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Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura

Redação

04/03/2010 - 06h31
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Moro há 30 anos em Campo Grande e adotei- a como minha cidade! Quando viajo para um lugar diferente falo de Campo Grande com muito orgulho, porque amo muito este lugar! Aqui casei, foi aqui que nasceram meus filhos. Neste mês de março chega minha primeira neta, a Maria Isabela! Estou preocupado com ela e muitos outros cidadãos que aqui moram e que no último sábado ficaram perplexos com a força das águas que caíram naquela noite. Quem viu fotos, filmagem e reportagens não deixou por menos ao expor os seus pontos de vista. Alguns da minha roda de amigos, já na meia idade, apresentavam seus comentários afirmando que Campo Grande tem de iniciar algumas medidas em relação às obras residenciais próximas aos mananciais, sobretudo na região da Avenida Afonso Pena, nosso cartão de visita! Um amigo deu uma de “Nostradamus” prevendo algo catastrófico: “nas chuvas do ano que vem se preparem. Torres residenciais vão desabar, a Avenida Afonso Pena vai virar uma vala bem grande e vai ser difícil recuperá-la...”, dizia ele. Entre outros comentários fiquei com a opinião de um deles que afirmava que o caminho é o Ministério Público Estadual. O MPE na opinião desse meu amigo deve interferir na questão caso contrário, a situação vai degringolar, profetizou. O MPE deve abrir procedimento administrativo, exigir da Prefeitura de Campo Grande para que sejam adotadas medidas a fim de impedir que a Capital venha a ter novos prejuízos como os provocados pela tromba d’água de sábado. O amigo foi contundente: “cadê o plano diretor da cidade? O que diz a lei de uso do solo? Cadê os vereadores? Quem vai assumir a luta para impedir as novas construções nas áreas de preservação ambiental e às margens dos córregos? O que tem feito a prefeitura quanto ao reflorestamento da cidade? E a lei municipal sobre a taxa de permeabilidade do solo? Tudo isso pode sim, de certa forma, provocar ações que poderão impedir que situações como essa, que vivenciamos no dia 28 de fevereiro, venham se repetir! O amigo ainda com aquela eloquência olhou para mim e foi taxativo: e você nesse Conselho Municipal do Meio Ambiente o que pode fazer? O que tem feito? Foi de lascar aquele nosso bate-papo, mas nos levou a muitas reflexões. A verdade para essa situação é uma só como dizia meu velho e saúdo pai pantaneiro: “a natureza está avisando...” Quem deve entender a noção do que representa tudo isso são os gestores da nossa cidade que ultimamente só estão a reboque dos acontecimentos temporais. Nossa cidade não comporta mais políticos no Executivo que levantam numa manhã qualquer e pensam em fazer algo para ganhar a opinião da coletividade sem discutir e planejar com os segmentos. Pior ainda se as representatividades coletivas tais como os conselhos da nossa cidade ou outro segmento que avalia, que delibera, forem meramente cartoriais por conta dos “apadrinhamentos” que conduzem às formatações desses setores! Por outro lado, eu aqui com meus botões continuo pensando que devemos fazer algo para que nossa cidade não passe mais por tudo isso... Nossa atitude pode começar dentro de casa ao separarmos nosso lixo doméstico, não jogando lixo pela janela do carro e por aí vai. Como dita o velho latim: “Gutta cavat lapidem, non vi sed saepe cadendo...” (Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura..)

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Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

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Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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