O ex-chefe da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, José Dirceu (era cotado para suceder o então presidente), era uma das presenças na festa dos 43 anos do PT. Sentou-se no fundo, teria pagado apenas R$ 500.
Mais: bem distante dos que pagaram R$ 10 mil e R$ 20 mil. Estava de camisa esporte e foi citado no discurso de Lula, que o chamou de “companheiro”. Um dos pivôs do mensalão (condenado pelo STF), Dirceu só atua hoje nos bastidores.
In – Drinque sem álcool: Mockmosa
Out – Drinque sem álcool: Fizz de cereja azeda
Áreas bolsonaristas
Mesmo com o afastamento do general Antônio Leite dos Santos Filho do comando do DNIT e da saída de outros diretores, há uma fatia bolsonarista que permanece incrustada na autarquia, dando cartas em assuntos estratégicos, a começar pelo governador Tarcísio de Freitas. Funcionário de carreira, ele mantém uma relação de cima para baixo, com o diretor-geral interino e com o diretor de Planejamento e Pesquisa.
Além de nomes na primeira prateleira decisória do DNIT, o bolsonarismo ferve em cargos viciais – e de poder regional. Valdemar Costa Neto (PL) deita e rola na Bahia e Ceará e Ciro Nogueira entre Piauí e Maranhão.
Debandada
A base governista do Senado arma uma retirada em bloco de assinaturas para inviabilizar CPI que pretende investigar o vandalismo em Brasília de 8 de janeiro. A preocupação do Planalto é que a CPI teria tudo para alcançar o ministro Flávio Dino (Justiça), chefe da Força Nacional de Segurança, que durante parte do tempo, só teria assistido de longe a quebradeira. O governo conta com desistências no MDB, PSD e União, com senadores mais petistas que os próprios petistas.
À força
Depois de atropelar o Banco Central, Banco dos Brics e PGR, o governo se move contra o Sebrae Nacional, onde quer destituir Carlos Melles da presidência (ele foi reeleito em novembro passado para mais dois anos de mandato). A virada de mesa do Sebrae deverá começar hoje na reunião do conselho deliberativo nacional. O plano do Planalto é emplacar representantes do governo e marcar nova reunião de conselho para derrubar Melles. Se ele cair, o mais cotado para o cargo é Luis Barreto, que já presidiu o Sebrae no governo Dilma.
Novos Rounds
Apesar de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, continuar defendendo decisão do banco a favor dos juros mais altos, ele vem tentando uma aproximação da qual Lula não quer saber.
O presidente lembra que ele foi votar duas vezes em Bolsonaro usando camisa da seleção e até no 8 de janeiro não deixou o grupo de mensagens “Ministros de Bolsonaro”, onde trocava informações com ex-colegas como Damares Alves e até Augusto Heleno. O próximo capítulo será a nomeação de dois novos diretores para o BC escolhidos por Lula.
“Coisa julgada”
O STF está revelando que seus ministros não precisam de inimigos. Dias depois da Corte espancar a Constituição, rasgando o “trânsito em julgado”, Ricardo Lewandowski foi a um evento do PT e MST e apoiou a revogação das reformas já conquistadas.
A decisão do STF condena empresas a pagarem cinco anos de impostos que não lhe eram devidos por sentença transitada em julgado. Após o STF cancelar a “coisa julgada”, o mercado estima em R$ 300 milhões o rombo do Pão de Açúcar e de R$ 1,5 bilhão da Embraer.

Maratona de Carnaval
A médica anestesiologista, bailarina, passista e vencedora do Big Brother Brasil 20 Thelma Assis, ou melhor Thelminha, como ficou conhecida na casa, se tornou influenciadora digital, apresentadora e youtuber após ganhar o reality. Apesar de ser apaixonada pela medicina a fama, por enquanto, a impediu de voltar a sua profissão. Mas uma coisa que ela não deixou de fazer é se atirar no samba.
E a maratona de Carnaval este ano foi um pouco mais puxada. Ao lado de Sabrina Sato e do grupo Molejo comandou o bloco Unidos do Bar Brahma que percorreu as ruas da cidade de São Paulo no domingo (12) e agora se prepara para desfilar em São Paulo e no Rio pela primeira vez. Na capital paulista irá desfilar pela sua escola de coração Mocidade Alegre, na madrugada de sábado para domingo.
Thelminha já faz parte da escola há 18 anos. Já no Rio irá desfilar pela Mangueira na madrugada de domingo para segunda. Para aguentar o pique a ex-BBB está há alguns meses com dois personal trainers. “Um para ganhar massa muscular e outro para treinar só a parte aeróbica”. E ainda faz aulas de samba. “Sempre tenho algo a aprender, mesmo com tantos anos de samba”.
Blocos com mais golpes
O carnaval de rua no Rio terá 456 desfiles de blocos pela cidade e o de São Paulo mais 511, incluindo o período pré-carnavalesco. A festa dos blocos abre espaço para uma rede de serviços e bens, com oportunidade de negócios de diversas áreas.
As primeiras estimativas sinalizam que nos blocos do Rio tem mais homens; nos de São Paulo, mais mulheres. A grande novidade é o festival de golpes em busca de celulares ou recheio de pochetes. Os ladrões capricham: são fantasiados e agem em grupos combinados.
Eles também estão recorrendo a outras manobras para avançar nos pertences das (e dos) carnavalescos: beijos e abraços com estranhos – e surpresa – spray de pimenta. A vítima fica meio desnorteada e ninguém consegue pegá-los no meio da multidão. Mais: como acontece todos os anos, o Rio de Janeiro depois de dias de desfiles dos blocos, ganha um aroma no ar, malgrado desta vez a cidade demanda de 34 mil posições de sanitário públicos.
Em São Paulo, como a distância entre os locais de blocos é bem maior, o aroma é menor. Quem faz a grande festa são os ambulantes: nas duas cidades, eles são registrados e no Rio, 56% são mulheres. Os novos analistas de plantão rotulam os ambulantes de microempreendedores, ao lado de lojas de fantasia e armarinhos.

Soltando a voz
De volta as novelas depois de 5 anos e vivendo Lumiar na novela Vai na Fé, Carolina Dieckmann revela porque aceitou quase de imediato o convite: “Eu já estava com super vontade de trabalhar com Rosane Svartman.
Uma mulher incrível. Eu já estava de olho nas novelas dela. Agora foram muitas coisas, foram muitas coincidências. Eu estar vindo para o Brasil e rolar esse convite”. Aproveitando sua estadia no Brasil Carol voltou a soltar sua voz em sua turnê “Karolokê” ao lado do músico Feyjão revisitando sucessos como Eu Amo Você, de Tim Maia; É o Amor, de Zezé Di Camargo e Luciano, É Tão Lindo, do Balão Mágico, Amor I Love You, de Marisa Monte, Sina, de Djavan, e uma a versão quase em capela de Love of My Life, de Queen.
"Gravata da sorte"
O presidente Lula, que classificou como positiva a reunião na semana passada, em Washington, com o presidente norte-americano Joe Biden, usou no encontro sua “gravata da sorte” (é de listas obliquas com as cores azul, verde e amarelo, lembrando a bandeira).
É a mesma que já usou em ocasiões importantes como na escolha do Rio nas Olimpíadas e até em debates na TV com Jair Bolsonaro. Na festa da posse, em janeiro, queria usar a mesma gravata, mas Janja preferiu uma gravata azul – e ele topou.

Outros tempos
Em seu primeiro governo, Lula também chamava a atenção de Henrique Meirelles, no comando do Banco Central, por conta dos juros altos. Meirelles aconselhava calma e dizia que tudo “caminhava bem”. Lula pensou em demiti-lo e pediu a Antônio Palocci que tentasse fasciná-lo com uma candidatura ao governo de Goiás. Meirelles não topou. Lula ficou um tempo sem conversar com ele até que o presidente do BC lhe mostrasse a posição do Brasil – “mercado para grandes investimentos” – segundo a agência Standard & Poor’s. Então o presidente ficou feliz, sem saber que Meirelles tinha bons amigos na agência, com os quais poderia contar.
Futura aluna
A ex-presidente Dilma Rousseff está entusiasmada com a ideia de ser presidente do “Banco dos Brics”, com sede em Xangai e mais ainda com o possível salário de R$ 290 mil mensais. Sabe que terá tradutores à sua disposição a qualquer momento, mas pensa até em fazer um curso de chinês: poderá escolher entre o Mandarim, o mais falado da China e o Cantonês, falado em Cantão, Hong Kong e Macau. Pelo menos dizer “bom dia” e “até logo” (“obrigado”, só de vez em quando).
"Intelectual"
O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, participou em diversas posições (Educação, Ciência e Tecnologia e Casa Civil) do governo Dilma (chegou a ser hostilizado por Lula, na época) ficou contente com a possível indicação da ex-presidente para o comando do “Banco dos Brics”. E chegou até a dizer que “ela tem interesse intelectual na China” (estará baseada em Xangai)”. Ninguém tem a menor ideia de como ele descobriu isso.
Mistura fina
ARTHUR Lira, presidente da Câmara, batalha pela indicação de Romildo Rolim para uma das diretorias do Banco do Nordeste (BNB). Ele já presidiu o banco por duas vezes. Na mais recente, em 2021 foi derrubado do cargo por Valdemar Costa Neto, que denunciou irregularidades na carteira de microcrédito. Lira anda mandando e desmandando: há dias, em Vitória, anunciou que o BNB terá escritório na cidade e falou como se fosse o autor da medida.
OS ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) estranharam quando Aloízio Mercadante (BNDES) avisou que vai promover um seminário para sugerir ao governo um novo arcabouço fiscal (não é atribuição do banco). Vai debater o assunto com uma comissão interna, da qual faz parte André Lara Rezende. Mercadante tinha sonhos especiais: ele na Fazenda e Rezende no Banco Central. A equipe econômica acha que Mercadante está se intrometendo onde não é chamado.
ATÉ mesmo entre figuras importantes do governo Lula já tem quem aposte que a fritura de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, já começou. Há até apostas entre membros do governo sobre a vida útil de Haddad no posto, devido a seus discursos que pouco falam. Muitos tem certeza de que ele não vira o ano. Detalhe: o próprio Haddad tem conhecimento das profecias que lhe fazem pelas costas.
O 8 DE janeiro passou do ponto: até o deputado federal Eduardo Bolsonaro tem pregado intramuros que os ataques em Brasília tiveram em Lula o grande vencedor. E, por consequência, um grande perdedor: o próprio Jair Bolsonaro. Eduardo defende a tese de que os protestos foram um erro de cálculo. O raciocínio é que deram munição de sobra para bombardear Jair Bolsonaro e colar nele a pecha de “golpista”, “conspirador” e “criminoso”.
NÃO são poucos os que acusam (já acusavam nos governos anteriores de Lula) o ministro Luiz Marinho (Trabalho) de “estar em um barco à deriva” sem saber para onde vai. Ele desdenhou da saída do país dos aplicativos Uber e iFood, ameaçados por ativistas de Justiça do Trabalho. Agora, defende a ideia dos Correios substituírem os serviços dos aplicativos. Para comparar: os Correios têm 89 mil funcionários e só o Uber, dá trabalho a 1,5 milhão de brasileiros.
AINDA a alternativa de Luiz Marinho: o aplicativo de entregas iFood, por exemplo, tem cerca de 160 mil entregadores cadastrados no Brasil, quase o dobro de funcionários dos Correios. Mais: outra ideia de Marinho para solucionar a debandada de empresas como Uber (valor de mercado de R$ 340 bilhões) é “criar outro aplicativo”.
O EXECUTIVO Miguel Gutierrez, que passou os últimos 20 anos no comando da Americanas (acumulava diretoria e relações com investidores), está mais do que desaparecido. Não mantém redes sociais, não conta com assessoria de imprensa e a Americanas diz que Gutierrez não tem mais qualquer ligação com a empresa (ninguém sabe se houve grande acordo entre as partes). Ele mantinha o mesmo perfil agressivo de Beto Sicupira. O acionista sempre foi chamado de “pai da verdade” e “trator”.





