Política

eleições 2024

Barbosinha informa a Riedel que será pré-candidato a prefeito de Dourados

O vice-governador só terá de trocar de partido, pois o PP já definiu que apoiará a reeleição do atual prefeito Alan Guedes

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Após muita especulação, finalmente o vice-governador José Carlos Barbosa (PP), mais conhecido como Barbosinha, confirmou que será pré-candidato a prefeito de Dourados nas eleições municipais deste ano. Ele, inclusive, já informou sobre sua pretensão ao governador Eduardo Riedel (PSDB).

Em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, da Rádio Grande FM, Barbosinha explicou que não tinha confirmado antes a sua pré-candidatura porque, como vice-governador, não poderia deixar questões políticas locais sobreporem 
o desenvolvimento de Dourados e os vínculos do município com o governo do Estado.

“Eu entendia que, me posicionando politicamente de forma antecipada, poderia colocar o assunto político acima do desenvolvimento de Dourados. Por essa razão e, sob nenhum aspecto de eventual discordância política local, para não prejudicar o relacionamento do município de Dourados com o governo do Estado, eu não falava da minha intenção de sair candidato”, declarou.

No entanto, ressaltou o vice-governador, chegou o momento de ele falar que o seu nome está à disposição para participar do processo eleitoral municipal.

“Porém, agora, a população de Dourados terá de se manifestar sobre isso, porque eu não posso ser candidato de mim mesmo. Eu não posso postular essa condição só por minha vontade, é preciso que a população seja consultada”, argumentou.

Barbosinha ressaltou que na eleição passada, quando disputou o cargo de prefeito, ele era considerado “o velho” e o atual prefeito Alan Guedes (PP), “‘o novo’, o douradense de nascimento, e criou-se essa grande expectativa em torno dele”.

“Penso que quem se dispõe a ocupar um cargo no Executivo precisa ter um histórico de vida, um legado de prefeito aos 23 anos, de advogado, de professor universitário, de cidadão sul-mato-grossense de coração, mas goiano de nascimento, e que escolheu Dourados para poder viver”, pontuou Barbosinha, referindo-se ao seu próprio currículo.

O vice-governador complementou também sua experiência como presidente da Sanesul, quando teria pegado a estatal quebrada e a transformado em uma das maiores companhias de saneamento do Brasil, bem como a modernização da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sob a sua gestão, além dos dois mandatos como deputado estadual que teve.

“Coloquei tudo isso à disposição de Dourados na eleição passada, mas o eleitor optou por outro caminho, e com o respeito que tenho ao eleitor, quando proclamaram o resultado, eu parabenizei o prefeito eleito, desejei que Deus o abençoasse e cuidasse do seu mandato, além de agradecer aos votos que recebi. Penso que é assim que todo político tem de se comportar. Agora, mais uma vez estou colocando o meu nome à disposição, para que o eleitor de Dourados diga se deseja me manter como vice-governador lá em Campo Grande, ao lado do governador Riedel, ou se quer essa experiência na administração da cidade”, reforçou.

Barbosinha também fez questão de dizer que não é candidato por vingança ao resultado da última eleição.

“Minha candidatura é porque acredito que a população deseja mudança, e quero apresentar projetos qualificados para poder promover essas mudanças que Dourados precisa. Há muito tempo o município precisa de um choque de gestão”, garantiu.

O vice-governador revelou que conversou com Eduardo Riedel, o qual teria respeitado a decisão de Barbosinha de colocar seu nome para a disputa à prefeitura de Dourados.

“Agora, eu sei que isso depende da resposta que a população vai dar nas pesquisas e nos indicadores eleitorais, porque a população pode entender que o Barbosinha tem de continuar em Campo Grande como vice-governador ou que o Barbosinha tem de disputar as eleições para que possa, na eventualidade, colocar toda essa experiência a serviço do município”, assegurou.

NOVO PARTIDO

Ele também comentou sobre o fato de o atual prefeito ser do mesmo partido e já ter recebido o aval das lideranças da legenda para tentar a reeleição.

“Tenho a satisfação de ter recebido dos mais diferentes partidos, da direita, da esquerda e do centro, o convite para me filiar e sair candidato nas eleições deste ano. Acredito que até meados do dia 10 de março terei a resposta objetiva sobre qual partido terei me filiado, para me colocar à disposição para ser ou não candidato a prefeito ou, pelo menos, para ajudar os meus companheiros a serem eleitos vereadores ou vereadoras”, revelou.

Na visão de Barbosinha, a saída do PP não deve afetar a relação dele com a principal liderança do partido, a senadora Tereza Cristina.

“Não tenho nenhum problema com a minha senadora Tereza Cristina, uma amiga querida, ou com o deputado federal Dr. Luiz Ovando, além de outros queridos amigos no PP, mas nós temos uma incompatibilidade, que não é pessoal, acho importante destacar isso, pois respeito todos do partido, mas tenho de seguir um outro rumo”, frisou.

O vice-governador reforçou que, se fosse para ficar na zona de conforto, poderia continuar no cargo atual.

“Eu estou muito bem como vice-governador ao lado do Riedel, com perspectivas futuras. Eu poderia muito bem me ausentar completamente do debate em Dourados, porque estou bem na condição de vice-governador, mas a cidadania me exige e as pessoas têm me cobrado isso”, alegou.

Outra questão abordada por ele foi o fato de o PSDB estar pensando em lançar o nome do ex-deputado estadual Marçal Souza como pré-candidato a prefeito de Dourados.

“Eu tenho o maior respeito por todas as lideranças do PSDB, tanto pelo ex-governador Reinaldo Azambuja quanto pelo [ex-secretário da Casa Civil] Sérgio de Paula, que tem vindo a Dourados para organizar esse processo em conjunto com os deputados estaduais Lia Nogueira e Zé Teixeira, bem como com o deputado federal Geraldo Resende. Entretanto, penso que o nosso destino, o nosso futuro, tem de ser definido a partir daqui, de Dourados, e não a partir 
de lá, de Campo Grande”, falou.

Barbosinha, contudo, criticou a subordinação de Dourados à capital do Estado.

“Nós precisamos de um fortalecimento político de Dourados. Nós precisamos ter uma bancada federal maior, e não só com Geraldo Resende e Rodolfo Nogueira [PL], pois já tivemos quatro deputados federais. Nós precisamos pensar na eleição de um senador da República e só vamos ter isso a partir do momento em que Dourados começar a comandar o seu destino. Eu tenho maior respeito por todas essas lideranças, mas não sou subordinado a elas”, garantiu.

O vice-governador acrescentou ainda que todos aqueles douradenses que querem 
o desenvolvimento e o progresso da cidade devem caminhar juntos.

“O que eu não vou fazer é participar de processo que seja discussão de interesse político e pessoal de velhas elites. Eu quero discutir projeto de gestão, projeto de governo. O que essas eventuais candidaturas representam para o desenvolvimento? Vamos discutir isso, não quero ser um candidato omisso. Agora, essa [minha] candidatura precisa representar o sentimento de Dourados e as necessidades do eleitorado, e não questões pessoais”, finalizou.

 

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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