Política

ELEIÇÕES 2018

Advogado de agressor de Bolsonaro foi contratado por conhecido da família

Custos com psiquiatras de suspeito podem chegar a R$ 20 mil

RAFAEL RIBEIRO

08/09/2018 - 19h30
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O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior diz ter recebido uma mensagem por WhatsApp na tarde de quinta-feira (6), dia em que o presidenciável do PSL foi atacado por Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos. Um interlocutor, segundo ele, queria saber se ele topava defender o homem que tinha acabado de esfaquear o líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida pela Presidência da República.

Segundo Zanone, a pessoa que o procurou disse ser ligada à família do agressor e a uma "congregação evangélica de Montes Claros”. Também disse ter lido o nome de Zanone em um grupo de Whatsapp ao procurar por um especialista em júri. Como se tratava de uma tentativa de homicídio, o interlocutor, diz ele, acreditava que o caso seria julgado por um júri, e que por isso era necessário um especialista.

Professor universitário, autor de palestras sobre o assunto e professor de cursinhos para concurseiros, Zanone é famoso no meio jurídico de Belo Horizonte. O advogado então teria sido indicado no grupo do aplicativo de mensagens.

Segundo Zanone, o homem - cuja identidade ele não revela, alegando sigilo contratual - informou que pensava em fazer uma vaquinha com pessoas da igreja à qual pertence para financiar a defesa de Adélio.

"A pessoa falou que tem conhecimento com a família e com o pessoal da igreja e que tinha gente lá conversando se iam ou não fazer uma vaquinha para financiar", disse Zanone.

O custo do psiquiatra que será enviado ao presídio federal de Campo Grande, para onde Adélio foi transferido neste sábado, de acordo com o advogado, gira em torno de R$ 20 mil. O médico fará, provavelmente na próxima semana, a depender de autorização da juíza Patrícia Alencar, uma avaliação psiquiátrica do agressor.

Depois de ter recebido a mensagem do interessado em financiar a defesa, Zanone acionou um dos advogados de seu escritório, Pedro Augusto Possa, de Barbacena, para que se deslocasse a Juiz de Fora.

"A primeira ordem que dei foi: 'meta a blindagem no cliente, deixe ele quieto, não deixa falar nada", disse o advogado ao jornal O Globo.

Não adiantou. Àquela altura, Adélio já tinha confessado o crime.

Zanone diz que assinou um contrato de sigilo com o financiador da defesa prometendo que não revelaria sua identidade em hipótese alguma.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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