Política

Eleições 2024

Adriane e Lidio Lopes querem deixar Patriota e sondam vaga no União Brasil

A prefeita de Campo Grande e o deputado estadual não são favoráveis à fusão do partido com o PTB e procuram nova sigla

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Mesmo antes da homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a fusão do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Patriota já pode ter duas primeiras grandes baixas em Mato Grosso do Sul.

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado revelaram que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, e seu esposo, o deputado estadual Lidio Lopes, ambos do Patriota, devem abandonar o barco.

Segundo apurou a reportagem, o novo destino do casal seria o União Brasil.

A prefeita Adriane Lopes teria até feito uma espécie de “sondagem” sobre a possibilidade de ela e de seu marido ingressarem na nova sigla durante o mutirão do Todos em Ação, edição 2023, realizado no sábado, no Parque do Lageado, que teve a presença da presidente estadual do partido, senadora Soraya Thronicke.

O Correio do Estado investigou que o convite para que a parlamentar participasse do evento já teria como objetivo a aproximação de Adriane e Lidio Lopes.

Apesar de não confirmada pela senadora, a sinalização da líder do União Brasil em Mato Grosso do Sul teria sido positiva, mas tudo pode acontecer.

Na segunda-feira, Adriane Lopes disse à imprensa que recebeu vários pedidos de filiação a outros partidos, porém, negou que essa mudança seja imediata.

“Estamos avaliando os convites que estamos recebendo. Eu acredito que pelos próximos meses vamos fazer uma definição, tendo em vista que o meu partido, o Patriota, está se fundindo com outro. Mas, por enquanto, é só um namoro, é só uma especulação”, afirmou.

A prefeita deve tentar a reeleição no próximo ano e, caso realmente migre para o União Brasil, poderia ser a candidata da sigla, contudo, terá de enfrentar a concorrência interna da ex-deputada federal Rose Modesto, que também tem o desejo de disputar a Prefeitura de Campo Grande e contaria com o apoio do presidente nacional do partido, deputado federal Luciano Bivar (União Brasil-PE).

INSATISFAÇÃO

Aguardando apenas a homologação do TSE para torná-la oficial, a fusão do Patriota com o PTB, que deve ocorrer em abril, não é bem-vista pelo presidente estadual do Patriota, Lidio Lopes, que, para manter sua sigla, terá de enfrentar a concorrência do ex-senador Delcídio do Amaral, atual presidente do diretório estadual do PTB, que já confirmou ao Correio do Estado que permanecerá na nova legenda.

Lidio Lopes não tem escondido de seus interlocutores que não seguirá no Mais Brasil, nome do novo partido a ser criado pela fusão, pois a sigla não teria os mesmos princípios de sua atual legenda. O Patriota surgiu em 2011 primeiramente como Partido Ecológico Nacional (PEN), só adotando o novo nome a partir de 2017. 

Dois anos depois, incorporou o Partido Republicano Progressista (PRP) para superar as exigências de desempenho previstas para as eleições de 2018.

Agora, o Patriota se unirá ao PTB, cuja origem remonta ao trabalhismo e à era Vargas, mas que passou a ser mais conservador a partir dos anos 1980, quando houve um racha na legenda, dando origem ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Leonel Brizola.

Nos últimos anos, o PTB completou sua guinada ao conservadorismo e à direita, fazendo parte da base de apoio do governo do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), e até mudou suas tradicionais cores (preto, vermelho e branco) para as da bandeira do Brasil.

Lidio Lopes declarou, no fim do ano passado, que não via com bons olhos a fusão e até lamentou o fato, porém, admitiu que era a única saída para o Patriota e o PTB atingirem a cláusula de barreira e, dessa forma, garantirem a sobrevivência política.

Saiba: Com o processo de fusão do Patriota com o PTB, surgirá um novo partido no País, o Mais Brasil, que terá o 25 como número de urna. Atualmente, o PTB usa o número 14, enquanto o Patriota tem o 51.

As duas siglas decidiram se juntar logo após o primeiro turno das eleições gerais do ano passado, quando não atingiram sozinhas o número mínimo de parlamentares eleitos para a Câmara dos Deputados nem a votação mínima exigida para superar a cláusula de desempenho.

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ORDEM DOS ADVOGADOS

Bitto Pereira é reeleito presidente da OAB-MS com mais de 59% dos votos

O atual presidente da Ordem conquistou 5.005 votos, enquanto o concorrente, advogado Lucas Rosa, obteve 3.380 votos

23/11/2024 08h00

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 5.005 votos, o advogado Luiz Cláudio Alves Pereira, o Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027.

Ele derrotou o advogado Lucas Costa da Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”), que obteve 3.380 votos. Ou seja, o atual presidente conseguiu mais de 59% dos 8.500 votos – foram 177 votos em branco e 220 nulos.

“Esse é o momento de externar a nossa gratidão a essa demonstração de confiança. Foi uma festa democrática e, felizmente, a maioria escolheu por um trabalho que nós realizamos não só na Capital, mas em todas as subseções da OAB-MS. Uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar”, declarou Bitto Pereira.

Ele ainda aproveitou para agradecer à advocacia.

“Em nome da chapa 22, a nossa gratidão por essa demonstração de força, pois tivemos uma vitória maiúscula, muito obrigado. Acho que o trabalho que nós fizemos visitando as subseções com a OAB Itinerante e com a Caravana das Prerrogativas mostrou que o presidente da OAB tem que ir onde a advocacia está”, ressaltou. 

O presidente reeleito completou que, ao obter 5.005, conseguiu uma vitória inédita e de uma maneira jamais feita na história da OAB-MS.

“O nosso resultado nas urnas é uma vitória maiúscula. Eu agradeço a Deus por ter trazido a gente até aqui com saúde. E um dia cheio de alegria, meu coração está transbordando de alegria”, assegurou.

Para finalizar, Bitto Pereira disse que uma marca do seu próximo mandato será o empreendedorismo na advocacia.

“Essa será a marca da próxima gestão da OAB-MS. Muito obrigado a todos vocês por participarem dessa festa democrática. Eu também gostaria de agradecer a toda a imprensa pelo papel importante que tem, levando as informações, também divulgando quais são as propostas dos candidatos”, destacou.

Ele ainda completou que a sua vitória resgatou aquele processo de escolha com base em propostas, com base em um debate que foi, tanto para a entidade quanto para a sociedade, aquilo que se espera de uma instituição do tamanho e da grandeza da OAB-MS.

“Eu penso que foi uma campanha tranquila, mas trouxemos muito da política comum para dentro da Ordem. Isso está se mostrando aqui no resultado, que não foi algo que a advocacia aceitou. Então, penso que a OAB tem que voltar a ser a instituição que sempre foi”, projetou.

O presidente reeleito também acrescentou que a OAB-MS tem problemas internos e externos que precisam ser resolvidos para que a advocacia possa dar voz à sociedade.

“É isso que nós temos que fazer, mas trazer a política comum para dentro da nossa instituição só causa uma fissura, que é muitas vezes é incompreendida pela nossa categoria e também pela sociedade”, analisou.

Já o ex-presidente da OAB-MS Mansour Elias Karmouche lembrou que a votação em Bitto Pereira foi a maior da história da Ordem.

“Ele teve a maior diferença. Inclusive, eu já estou achando ruim, porque bateu o meu recorde, que foi de 4.026 [votos] e quase 1.600 de frente, e o Bitto teve 5.005 votos e 1.612 de frente. Então, ele teve uma votação histórica para a OAB-MS. Eu falei: ‘Presidente, você ganhou com a maior votação da história e você ganhou com a maior diferença da história’, que acabou também de passar o meu recorde”, declarou.

FILA

Na Capital, uma fila gigantesca de advogados se formou logo nas primeiras horas de votação na sede da OAB-MS, onde pelo menos 150 pessoas aguardavam a vez para votar. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir concluir a votação.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

“Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar, porque foi uma campanha muito bonita. E hoje, se Deus quiser, o resultado virá”, pontuou a profissional.

Já a advogada especialista na área criminal Allyne Romanos ressaltou a importância desse dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense. 

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali coordenado com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então, é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém em uma gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou.

*Colaborou Naiara Camargo

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CPI das Bets

Senadora tem reforço na segurança pessoal após receber ameaças

Escolhida como relatora da CPI das Bets, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) solicitou reforço na segurança pessoal em meio às investigações sobre irregularidades nas apostas esportivas

22/11/2024 16h15

Senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke

Senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke Agência Senado

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Após ser escolhida como relatora da CPI das Bets, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) solicitou reforço na segurança pessoal em meio às investigações sobre irregularidades nas apostas esportivas. A parlamentar relatou que ela e o presidente da comissão estão sob escolta 24 horas por dia após receberem ameaças.

No início desta semana, a senadora de Mato Grosso do Sul foi escolhida para ser relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A parlamentar explicou as linhas de investigação, e o colegiado deve apurar a crescente influência dos jogos virtuais de apostas, além da possível associação com organizações criminosas envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro.

Preocupada com a segurança pessoal, tanto em Brasília quanto em Mato Grosso do Sul, a senadora explicou que as medidas foram recomendadas pela própria Polícia Federal devido à complexidade do caso, que envolve o crime organizado.

Acompanhe a nota abaixo: 

A senadora Soraya Thronicke, em virtude de sua atuação como autora do requerimento e relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, está diretamente envolvida na condução das investigações que são de grande relevância nacional. Devido à complexidade do tema e aos possíveis riscos inerentes ao enfrentamento de interesses que podem ser contrariados por essas investigações, tornou-se necessário reforçar a segurança da parlamentar.

Por isso, agora a senadora Soraya conta com escolta garantida pela Polícia Legislativa, que também trabalhará em conjunto com a Polícia Federal. 

CPI das apostas esportivas 

Em pauta há meses no Senado, a CPI das Apostas é uma luta constante contra o vício nas apostas esportivas, que tem assolado a economia brasileira e preocupado os deputados com a influência crescente dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras.

Por causa desta preocupação, a criação da CPI foi endossada por outros 30 senadores e o texto foi lido no Plenário no último dia 8 de outubro. O mínimo de assinaturas permitidas para a criação de uma CPI é de 27 senadores. O número de membros da comissão será de 11 titulares e 7 suplentes.

Agora, a comissão terá 130 dias para investigar irregularidades nas plataformas online que operam no país, com um limite de despesas de R$ 110 mil.

Sobre a CPI, a intenção de Soraya Thronicke é analisar a prática de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro, além da influência de personalidades brasileiras no funcionamento dos programas de apostas. A suspeita é de que os softwares sejam programados para causar prejuízos aos apostadores e garantir uma margem exagerada de lucro às empresas Após a leitura do requerimento no Plenário, a senadora também destacou o fato do vício em jogos online ser silencioso, ao contrário do vício em álcool ou drogas ilícitas.
 

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