Governo quer 200 cargos para entupir nova agência
No último dia de efetivo funcionamento do Legislativo, o governo Lula mandou ao Congresso pedido para colocar na conta do pagador de impostos a criação de mais um cabidão com mais de duas centenas de cargos, com fartos postos em comissão e funções de confiança, claro. O pedido é assinado pelos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Esther Dweck (Gestão e Inovação). As boquinhas são para preencher a Agência Nacional de Proteção de Dados.
Peso de ouro
Só 26 comissionados e cargos de confiança terão impacto de R$2,13 milhões a contar deste ano e mais R$ 5,11 milhões dois anos seguintes.
Glow up
A novíssima agência era uma “autoridade nacional”, que vivia sob guarda-chuva do ministério de Ricardo Lewandowski.
Invenção de moda
Para bombar a agência, os ministros querem a criar a carreira de “Especialista em Regulação de Proteção de Dados”, com 200 cargos.
Eles juram
Apesar do exército de aspones, os ministros garantem que a criação das boquinhas, além de não aumentar os gastos, ainda gera economia...
Tragédia comove diplomatas e agita o Itamaraty
O caso de um jovem diplomata encontrado morto na quinta (18) comove o Ministério das Relações Exteriores. Colegas afirmam que o rapaz, um Terceiro Secretário, cargo inicial da carreira, não suportou o afastamento por 60 dias, pela corregedoria do Itamaraty, e a instauração de um temido Processo Administrativo-Disciplinar (PAD). No caso dele, ainda em estágio probatório, poderia significar o fim prematuro da carreira. A coluna optou por omitir o nome do falecido, em respeito à dor da família.
Vias de fato
O rapaz teria se sentido ofendido com palavras sugerindo injúria racial, durante a COP30, e foi às vias de fato contra um superior hierárquico.
‘Altercação física’
Em nota, o Itamaraty garante que os “relatos da altercação física” foram apurados “e tratados à luz do direito administrativo disciplinar.”
Outro motivo?
Sem se referir a autoextermínio, a nota do Itamaraty diz ainda que o PAD no qual o diplomata era acusado “não está relacionado a esses fatos.”
Só piora
Repercutiu a revelação do Globo de que o ministro do STF Alexandre de Moraes procurou por quatro vezes o presidente do Banco Central em defesa do Banco Master, cliente da sua esposa. “E o Senado continuará sem fazer nada?”, cobrou o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Palanque
Lula não vai deixar de tentar faturar com a quebradeira do 8 de janeiro de 2023 no ano eleitoral, claro. O destacado para bater bumbo é Guilherme Boulos, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Meio de campo
Quem está na luta para desanuviar a relação entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Lacra ou lucra
Após a propaganda lacradora das Havaianas ser veiculada, ofendendo metade da clientela, a empresa tem sido “cancelada” e viu suas ações despencarem mais de 2,5% na bolsa de valores, ontem (22).
Petrobras refém
Hoje é o 9º dia da greve dos petroleiros afeta 9 refinarias, 2 usinas de biodiesel, 28 plataformas offshore, 16 terminais operacionais, 2 bases administrativas, 4 termelétricas e 10 instalações terrestres operacionais.
Em casa
Foram quase 30 dias até que Alexandre de Moraes (STF) autorizasse prisão domiciliar para o general Augusto Heleno, com Alzheimer e idade avançada. O militar tem 78 anos.
Cargo pegou mal
O eleitorado traz mais uma resposta ruim para um ministro de Lula. Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que, hoje, Silvio Costa Filho (Portos) não conseguiria se eleger senador por Pernambuco.
Não atoa
Corre no Planalto que Lula tem até uma data favorita para anunciar o veto ao projeto de dosimetria, que reduz a pena dos condenados pela quebradeira em Brasília. É justamente 8 de janeiro.
Pensando bem...
...sandálias também podem apertar o calo.
PODER SEM PUDOR

As belas da tarde
Debatia-se na Câmara os meandros do regimento interno sobre questões de quórum, sessão chatíssima, quando o então presidente da Câmara, Aldo Rebelo, interrompeu a ladainha para saudar um grupo de belas estudantes que se acomodavam nas galerias. “Sejam bem-vindas!”, disse Rebelo ao microfone, com simpatia.
No microfone de apartes na meiúca do plenário, de costas para as galerias, Pauderney Avelino (PFL-AM) protestou: “Um monte de mulher bonita e eu tendo de olhar para o senhor, presidente!...”.




