Política

PARA POUCOS

Assembleia Legislativa nunca contratou por concurso público

Em 36 anos, casa de leis sempre nomeou funcionários sem critérios objetivos, inclusive seus mil efetivos

DA REDAÇÃO

02/02/2015 - 00h00
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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul iniciou ontem sua 10ª Legislatura adotando uma prática inconstitucional: até hoje, desde que instituída, em 1979, período de 36 anos, nunca promoveu nem sequer um concurso público. Em outubro do ano passado, o então presidente da Casa, o ex-deputado estadual Jerson Domingos, do PMDB, anunciou a abertura do certame para a seleção de 350 funcionários, mas a ideia ainda não evoluiu. Embora irregulares, os servidores do legislativo contam até com plano de cargos e carreiras, instrumento que permite promoções e oferta de estabilidade aos trabalhadores.

Debater concurso público motiva desconforto entre os servidores da Assembleia e até com o deputados estaduais. Dúvidas surgem logo pelo número de funcionários na Casa. O presidente do sindicato da categoria (Sisal-MS), Nailor Vargas Marcondes de Souza, calcula que a Assembleia emprega em torno de “duzentas e poucas” pessoas, sem incluir na conta os 480 nomeados pelos deputados. 

A reportagem apurou que dois diretores da Assembleia, efetivados sem concurso, o ex-deputado estadual Cleomenes Nunes da Cunha (legislativo) e Marilene Filgueiras (recursos humanos) já se aposentaram, mas mantêm-se nos cargos.

Para o advogado constitucionalista André L. Borges Netto, ex-juiz eleitoral, o quadro funcional da Assembleia Legislativa é “intolerável do ponto de vista constitucional porque o serviço público deve estar aberto para pessoas realmente capacitadas, selecionadas pela via democrática do concurso público, e não para pessoas que, na maioria das vezes, são apenas apadrinhadas, vinculadas politicamente a alguém, despreparadas, e que, na realidade, sequer prestam serviços nesses órgãos públicos”.

A reportagem, de Celso Bejarano, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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