Participar de feiras e exposições agropecuárias é uma vitrine poderosa. Mas será que vale mesmo a pena investir tempo, equipe, estrutura e recursos para estar presente nesses eventos?
A resposta é: depende… e depende de muita coisa.
Na Expogrande 2025, a Real H superou, em 10 dias de evento, a marca de R$ 12 milhões em negócios. Um resultado expressivo, 38% maior que em 2024, e que reforça a importância de estar próximo do produtor, olhar no olho, entender suas demandas, ouvir suas dúvidas e apresentar com clareza o valor do que se entrega. Evento agropecuário, quando bem aproveitado, é mais que venda: é relacionamento, posicionamento e confiança.
Mas é preciso ter cautela. Expor em eventos só vale a pena se o público certo estiver presente. Não adianta montar um estande bonito e ter um atendimento afiado se os visitantes não forem o seu cliente-alvo. A escolha do evento deve considerar não apenas o nome ou a tradição da feira, mas o perfil do público, o tipo de produção local, o estágio de tecnificação da região e o momento do mercado. E isso exige planejamento estratégico – e não só entusiasmo.
Outro ponto que precisa ser dito, sem rodeios: a feira não faz milagre. Fechar bons negócios depende do mercado, sim, mas principalmente da qualidade do produto. No nosso caso, os itens mais vendidos foram soluções com maior tecnologia embarcada. O pecuarista que comprou não estava buscando o mais barato, mas o que entrega resultado. E isso só se conquista com anos de pesquisa, consistência e entrega no campo. A feira, nesse cenário, é apenas o palco. O show precisa estar pronto antes.
Mas além disso, não se faz feira sem equipe preparada. Vale muito a pena ir para uma feira da envergadura da Expogrande, pois, além do relacionamento olho no olho com o cliente, da possibilidade de ajustar dietas e explicar melhor ao produtor rural, é preciso ter uma equipe competente, madura e que aceite desafios.
Neste ano, mesmo com um time mais enxuto, a capacidade de fazer negócios foi maior. Muitos atendimentos foram frutos de planejamentos que começaram antes do evento, com a execução estratégica durante a feira. A energia, o engajamento e a entrega da equipe fizeram a diferença. Sem isso, a participação perde força, porque é o time que transforma a presença em resultado.
Portanto, sim, vale a pena expor. Mas só se você souber para quem, com o quê e por quê. Mais do que marcar presença, é preciso marcar posição. E isso só acontece quando o produto encontra o público certo, no momento certo, com a proposta certa.




