A campanha do tucano Reinaldo Azambuja foi a mais cara na disputa por vaga de deputado federal. Ele gastou R$ 3.072.342,95, R$ 43 mil a mais que Edson Giroto (PR), o segundo na lista dos candidatos que mais aplicaram na corrida por votos. O petista Vander Loubet investiu R$ 2.708.612,15, ficando entre os três que mais desembolsaram recursos. Os três candidatos também foram os campeões de votos nas urnas. Giroto foi o recordista, seguido de perto por Azambuja e Vander.
A maior fatia da verba de campanha do tucano veio do partido, com investimento na ordem de R$ 703 mil. Empreiteiras contribuíram com R$ 575 mil e o governador André Puccinelli (PMDB) doou R$ 312,3 mil. Do próprio bolso, ele tirou R$ 66.351,70.
Com base na declaração de bens, Azambuja foi o candidato a deputado federal mais rico de Mato Grosso do Sul, com patrimônio de quase R$ 32 milhões. Dos R$ 3.072.342,95 que gastou na campanha, R$ 2.220.850 ele reverteu em doações financeiras a outros candidatos ou comitês financeiros.
Candidato número 1 de Puccinelli, Giroto recebeu do governador R$ 1,024 milhão. Entre os candidatos a deputado federal, ele foi o que recebeu maior ajuda financeira de Puccinelli. Outra fatia significativa do dinheiro para a sua campanha veio de empreiteiras. Ele, que é secretário de Obras do Estado, ganhou mais de R$ 1,5 milhão. Só a Geoserv-Serviços de Geotecnia e Construção Ltda, doou R$ 400 mil.
A principal despesa de Giroto foi com serviços prestados por terceiros, com gasto de R$ 1.310.279,43. Com sessão e locação de veículos, ele gastou R$ 479.530,67.
Vander, por sua vez, recebeu mais de um terço do dinheiro de sua campanha do presidente da Comp. E&P de Petróleo e Gás S.A., Etore Selvatici Cavallieri. O empresário repassou para o petista R$ 1 milhão em dinheiro vivo (depósito em espécie). Do partido, Vander recebeu R$ 556,2 mil. Quase um terço do total do dinheiro que embolsou (R$ 676.356,42), ele gastou com materiais impressos para a campanha.
Ainda entre os eleitos, o quarto candidato que mais gastou foi o petista Antônio Carlos Biffi, com investimento de R$ 991.156,42. O senador Delcídio do Amaral (PT) lhe doou R$ 162,1 mil.
O deputado Marçal Filho (PMDB) aplicou na campanha R$ 892.476,09. Do governador, ele recebeu R$ 162,3 mil, enquanto Geraldo Resende, seu colega de partido e de cidade, ganhou de Puccinelli R$ 198,3 mil. No total, Resende investiu na busca por votos R$ 712.125,00.
Novatos na política, Fábio Trad (PMDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) aplicaram, respectivamente, R$ 581.416,62 e R$ 277.940 na campanha.
Sem sucesso nas urnas, o primeiro-suplente da Coligação Amor, Trabalho e Fé, deputado estadual Akira Otsubo (PMDB) gastou R$ 1.209.200. No ranking geral, ele foi o quarto candidato que mais investiu na campanha.


