wolff, comandante e sócio da Mercedes, revelou que ao chegar no time, em 2013, sua primeira impressão não foi das melhores.

Ele disse que, em sua equipe, "não tem lugar para idiotas". Wolff já tinha a experiência de ter investido e ajudado na gestão da equipe Williams quando recebeu o convite, no final de 2012, para liderar uma equipe que passava por um período de transição. A Mercedes tinha comprado a Brawn no final de 2009, mas Ross Brawn continuava como chefe.

A Brawn foi uma equipe que disputou apenas um campeonato, em 2009, ganhando os títulos de pilotos e construtores depois de herdar um carro feito com um enorme investimento da ex-dona do time, a Honda. Ou seja, muitas trocas de comando tinham acontecido nos anos anteriores, e Wolff sentiu, logo na sala de espera, que algo importante estava faltando.

"A primeira vez que eu entrei na Mercedes, a equipe não era o que eu queria que fosse", disse o austríaco em entrevista ao podcast High Performance. "Quando sentei na recepção, nem parecia uma equipe de F1: tinha um jornal velho na mesa e uma xícara de café usada. Eu não acreditava que ali era a Mercedes. Você pode perguntar 'mas como isso impacta no rendimento do carro na pista?'.

Isso mostra um tipo de atitude, falta de atenção aos detalhes. E acho que esses fatores que muitos ignoram porque não é aerodinâmica, não são números, têm de fazer parte dos valores da equipe. Wolff acabou chegando em um momento de transformação para a equipe, que usaria a adoção da unidade de potência turbo híbrida, em 2014, para passar a dominar a Fórmula 1.

Além do novo motor, a Mercedes também foco nessa nova mentalidade de dar atenção aos detalhes e, especialmente, focar na busca por soluções, e não por culpados quando algo dava errado. Trazida pelo austríaco, “esses valores são o diferencial, e eles levam à camaradagem que temos dentro da equipe. 

Apesar de ser um entusiasta do automobilismo, sua carreira foi forjada no mundo dos investimentos, especialmente no ramo de tecnologia. Quando ele comprou ações da Williams, em 2009, foi visto como apenas um aventureiro, e não foi levado a sério logo de cara.

"Eu cheguei como um desconhecido", reconhece. "Eu tinha tido sucesso no mundo dos investimentos, mas o mundo da F1 é cheio de 'incestos', parece que as mesmas pessoas vão mudando de uma equipe para a outra. Onde encontrei resistência, tentei convencer. Onde não convenci, a relação acabou".

Texto original: Portal UOL

Qual o aprendizado?

Quando Toto Wolff assumiu a Mercedes em 2013, ele encontrou uma equipe que, apesar de sua grandeza, carecia de atenção aos detalhes e cultura organizacional sólida. A primeira impressão foi de desorganização, algo que ele prontamente decidiu transformar. Wolff implementou uma nova mentalidade, enfatizando a importância dos detalhes e a busca por soluções em vez de culpados.

Ele acreditava que uma equipe coesa e empoderada é essencial para o sucesso, eliminando a politicagem interna e não tolerando comportamentos destrutivos.

Essa filosofia levou a Mercedes a uma era de domínio na Fórmula 1, conquistando sete títulos consecutivos. Wolff trouxe sua experiência do mundo dos investimentos e tecnologia, onde aprendeu a valorizar a inovação e a resolução de problemas. Sua abordagem de liderança, focada em valores sólidos e na camaradagem, provou ser a chave para o sucesso duradouro da equipe.

Para as empreendedoras e empreendedores, a lição é clara: a atenção aos detalhes e a criação de uma cultura organizacional forte são fundamentais. Empoderar sua equipe e focar na resolução de problemas, evitando a politicagem e comportamentos negativos, pode transformar qualquer negócio e levá-lo ao sucesso.

Assim como Wolff reinventou a Mercedes, os líderes devem estar dispostos a se adaptar e inovar continuamente para manter o interesse e a competitividade no mercado.

Tarefa de Casa:

Como você lida com os detalhes do seu negócio? Avalie se você está prestando atenção aos pequenos detalhes que podem impactar a percepção e o desempenho da sua empresa. Você tem padrões de excelência para todos os aspectos do seu negócio?

Sua equipe está empoderada para resolver problemas? Reflita sobre como você incentiva sua equipe a focar na busca de soluções em vez de encontrar culpados. Sua liderança promove uma cultura de resolução de
problemas?

Há politicagem dentro da sua organização? Examine se existem comportamentos destrutivos ou politicagem que possam estar prejudicando a eficiência e a harmonia da sua equipe. O que você pode fazer para eliminar essas práticas?

Como você mantém o interesse e a inovação na sua empresa? Considere as estratégias que você usa para manter o nível de interesse e inovação dentro do seu negócio. Você está aberto a se
reinventar e adaptar suas práticas conforme necessário?

Você está construindo uma cultura organizacional forte? Avalie se os valores da sua empresa estão claros e são praticados diariamente. Sua equipe entende e compartilha esses valores? Como você pode
fortalecer a cultura organizacional para alcançar melhores resultados?

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Justiça abre um novo paradigma no tratamento off-label dos pacientes com câncer

Natália Soriani, especialista em Direito da Saúde

12/10/2024 07h45

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Em uma decisão marcante para o direito à saúde dos pacientes com câncer, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou a Sul América Companhia de Seguro Saúde S.A. a fornecer o medicamento oncológico pembrolizumabe (keytruda) a uma beneficiária de plano de saúde, mesmo em caráter off-label.

Essa determinação da Justiça estabeleceu um importante precedente para pacientes que necessitam de tratamentos não previstos na bula do medicamento.

O pembrolizumabe é um imunoterápico utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão e linfoma de Hodgkin. 

Contudo, no caso em questão, a paciente foi diagnosticada com um sarcoma pleomórfico de alto grau, uma forma rara 
e agressiva de câncer, para a qual o uso do pembrolizumabe não tem aprovação específica.

A decisão foi embasada em laudo médico que indicou o medicamento como a melhor alternativa terapêutica, dada a gravidade e a urgência do caso. O TJSP também frisou o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana e ao direito à saúde, garantidos pela Constituição Federal de 1988.

Apesar de o uso off-label não estar regulamentado para certas condições, ele pode ser essencial para a sobrevivência e a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e sem outras opções terapêuticas disponíveis.

A decisão também reafirmou a responsabilidade dos planos de saúde em garantir acesso a tratamentos prescritos por médicos, ainda que não constem especificamente em suas diretrizes, desde que amparados por evidências científicas e pela singularidade do quadro clínico.

Para os profissionais do Direito, esse caso sublinha a importância de uma defesa bem fundamentada em favor dos pacientes, unindo conhecimento técnico e sensibilidade. O sucesso da beneficiária reforça a necessidade de uma abordagem jurídica que considere as peculiaridades de cada caso clínico.

Em tempos de Outubro Rosa, esse precedente pode influenciar futuras ações judiciais, promovendo uma interpretação mais ampla e humanizada das coberturas de planos de saúde, especialmente em tratamentos oncológicos e em outras áreas de alta complexidade médica.

Dessa forma, a decisão do Tribunal paulista trouxe à tona a constituição de um marco na luta pelo direito à saúde e à vida digna, reafirmando a necessidade da Justiça para que se adapte às demandas reais dos cidadãos brasileiros.

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Caminhos da vida

Por Venildo Trevizan, Frei

12/10/2024 07h30

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A vida é um contínuo ir e vir. É um andar entre dúvidas e muitas inseguranças. Terá que ser alguém em permanente decisão. Terá que renunciar a tudo quanto queira dificultar ou impedir de progredir pelo caminho a escolher ou até mesmo já escolhido.

Triste será a situação de quem se encontre na insegurança de suas decisões. E são muitas essas pessoas, muitas as que encontramos sentadas à beira do caminho esmolando informações, querendo definir direções, buscando alguma luz em suas dúvidas ou demonstrando arrependimento da escolha realizada.

O cansaço poderá ferir a esperança. 

O desânimo poderá ameaçar a sua fé. E o arrependimento poderá sepultar o seu amor. Algo terá que ser feito para não acontecer que, os que se encontram a caminho, olhem e digam a si mesmos: 

“Eis alguém que iniciou um caminho na esperança e interrompeu em um fracasso”.

E o mundo continua. A história continua. Pessoas com esperança continuam. Pessoas decepcionadas continuam. Pessoas derrotadas continuam. Pessoas com enorme esperança continuam. Pessoas com amor amadurecido continuam.

Mas nesse caminho, sempre haverá alguém desafiando o mundo dos incrédulos e apostando tudo em suas esperanças. Um exemplo vivo. E encontramos esse alguém na pessoa do Mestre dos mestres.

Eis que ele estava ensinando a seus seguidores lições de fé e coragem nessa sua caminhada rumo a Jerusalém. E o caminhar não estava fácil. Muitas falsas doutrinas. Muitos falsos profetas. E o Mestre estava querendo que todos se unissem 
e organizassem um novo Reino.

Diante disso, surge alguém com uma enorme dúvida – como pertencer a esse novo Reino? E esse alguém usa um termo muito meigo ao se dirigir ao Senhor como Bom Mestre. Ao que ele respondeu: “Bom é um só: Deus”. E continuou: “A pertença nesse Reino dependerá da observância dos mandamentos”.

O jovem era muito religioso. Desde a infância, fazia isso e cumpria todos os mandamentos. Ele era muito generoso, mas queria algo a mais. Então, o Mestre dos mestres o convidou a se desfazer de seus bens materiais em favor dos empobrecidos e segui-lo. E isso lhe garantiria o Reino do céu.

Porém, mais um que parou pelo caminho. As riquezas do mundo eram mais chamativas que as riquezas de Deus. 
Os bens do prazer sufocaram o ser humilde, o ser generoso.

Nossa juventude está envelhecendo muito surpreendente. Muito prisioneira da informática e das redes sociais, ela está se desgastando por não conseguir acompanhar a corrida da informação e também a captação de tantas imagens e mensagens.

Isso não poderá continuar assim. 

Deus precisa ocupar um espaço maior. Não poderá surgir apenas nas horas amargas, nas horas de dor, nos dias de sufoco. Ele precisa se sentir companheiro de caminhada, irmão, tanto nas horas boas quanto nas de pôr a mão no ombro e dizer “coragem”, assim como nas horas amargas dizer “paciência”. Pois ele precisa participar também dos sonhos e das conquistas do amor e da solidariedade.

Não importa a sua linha de pensar nem a sua filosofia de vida. O importante aqui e agora é abrir alguma janela e buscar alguma luz para iluminar a esperança de dias melhores.

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