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Em debate sobre volta às aulas na Câmara Municipal, apenas um vereador se mostrou favorável

Sandro Benites (Patriota) foi único favorável ao retornos das aulas presenciais

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Vereadores e autoridades se reuniram manhã de hoje (9) na Câmara Municipal de Vereadores, em Campo Grande, para debater a respeito do retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino (REME). Dos vereadores presentes, a maioria se mostrou contra o retorno. Apenas o Sandro Benites (Patriota) se mostrou claramente favorável a volta às aulas.

Ele justificou dizendo que o comércio e shoppings estão abertos, e que a própria Casa de Leis está funcionando normalmente.

“Se a gente não tem vacinas nem para todos os profissionais da saúde, as aulas vão voltar quando? Daqui um ano, dois anos, quando todos os profissionais de educação estiverem vacinados?”, questiona.

“Sou a favor da volta às aulas com segurança e criatividade. Devemos manter o distanciamento, com dias alternados, usar a máscara e usar álcool 70”, finaliza.

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Já Clodoison Pires, sem dizer claramente se é a favor ou contra, apela para que a Casa reflita qual será o impacto gerado no futuro para as crianças que “não estudaram” durante um ano.

Ele clama para que, após o retorno das aulas, haja políticas que minimizem os danos da “falta de estudos por mais de um ano”.

A secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, deixa claro que embora haja a decisão de suspender as aulas presenciais até julho, há possibilidade de retorno híbrido, ou seja, remoto e presencial ao mesmo tempo.

“Nós temos convicção que os alunos precisam voltar. Eles ficaram um ano em casa. A gente sabe do prejuízo pedagógico, emocional, o não convívio com os demais. Nós temos intenção de voltar sim antes de julho”, afirma.

“Nesse primeiro momento, de acordo com a circulação do vírus e dos leitos ocupados, nós tomamos essa iniciativa para iniciar as aulas de forma remota”, acrescenta.

Contra

Marcos Tabosa (PDT), Dr Loester (MDB), Tiago Vargas (PSD), Professor Riverton (DEM) e Professor Juari (PSDB), se posicionaram contra o retorno das aulas na REME.

Ayrton Araújo (PT), Ronilço Guerreiro (PODEMOS), Dr Victor Rocha (PP), Valdir Gomes (PSD), Camila Jara (PT) e Silvio Pitu (DEM) também entram na lista de contrários.

Marcos Tabosa é a favor de professores voltarem para as salas de aula só após a imunização. “Não estamos falando aqui de voltas as aulas, estamos falando de vidas. Cautela não faz mal a ninguém”, afirma.

Dr Loester concorda com Tabosa. “O que eu considero o mínimo de segurança é todo o pessoal da educação vacinada, do professor ao mais humilde funcionário”, reitera.

Professor Riverton também concorda com Loester e Tabosa. Ele foi até Brasília-DF, pessoalmente, protocolar o pedido de imunização à profissionais da educação.

“Nos só vamos ter segurança na volta às aulas com a imunização dos profissionais da educação. Vamos lutar para colocá-los no grupo prioritário”.

Em Assembleia, Silvio Pitu elogiou Riverton pela atitude. Professor Juari complementa dizendo que também protocolou a solicitação da inclusão dos professores e dos administrativos no grupo de risco.

Além deles, Victor Rocha também entende a importância da situação só voltar ao normal quando estiver todo mundo imunizado. Valdir Gomes diz que, por ele, sem vacina, não tem volta às aulas.

Já Tiago Vargas, alega que é preciso pensar no contexto geral e no que a população está vivendo.

“Não é simplesmente colocarmos os alunos em sala de aula. “Imagina colocarmos crianças no transporte público. Nós estaríamos criando um mal maior”.

Ayton Araújo deixa claro que é contra o retorno das aulas, mas que esta é uma decisão do executivo.

Camila Jara apoia e dá como sugestão a distribuição de chips com internet e tablets para prestar assistência aos alunos mais vulneráveis, em meio ao ensino remoto.

Ronilço Guerreiro sustenta a ideia de criação de um programa de saúde mental para professores, pois assim como os alunos não estavam preparados, o corpo docente também não estava. “Muitos professores estão reclamando de depressão, ansiedade”, exclama.

Professora Lelis complementa dizendo que já existe este projeto em Campo Grande, e que tem ajudado muitos profissionais.

Rede Municipal de Ensino

De acordo com a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, a REME possui 104 unidades em Campo Grande, aproximadamente 110 mil alunos, 13 mil servidores e 202 unidades.

O ano letivo da Rede Municipal de Ensino começou ontem (8).

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Justiça

STF reafirma que todas as decisões da Corte são fundamentadas

Declaração é em resposta a comitê da Câmara dos Deputados dos EUA

18/04/2024 22h00

Marcelo Casal/ Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as decisões tomadas pela Corte são fundamentadas. A manifestação foi feita após um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos divulgar notificações do ministro Alexandre de Moraes direcionadas à rede social X, antigo Twitter.

Na quarta-feira (17), os documentos, que estão em segredo de Justiça, foram divulgados pela comissão, que tem parlamentares ligados ao ex-presidente Donald Trump no comando dos trabalhos.

As notificações fazem parte de diversas determinações para retirada de conteúdos considerados ilegais por Moraes. A remoção das postagens são consideradas como censura pelos críticos do ministro.

Ao se manifestar sobre a divulgação do comitê, o Supremo rebateu acusações de que as decisões não foram fundamentadas.  Segundo o STF,  os documentos que foram divulgados são ofícios enviados às plataformas para cumprimento das decisões.

A Corte declarou ainda que todas as partes envolvidas em processos têm acesso à fundamentação das decisões.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", afirmou a Corte.

A ofensiva contra o Supremo e Alexandre de Moraes nos Estados Unidos começou após o ministro incluir o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, no inquérito que investiga atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no país.

 

 

Recebidos pagos

Líder da oposição quer lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização"

18/04/2024 18h00

EBC

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, "gera controvérsias".

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pelo Estadão, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização" que tem como objetivo o "esclarecimento da situação". Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

Caso das joias

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País, o Estadão revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.

A revelação gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

 

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