Política

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À flor da pele

À flor da pele

Redação

29/06/2010 - 08h27
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Mariana Trigo, TV Press

Personagens fortes e guerreiras sempre seduziram Luciana Borghi. E foi dessa forma que esta carioca de 35 anos estreou este ano na tevê, após 15 anos de experiência pelos palcos cariocas e paulistanos. Na pele da descolada tatuadora Bárbara Lee, em “Tempos modernos”, a atriz vive sua primeira personagem na tevê com características muito semelhantes aos seus trabalhos no teatro. Com a determinada Bárbara, a atriz foi se identificando ao longo da trama com a diversidade dos nove desenhos multicoloridos estampados por seu corpo. Tanto que, para incorporar a personagem, ela chega duas horas antes das gravações para iniciar o processo de caracterização das tatuagens, feitas à base de uma tinta especial. “Esse preparo diário tem sido como um rito de iniciação. Preciso de tempo e paciência. Primeiro, fiquei enlouquecida e me assustei com as tatuagens. Hoje vejo que isso serviu para esculpir este papel aos poucos”, define a atriz.

Dentre os desenhos na pele branca, destacada pelos longos cabelos escuros, Luciana se identifica mais com a guerreira com espada e coroa. O desenho é uma mistura de Santa Bárbara com Mulher Maravilha. Além desse, a tatuagem oriental de uma gigantesca carpa subindo um rio com duas flores de lótus, além dos naipes tatuados nos dedos também emprestam um ar misterioso à personagem, que vive um sofrido triângulo amoroso com Ramón e Ditta, de Leonardo Medeiros e Alessandra Maestrini. “Se ela não ficar com o Ramón nesta reta final, acho que vai acontecer algo inusitado, uma virada na vida dela. Nas ruas, as pessoas vivem me dizendo: ‘Larga esse banana! Não case com ele, minha filha!’”, diverte-se Luciana.

Independentemente dos rumos de seu papel, Luciana afirma que nunca se interessou em fazer tevê por uma agenda sempre lotada por peças para atuar, dirigir e escrever. Até que recebeu um convite do próprio autor Bosco Brasil – que já conhecia de encontros no mundo teatral. “Recebia telefonemas de produtores de elenco falando sobre testes, mas normalmente estava fora do Rio, viajando, trabalhando”, explica.

No entanto, bastou experimentar atuar com gestos mais comedidos e uma técnica bem diferente do teatro durante os últimos meses, para a atriz começar a mudar seus planos. “A tevê tem me dado um domínio meio felino, de aprender a guardar energia para a hora de gravar, de saber onde tenho de me posicionar para a luz. Agora não quero mais parar!”, avisa, arqueando ainda mais suas sobrancelhas.

Aliás, na hora em que Luciana recebeu as principais características de Bárbara Lee, ficou impressionada quando leu que a personagem era definida pela voz grave e forte e pelo olhar marcante – tanto que sua maquiagem nos olhos é bem retrô, com delineador preto com um risco nos cantos dos olhos, mais conhecido como “gatinho”. “Ela é uma pin-up rock’n’roll. Me identifico muito com essa estética, mas minha praia musical é mais a MPB. Mas adoro esse contraste da pele branca com os coloridos no figurino”, ressalta a atriz, que agora se dedica à estreia de duas peças ainda este ano. Na primeira, o monólogo “Electra de Copacabana”, Luciana também assina como autora e apresenta uma mistura de referências pessoais, desde seu nascimento e infância no bairro. “Depois da peça, vou pensar se faço uma tatuagem para homenagear a Bárbara. Tem de ser num local bem escondido, algo como uma espada ou uma pin-up. Eu até já queria, mas esse trabalho veio para me aguçar”, entrega.

Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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