Política

ELEIÇÕES 2026

Agronegócio quer a senadora Tereza como a vice de Tarcísio ou Bolsonaro

Lideranças nacionais, como CNA e FPA, e locais, como Famasul e Acrissul, reforçam a parlamentar de MS como a melhor opção

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Ex-ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), a senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina, líder do PP no Senado, é a preferida pelo agronegócio brasileiro para compor chapa para a Presidência da República nas eleições gerais do ano que vem pela ala centro-direita do País.

As lideranças do agronegócio em nível nacional, como a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e em nível estadual, como a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), entendem que Tereza Cristina seria a melhor opção para ser a candidata a vice-presidente – ou do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, caso volte a ficar elegível, ou do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Grande parte dessas lideranças, que está às turras com o governo federal e considera praticamente impossível reverter essa animosidade com o PT, avalia esses dois nomes como os mais fortes para enfrentar e derrotar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no próximo pleito.

Entretanto, como ambos não têm uma ligação com o agro, a senadora sul-mato-grossense seria a representante do setor na chapa de centro-direita.

O Correio do Estado entrou em contato com o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, que, por coincidência, integra comitiva brasileira em missão oficial à Europa com o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), e com a senadora Tereza Cristina. 

“A nossa senadora é um ótimo nome para representar o agronegócio nas próximas eleições presidenciais”, disse, reforçando que ela é uma unanimidade dentro do agro local e nacional.

“Entendemos que a senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina reúne todas as credenciais de uma legítima representante do setor agropecuário. Como produtora rural, entende as necessidades do setor. Como senadora da República, tem desempenhado um papel estratégico na defesa de importantes pautas para o desenvolvimento da economia e do agronegócio”, completou o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, à reportagem.

O produtor rural acrescentou ainda que, como gestora pública, Tereza Cristina ocupou cargos de relevância, entre eles o de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, “fazendo com que os nossos produtos fossem reconhecidos lá fora, e o País conquistou mercados fundamentais para a sustentação da balança comercial brasileira”.

OUTROS NOMES

Além da senadora sul-mato-grossense, a CNA e a FPA ainda citaram outras figuras cotadas no meio para compor uma chapa centro-direita, como os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. A CNA é uma das entidades críticas ao governo federal, enquanto a FPA disse que o País estaria “vivendo um desgoverno”. 

Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e diretor da CNA, afirma que o setor não tem candidato definido, mas garante que ele estará na ala “centro-direita”.

“Esse governo está gastando demais e o caminho da arrecadação já bateu no limite faz tempo”, declarou o ruralista gaúcho, que também integra a missão brasileira na Europa.

Líder da bancada ruralista, o deputado federal Pedro Lupion acrescentou que de nada adianta a boa vontade do atual ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, quando outros ministros, como Marina Silva, do Meio Ambiente, e Lula disparam frases contrárias ao agro. 

“São várias trapalhadas, e isso acaba gerando uma frustração enorme no setor, que depende de um bom ambiente econômico para investir na produção. Temos muita preocupação com a questão do direito de propriedade, da segurança jurídica, do acesso ao crédito e do seguro agrícola. O setor está meio que caminhando sozinho”, lamentou Lupion.

Ele ainda classificou a proposta de diminuir tarifas de importação de gêneros alimentícios como “mais uma medida desesperada e mal pensada do governo”.

SAIBA

Pedro Lupion e Tereza Cristina lideram comitiva brasileira em uma missão oficial na Europa. O objetivo é defender os interesses dos produtores rurais e apresentar a sustentabilidade do agro brasileiro a lideranças internacionais. A missão conta ainda com Gedeão Pereira e Marcelo Bertoni. A agenda inclui reuniões com 
a FAO e a OCDE.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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