Política

NOVOS ARES

Azambuja e Riedel "trabalham" com 4 siglas para disputar as eleições de 2026

No próximo pleito, o ex-governador vai disputar uma vaga no Senado, enquanto o atual governador vai tentar a reeleição

Continue lendo...

Em dois anos, mais precisamente nas eleições de 2026, o ex-governador Reinaldo Azambuja e o atual governador Eduardo Riedel bem provavelmente não estarão mais no ninho tucano para brigar, respectivamente, por uma vaga no Senado ou garantir a reeleição para a administração estadual.

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado deram como certo que as duas maiores lideranças políticas de Mato Grosso do Sul vão respirar novos ares até o fim do próximo ano, para que possam iniciar 2026 focados apenas nas campanhas eleitorais para o pleito.

Um interlocutor muito próximo de Azambuja – que atualmente é o presidente estadual do PSDB – revelou à reportagem que o ex-governador e também o atual governador já estariam trabalhando a possibilidade de migrarem para quatro partidos.

Apesar de a fonte não revelar quais seriam essas legendas, se especula que uma delas seria o próprio PSDB, o qual, em 2025, deve fazer em nível nacional uma fusão com o MDB, para que juntos possam voltar a ser protagonistas.

Afinal, nas eleições municipais deste ano, enquanto os emedebistas elegeram 856 prefeitos, os tucanos fizeram 274, complicando ainda mais a sobrevivência da legenda, uma vez que ela só tem 17 deputados federais e um senador.

Entretanto, tirando o bom desempenho nas eleições municipais deste ano, o MDB também não tem uma grande representatividade no Congresso, com 44 deputados federais e 10 senadores. Portanto, diante desse cenário nada auspicioso para os tucanos e os emedebistas, as lideranças nacionais das duas legendas já dão como certa essa fusão que ainda incluiria o Cidadania.

Conforme fonte do Correio do Estado em Brasília (DF), a possibilidade dessa fusão ganhou mais força porque seria a chance de as três legendas continuarem existindo nacionalmente, chegando fortalecidas para as eleições de 2026.

Outro ponto positivo é que o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, mais conhecido como Fundo Partidário, aumentaria consideravelmente.

Afinal, somando a quantia liberada aos três partidos no ano passado, o total foi de R$ 100.799.090,21 – ou seja, esse seria o quarto maior do Brasil, perdendo apenas para o PL (R$ 154.558.272,68), o PT (R$ 125.619.434,29) e o União Brasil (R$ 104.429.581,80).

Levando em consideração apenas o Fundo liberado até setembro deste ano, as três siglas somaram R$ 80.506.985,86, ficando novamente atrás do PL (R$ 124.930.713,92), do PT (R$ 100.856.179,74) e do União Brasil (R$ 80.532.788,73).

Além disso, em nível estadual, os três partidos ganhariam ainda mais, pois se transformariam na maior legenda de MS, uma vez que, na prática, a conversão das três legendas em uma única sigla faria com que esse novo partido já nascesse gigante, com 54 prefeitos (44 do PSDB e 10 do MDB) – ou seja, 68,4% do total de 79 prefeitos eleitos no Estado.

Essa nova sigla somaria também 407 vereadores (256 do PSDB, 83 do MDB e um do Cidadania) ou 48% do total de 849 vereadores eleitos neste ano em MS e contemplaria ainda 9 deputados estaduais (6 do PSDB e 3 do MDB) – o que representa 37,5% do total de 24 parlamentares – e 3 deputados federais (todos do PSDB), além do governador do Estado. Nenhum dos três partidos em MS têm senadores eleitos.

OUTROS DESTINOS

Na eventualidade de a fusão não ocorrer, os outros destinos de Azambuja e Riedel para a consolidação dos projetos políticos de ambos seriam o PP, da senadora Tereza Cristina; o Podemos, que atualmente está implicitamente sob o comando do PSDB no Estado; e o PSD, de Gilberto Kassab, que hoje tem à frente o senador Nelsinho Trad, o qual já demonstrou interesse de se filiar ao PL de Jair Bolsonaro.

O Correio do Estado não incluiu o PL na relação das quatro possíveis novas moradas das duas lideranças políticas do Estado pois, conforme informado à reportagem, tanto o ex-governador quanto o atual governador sabem que não se enquadram no perfil da sigla, que é hoje tida como de extrema direita, enquanto os dois tucanos são de centro-direita.

Além disso, os bolsonaristas não morrem de amores por Azambuja e Riedel, só aceitando ambos porque foi uma imposição de Bolsonaro, que até já chegou a convidá-los para se filiarem no PL para as eleições de 2026. Contudo, de acordo com a fonte ouvida pelo Correio do Estado, o convite será recusado, porém, o apoio deles ao ex-presidente – caso ele consiga voltar a ser elegível novamente – é tido como certo.

Com relação ao Podemos, a sigla seria a última opção, em função do tamanho da legenda tanto em nível estadual quanto nacional, sobrando, portanto, o PP e o PSD. Cogita-se até a possibilidade de um deles ir para os progressistas e o outro, para os peessedebistas, porém, essa chance é tida como muito remota.

O certo, conforme a fonte ouvida pelo Correio do Estado, é de que ambos vão esperar os desdobramentos do próximo ano, quando devem ocorrer muitas mudanças nos partidos no Brasil. Assim, Azambuja e Riedel teriam a tranquilidade para ver o que é melhor para o projeto político de ambos nas eleições de 2026.

Também é dado como certo de que o ex-governador e o atual governador têm para 2026 o máximo de quatro partidos para organizarem suas campanhas eleitorais. 

Até lá, ambos vão acompanhar as movimentações partidárias, esperando possíveis fusões ou não.

SAIBA

Em uma fusão, dois partidos formam um novo estatuto e discutem juntos as suas regras. Já a federação funciona como uma aliança, com duração mínima de quatro anos, em que as siglas somam votos para eleger congressistas e precisam escolher um único candidato para prefeito, governador e presidente da República.

Assine o Correio do Estado

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).