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Bancada de MS apoia Tereza Cristina para disputar presidência da Câmara

Deputados avaliam que ainda precisam conversar com bancadas, mas não descredenciam ministra

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A possível indicação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), para a presidência da Câmara dos Deputados não tem objeção da maioria dos parlamentares da bancada de Mato Grosso do Sul. 

Reeleita deputada federal em 2018, com 75.068 votos, ela se licenciou do cargo para comandar a pasta no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).  

Indicada para o ministério pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a escolha de Tereza para suceder o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) seria uma forma de Bolsonaro conseguir fortalecer a sua base na Casa, principalmente após a saída do MDB e do DEM do chamado Centrão, mas pode ser uma manobra arriscada, conforme avaliam fontes ouvidas pelo Correio do Estado.  

“Acho que o governo será dissuadido a fazer isso quando colocar a proposta na mesa. A presidente Dilma Rousseff [PT] tentou emplacar um presidente e enfrentar a Casa, o que acabou com o presidente escolhido pelos parlamentares [Eduardo Cunha] aceitando a denúncia dela de impeachment; além de ter o fato jurídico, tinha a vontade política da Casa”, ressaltou uma liderança ouvida pela reportagem.

Apesar de o motivo ser considerado perigoso para o governo de Bolsonaro, que está desgastado, na visão de alguns integrantes do Congresso, o nome da ministra tem boa aceitação.  

Representante do PSD-MS, o deputado Fábio Trad elogiou o trabalho feito pela ministra. 

“Eu avalio positivamente, é um nome que agrega. Ela tem um bom trânsito na direita e no centro, agora é preciso articular com outras forças e trabalhar essa questão dela não ser deputada, não estar deputada. Possível que tenha um trabalho político a título de cautela”.

Os tucanos Beto Pereira e Rose Modesto também afirmaram não ter objeção com a possível indicação, mas ressaltam que o apoio depende da orientação da bancada do PSDB. 

“A eleição da Câmara é uma disputa de espaço: presidência de comissão, cargos na mesa, tudo isso é uma construção que é feita entre bancadas. Se for o entendimento da minha bancada: sim, não tenho nenhuma restrição, mas a construção tem que ser junto da bancada do PSDB”, disse Beto, que é secretário na Executiva Nacional do PSDB.  

Modesto pondera que, com a possível ida de Tereza, a pasta de Agricultura pode ficar desfalcada. Ela apoia o nome da ministra por ter uma boa relação no Legislativo. 

“A ministra Tereza é uma mulher preparada para ocupar qualquer cargo. Competente, tem ótima relação com a maioria dos deputados. Agora, um dos ministérios melhor avaliado é o da Agricultura. Dessa forma, ganharíamos de um lado, mas perderíamos uma ótima ministra”.

Representando a esquerda sul-mato-grossense na Câmara, Vander Loubet (PT) elogiou o trabalho que está sendo feito, mas disse que o partido ainda vai se reunir para decidir sua posição na votação. 

“Acho que cumpre um papel fundamental no ministério, mas a nossa posição do PT é fazer uma reunião. A eleição é discutida por bancada, mas não tiro o mérito da competência. Claro que não sei se reuniria as condições, o governo não tem uma base. Vamos estar aguardando, vamos discutir o que é melhor para nossa bancada”.  

O petista reafirmou que tem admiração pela ministra, além de ela ter uma posição de liderança. 

“Tenho maior respeito, ótima ministra. Não posso reclamar dela nas demandas que eu tenho, trata de forma republicana quem tem voto, independe de partido”.

Presidente da FPA, o deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS) disse que vai a Brasília nesta semana e pretende conversar com Tereza. 

“Não tenho nenhuma informação a esse respeito. A Frente nunca indica nenhum nome, sempre é feito via partido. Claro que em um devido tempo vamos buscar eleger alguém que tenha fidelidade com agro. Eu tenho certeza que o novo presidente defenderá nossas pautas. O perfil do novo Congresso tem uma maioria identificada com o nosso setor, dá para fazer uma composição, eu imagino”.

A assessoria de imprensa da ministra negou a possibilidade. “Ela está como ministra e, por enquanto, não tem planos de volta”, diz a nota.

CAMPO GRANDE

Beto reconhece capacidade de Verruck e fica satisfeito por filiação dele ao PSD

O pré-candidato a prefeito da Capital não descartou a possibilidade de que o titular da Semadesc possa ser o seu vice

20/04/2024 08h00

O deputado federal Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelos tucanos Foto: Duda Schindler

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Terceiro de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado realizarão com os seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) reconheceu, na sexta-feira, a capacidade de gestão do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, que deixou o PP para se filiar ao PSD.

“Primeiro dizer o quanto eu fico feliz de o Jaime sair do PP e ir para o PSD, um partido que está dentro do nosso arco de aliança. Ele tem uma competência de gestão, um poder de articulação muito grande e é um quadro que o PSD ganha muito com isso”, afirmou, completando que já estaria pacificado o apoio à sua pré-candidatura por parte do novo partido do titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Beto Pereira reforçou que o PSDB e o PSD estão formando um arco de alianças em favor de Campo Grande. “O Jaime é muito bem-vindo a esse arco, mas, ele já estava participando da nossa pré-campanha, colaborando com informações valorosas e nos subsidiando de forma significativa com dados econômicos sobre o município”, argumentou.

Questionado se Jaime Verruck seria um bom nome para ser o vice na chapa encabeçada por ele, o deputado federal não titubeou: “olha, é um dos nomes que devem ser estudados, apesar de a pretensão pessoal do Jaime é justamente ficar na Secretaria”.

Além do secretário, Beto Pereira também tem como cotadas para serem a sua vice a fundadora da Associação Juliano Varela, Maria Lúcia Fernandes (PSD), a Delegada Sidneia Tobias (Republicanos) e a ex-deputada estadual Grazielle Machado (PSDB).

“Três grandes mulheres e cada uma com uma história de vida, sendo nomes que devem ser apreciados, dentre vários outros que também serão avaliados”, revelou.

CLAUDINHO SERRA

Ainda durante a entrevista, Beto Pereira também analisou a situação do vereador campo-grandense Cláudio Jordão de Almeida Filho (PSDB), o “Claudinho Serra”, que foi preso há mais de duas semanas em Campo Grande (MS) acusado de chefiar esquema duradouro de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

“Os fatos imputados ao vereador Claudinho Serra não dizem respeito ao seu mandato de vereador em Campo Grande. Diz respeito a um período onde foi secretário municipal em Sidrolândia. Portanto, não diz respeito à sua atuação, repito aqui, enquanto vereador em Campo Grande, enquanto membro do diretório do PSDB de Campo Grande”, declarou o deputado federal e presidente municipal do partido na Capital.

Ele acrescentou que aguarda de forma ordeira todos os pronunciamentos, tanto do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), quanto do Poder Judiciário. “Veja bem, nós precisamos não incorrer em um erro do julgamento prévio. Porém, caso as denúncias de corrupção forem confirmadas e ele condenado, se houver aí um impedimento, a própria legislação que nós temos vigente no Brasil exige que haja um período sem filiação partidária, sem poder exercer o direito de ser candidato”, pontuou.

Inquirido se não seria, por uma questão ética, afastar o vereador do partido, Beto Pereira voltou a afirmar que não poderia fazer uma acusação prévia. “Sem nenhum tipo de acesso a autos, eu não posso tomar uma decisão nesse sentido”, ressaltou.
 

POPULARIDADE

Durante a conversa com os jornalistas da rádio CBN CG e do Correio do Estado, Beto Pereira reconheceu que para conquistar a preferência do eleitor precisa vencer um primeiro desafio, que é o de se tornar conhecido em Campo Grande. Questionado sobre a falta de popularidade na capital sul-mato-grossense, ele explicou que isso pode estar relacionado ao fato dele nunca ter disputado uma eleição majoritária na cidade. 

“Esta é a oportunidade de me tornar conhecido, participando deste pleito. Vários adversários já se candidataram outras vezes. Mas o que importa é o sentimento qualitativo do eleitor para escolher quem vai administrar Campo Grande, depois de 12 anos que ele se frustrou com o que foi escolhido”, relatou.

Em sua trajetória política, Beto destacou sua experiência em administrar o município de Terenos, onde foi prefeito por dois mandatos, entre os anos de 2005 e 2012. Ele frisou a formação de parceria para reduzir o déficit habitacional no município e desafiou o eleitor que queira saber da satisfação dos moradores de Terenos, a respeito de sua administração. “Faço um desafio para as pessoas ligarem e perguntar, o que eles têm a falar sobre o meu trabalho”, desafiou.
 

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Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

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